Capítulo 38

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Quando Didô foi me buscar em casa meu pai o convidou para vim almoçar no domingo com a gente, e o mesmo ficou todo feliz. Não quis ir muito arrumada para o baile, até porque iria dançar e quando se vai arrumada demais as pessoas acabam nem dançando. Emprestei um vestido, que eu nunca usei, para Sayra e a mesma o amou.

Quando cheguei ao baile tinha muitas pessoas dançando e bebendo. Camile disse que viria então fiquei mais animada ainda. Sayra estava estranha e acabou se distanciando de mim e do Didô, não vi a onde ela tinha ido, mas eu estava ocupada demais beijando o meu homem.

-''Você é minha... Minha menina. '' Didô dizia ao pé do meu ouvido. Meu corpo arrepiou com aquela voz rouca e sexy. Acho que hoje iria rolar a nossa primeira vez e eu estava ansiosa. Para mim, mesmo não sendo virgem mais, seria a minha primeira vez e agora seria com o meu consentimento. Já não estava mais menstruada, na verdade minha menstruação foi embora rápido demais, se não me engano fiquei dois dias e meio. Até estranhei, mas como a minha menstruação é irregular não liguei muito.

-''Meu Paulo, meu Didô... '' Digo e ele faz uma cara estranha.

-''Paulo? Você nunca me chamou assim. '' Ele diz mordendo os lábios.

-''Sempre tem a primeira vez, meu anjo. '' Digo e dou um selinho nele.

Encontrei Camile dançando até o chão no meio do povão. Puxei Didô para o meio e fui cumprimentar a minha amiga, a mesma me deu um abraço soado e um beijo na bochecha. Cumprimentei também Murilo que estava dançando com a sua noiva. Eles formam um belo casal.

-''Tá muito bom esse baile. '' Camile diz. Sinto Didô atrás de mim com as mãos na minha cintura beijando meu pescoço. –''Cadê a sua amiguinha? '' Ela grita se referindo a Sayra.

-''Estou aqui Carol... Camile... Sentiu minha falta? '' Sayra diz debochada errando pela segunda vez o nome da minha amiga. Camile fez uma cara de nojo para ela e Sayra abriu um sorrisinho irônico.

-''Vamos dançar pessoal. '' Digo para quebrar aquele clima. Sayra se aproxima de mim dançando sensual ao som de Mc livinho- lá vem. Eu me viro para o Didô e danço para o mesmo, ou tento. Ele me beija rindo e eu rio junto.

-''Caralho eu sou sortudo. Tenho uma namorada linda e ainda dança muito. '' Ele diz zombando de mim. Dou um tapa leve em seu braço e ele me agarra pela cintura me beijando.

-''Ei vocês dois, é pra dançar e não ficar se agarrando aff. '' Grita Sayra interrompendo nosso beijo.

-''Deixa eles Sara... Ops Sayra. Eles têm mais que se beijar mermo. '' Disse minha amiga em nossa defesa. Sayra faz uma cara de raiva e continua dançando olhando pro Didô, o mesmo nem sequer olhava para ela.

De repente se aproxima Felipe cumprimentando o Didô e eu.

-''Qual é patrão o baile tá uma uva. '' Ele disse sorrindo. Ele usava uma bermuda estampada, camisa polo listrado da Hollister, boné da quilksilver e de tênis. Em sua mão estava com uma lata de cerveja e na cintura uma pistola. –''E ai Patroa. ''Ele diz se referindo a mim. Fiquei sem jeito e Didô me puxou pra mais de si.

-''Oi Felipe. '' Falo um pouco alto acenando a cabeça para o mesmo.

-''Felicidade pra cês ai tá ligado. Fé em Deus porra. Ai Analua cuida do meu irmão aqui viu porque ele é doido por tu. '' Ele diz e eu olho para o Didô e vejo que ele está vermelho, mesmo com poucas luzes. Abraço-o e ele me aperta em seu corpo. –''Qual é dessa novinha loira ai.. '' Felipe pergunta se referindo a Sayra que não parava de dançar.

-''É a minha amiga. '' Digo e vejo um sorriso malicioso no rosto do Felipe e o mesmo balançava a cabeça em afirmativa. Fico apreensiva por Sayra. –''Ei Felipe ela só quer se divertir, nada demais entendeu? '' Digo séria e o mesmo me encara.

-''Calma calma tô de boa. ''Ele diz e Didô o encara.

-''É rapaz tu não vale nada. '' Didô abre um sorriso e Felipe gargalha. Felipe vai até Sayra e a mesma se afasta dele.

-''Aff não se pode dançar sem algum homem tocar ou xavecar aqui não? '' Ela diz irritada. Pra falar a verdade não era só isso que irritava ela.

-''Felipe é meu brother... Relaxa mina. '' Didô diz e ela o fuzila.

-''Que saco! Por que você não aprende meu nome? É s-a-y-r-a. E dane-se se ele é ou não seu amigo. '' Ela diz aos berros e seus olhos estavam vermelhos. Eu não entendi atitude dela e fiquei preocupada.

-''Presta atenção como tu fala comigo mina senão tu vai se arrepender. '' Didô a ameaça.

-''Isso mesmo Didô. Mostra quem manda aqui para essa patricinha. '' Camile fala pondo mais lenha no fogo. Deus do céu. Uma coisa que era pra gente se divertir se tornou um caos.

-''Para vocês três! Eu vim pra me divertir e não pra brigar, se for assim irei embora. '' Digo olhando para os três.

-''Eu vou pegar algo pra beber. '' Saiu Sayra bufando.

-''Essa menina é louca. '' Disse Camile rindo. Eu a censurei e a mesma gargalhou mais alto dançando ao lado do Murilo.

-''Desculpa Analua, mas dessa vez eu concordo com a minha mulher. '' Murilo diz rindo. Até o Murilo estava zoando Sayra. Ninguém merece.

-''Pega leve com ela Didô. Ela é minha amiga... '' Digo e Didô me beija. Nossa ele estava muito lindo e gostoso hoje. Estava de bermuda jeans, blusa preta de manga curta da Oakley com estampa, tênis converse marrom Sea Star S e de relógio e cordão de ouro.

-''Foda-se ela, eu quero é ficar sozinho com você. '' Ele diz e eu mordo os lábios.

-''A gente vai ter o tempo todo... '' Digo e ele me dá um selinho.

-''Vou pegar uma bebida, quer refrigerante? ''Indagou

-''Por que você pode beber e eu não? '' Pergunto levantando as sobrancelhas. Apesar de que eu não gosto de bebidas alcoólicas.

-''Porque você é minha menina e não pode beber. '' Ele diz apertando meu nariz. Faço cara de zangada e ele me beija e vai até o barman.

Quando ele se afasta me sinto vazia, como se tivesse tirado metade de mim. Eu já estava apegada no Didô demais, seus braços era minha proteção. O sentimento que crescia dentro de mim era grande e eu não sabia nem explicar direito. Quero que ele volte logo para esse vazio passar. Sayra até agora não voltou e eu me levantei nas pontas dos pés para encontra-la, porém tinha gente demais lá.

Camile me puxou para dançar ao som de Claudinho e buchecha – fico assim sem você. Amo essa música e nesse momento ela me definia. Ficar longe de Didô era ruim demais.

-''Futebol sem bola, piu piu sem frajola sou eu assim se você. '' Camile e eu cantamos em uníssono. As luzes ficaram escuras, mais do que já estava, e eu já não enxergava quase nada há não serem umas luzes coloridas.

Sinto alguém me pegando na cintura e eu sei que é o Didô. Coloco a minha mão em cima da dele e apoio meu corpo no seu, o mesmo beija meu pescoço e sua barba por fazer roça na minha. Viro-me para ele, e não consigo ver o seu rosto, mas sinto seu olhar pesar em mim.

-''Que demora amor... '' Digo e ele me beija. Nosso beijo era molhado e intenso. Uma mão estava na minha nuca e a outra na minha cintura, e já descia para minha bunda apertando a mesma. Estranhei o seu hálito, que por sinal tinha gosto de ice. Eu queria me soltar dele, mas o mesmo não me soltava.

-''Para Didô... Para... '' Digo entre o beijo que ele me dava e o mesmo não parava. Meu coração ficou a mil. Não era o Didô... Senti o cheiro do perfume e então... Não, não podia ser ele.

-''Você é minha e sempre será. '' Ele disse sem fôlego me agarrando a força. Meu coração está a mil, meu corpo todo ficou imóvel e gélido. Não tinha força para gritar por ajuda.

-''Gust-av..o '' Digo e sinto as lágrimas escorrem pelo meu rosto.



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