Capítulo 54

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Gustavo

Não posso acreditar que Analua está grávida, meu coração apertou em saber da noticia. Vim até aqui para alerta-la do desgraçado com quem ela se relaciona e a mesma me dá uma noticia dessa. Uma criança é sempre bem vinda, mas ela não podia estar grávida desse infeliz.

-''Pensei que iria ficar feliz com a notícia? '' Ela diz olhando pró-chão. Vou até ela e me agacho colocando a mão em seu lindo rosto.

-''Estou... Surpreso. Eu não esperava por isso, eu... '' Olho em seus olhos e a mesma franziu o cenho. Ela é tão linda, porra por que eu vacilei com ela? Agora ela poderia ser minha e essa criança que carrega em seu ventre também poderia ser minha. Eu seria o cara mais sortudo do mundo, porém infelizmente não sou eu e sim o desgraçado filho da puta do Didô. Meu sangue ferve só em falar nele.

-''Eu também estou... Mas, oque você queria me contar? '' Indagou curiosa e eu me levanto virando de costas para ela.

Não posso dizer a ela oque o Didô fez na noite em que seu pai morreu. Inferno. Se eu contar que Didô e Sayra transaram no dia que ela mais precisou dele, a mesma não iria acreditar em mim e eu sairia como despeitado da historia, alias não posso estragar seu momento de felicidade. Minha Analua está feliz agora, depois de três meses sofrendo pela perda de seu pai, e eu não posso estragar sua felicidade, mesmo a querendo longe de Didô.

Viro-me para ela e a mesma está de pé me olhando. –''Não era nada demais... Eu vim pra te ver mesmo... '' Minto e passo a mão na nuca. Ela me lança um sorriso de menina e eu me derreto pelo mesmo. Eu a amo demais e por ama-la muito não falarei a verdade e vou deixa-la ser feliz, mesmo que seja com otário do Didô, já ferrei com a vida dela demais e se for para ela saber a verdade não será por mim.

Envolvo-a em um abraço apertado e demorado, beijo o topo de sua cabeça e ela retribui me abraçando. Queria poder proteger a minha Analua de todos os sofrimentos. A morte de seu pai foi algo doloroso demais a ela, e eu percebi que o meu jeito egoísta e os planos que eu fazia para tê-la só aumentava o sofrimento da mesma e, por isso parei de pensar só em mim. Eu a amo muito, e se for pra ela ser minha vai ser, mas se não é, não poderei fazer nada. Eu tenho que apoiar suas decisões e ajuda-la, pois só quero o melhor pra ela.

Pego em seu queixo e levanto seu rosto, ela me olha e eu fico admirando seu rosto de menina. Deposito um beijo em sua testa e ela me dá um sorriso de lado.

-''Estou feliz por você, minha Analua. Pode contar comigo, entendeu? E você também bebê. '' Digo colocando a mão em sua barriga. Analua estava chorando e eu limpei suas lágrimas. –''Não precisa chorar minha princesa. Nosso caso não deu certo, mas... Eu continuo te amando e torcendo pela sua felicidade e eu sei que esse bebezinho vai te trazer muitos sorrisos e alegria. '' Digo ela sorrir e mais lágrimas caíam em seu rosto. Ponho a mão em seu rosto e apoio a minha testa com a dela.

-''Obrigada... '' Ela sussurra e eu abro um sorriso. De repente escuto o barulho da porta se abrindo e surge Didô olhando para nós dois com o semblante raivoso.

-''SOLTA ELA AGORA SEU FILHO DA PUTA. '' Ele gritou e Analua se assustou ficando na frente.

-''Didô... A gente não está fazendo nada... '' Ele veio pra cima de mim empurrando Analua para o sofá e me agarrando pelo pescoço. Ele me apoiou na parede e apertou meu pescoço com todas as suas forças, não consegui reagir e senti falta de ar, até que Analua interveio puxando Didô pelo braço.

-''PARA DIDÔ, POR FAVOR. '' Ela gritava e o mesmo a ignorava e continuava apertar meu pescoço. Por sorte consegui atingi-lo empurrando. Pus as mãos no pescoço e sentia dificuldade pra respirar e novamente Didô veio até mim chutando minha barriga. Filho da puta. –''PARAAAA DIDÔ... EU ESTOU GRÁVIDA. '' Analua diz e o desgraçado na mesma hora para.

Respiro com dificuldade e tento me levantar, Didô estava imóvel diante da Analua, a mesma estava assustada.

-''Oque você disse? '' Ele perguntou se aproximando dela. Se ele a maltratasse eu juro que mataria ele.

-''Estou grávida, Didô... A gente não estava fazendo nada demais. Você devia parar de ser... '' Ela não termina e Didô a beija. Ao ver aquela cena, eu cerro os punhos e a vontade era de quebrar ele. Ela era minha e agora é dele... Porra.

-''Eu vou ser pai, meu amor? '' Ele diz todo animado e Analua confirma balançando a cabeça. Pelo menos ele não foi idiota com ela e agiu da forma certa. Caminho até a porta e Analua vai até mim.

-''Desculpa Gustavo... '' Ela tenta falar algo e Didô se aproxima me olhando feio. O filho da puta é um desgraçado e sortudo ao mesmo tempo, mas veremos até quando. A verdade sempre aparece e esse sorrisinho dele vai se torna em tristeza.

-''Tranquilo, eu tô indo, se cuida minha Analua e se precisar de algo me liga. '' Dou um beijo em sua bochecha. Ela abre a porta pra mim e eu escuto Didô falar.

-''Vai tarde. '' É um desgraçado mesmo, devia ter contado pra Analua o safado que ele é, mas não posso fazer isso com ela.

Saio da casa da Analua puto com esse idiota e vou até meu carro, o meu telefone toca e eu vejo que é Sayra.

-''E ai, contou pra ela? ''

-''Não. ''

-''Por quê? ''

-''Analua está gravida dele, não posso fazer isso com ela... '' Digo e Sayra fica em silêncio do outro lado da linha. –'' Sayra? '' Eu a chamo

-''Desculpa... Tudo bem deixa isso pra lá. ''

-''Certo. '' Desligo o telefone e vou para a casa.

Quando Sayra me contou sobre a noite que ela teve com o Didô eu não acreditei muito, mas sei que ela não mentiria e até pediu para que eu não contasse pra Analua, pois tinha medo do que o Didô poderia fazer com ela já que o mesmo a ameaçou no enterro do pai da Analua. Ele é um sínico do caralho, porra que ódio eu tinha desse cara. Sayra tem uma queda por Didô por isso ficou com ele, antes eu não sabia que ela gostava dele, mas quando ela me disse fiquei surpreso. Logo ela uma menina que já ficou com meninos do mesmo estilo de vida dela e até comigo ela ficou, custei acreditar no que ela revelava pra mim.

Quando cheguei ao condomínio, onde moro sozinho. Peguei uma garrafa de vodca e bebi-a quase toda. Fiquei pensando nas merdas que eu fiz nada vida e a pior merda de todas foi deixar a mulher que eu amo escapar pelos meus dedos, agora ela vai ter um filho do cara que eu mais odeio. Os dois ficaram felizes e juntos... Para sempre.

Deitei no sofá e chorei, chorei muito. Nunca havia chorado por uma mulher e aqui estou eu chorando como um bebê. –''Porra Analua... '' Limpo as lágrimas e bebo o resto da bebida. Pego meu celular e ponho a musica do Jorge e Mateus- pergunta boba. Essa música me lembrava da Analua, e nesse momento definia a minha situação. PORRA, SOU UM FODIDO MESMO.

-''Chorar não vai trazer ela de volta seu idiota. '' Digo pra mim mesmo. Fazia tempo que eu não ficava com ninguém, e pretendo ficar assim até me recuperar de vez desse sentimento que eu sentia pela minha Analua e vai ser difícil esquece-la. Vou focar em meus estudos e dá o melhor de mim e o que for pra ser, será. A sorte está lançada.

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E ai pessoal, estão gostando? Senti um pouco de dó do Gustavo, mas ele fez por merecer, né? A vida é assim; bobeou dançou.

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p.s; se houver erro me avise ou ignore.

Beijos, Lara. <3 


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