Capítulo 27

4.5K 439 14
                                    

Peguei o celular olhei a mensagem e era de Gustavo.

''ANALUA, MEU AMOR, POR FAVOR, ATENDA AS MINHAS LIGAÇÕES EU PRECISO OUVIR SUA VOZ! PERDOA-ME. SEI QUE ERREI, MAS ME DÁ UMA CHANCE PARA EU EXPLICAR. '' puta que pariu esse garoto era doente. Não estava acreditando no que eu estava lendo. Depois de ele ter feito oque fez comigo tem a cara de pau de pedir perdão e pedir para que o atenda. Olhei para o Didô e o mesmo me encarava com uma expressão de fúria.

-''Didô... '' Eu digo e ele me interrompe com muita raiva e não era pra menos.

-''VOCÊ ESTÁ ME TRAINDO? QUEM É ESSE FILHO DA PUTA QUE ESTÁ ENVIANDO MENSAGEM PRA VOCÊ. DIZ QUEM É CARALHO. '' Ele esbraveja e eu me assusto. Respiro fundo e sinto as mãos de Didô em meu braço.

-''Fala baixo comigo, entendeu? Não sou uma qualquer pra você me tratar assim. E essa pessoa que me enviou a mensagem não tem nenhuma importância para mim é só um idiota. Olha não estraga isso tudo... '' Digo gesticulando para o lugar a onde estava. –''Por conta de um... Imbecil qualquer. '' Digo e suspiro. Ele continua me olhando e depois vira o rosto.

-''Demorou então. '' Diz ainda com o rosto virado para o lado. Eu coloco minhas mãos em seu rosto fazendo o mesmo virar pra mim.

-''Ei... Não fica com raiva. Esquece isso. '' Digo selando nossos lábios com um beijo molhado. Ele nem sequer se mexe para retribuir o beijo. Ele se afasta.

-''É melhor irmos para casa. Prometi para seu pai que iria levar tu pra casa cedo. '' Ele diz saindo da tenda me deixando só.

Pus as mãos sobre o meu rosto sentindo mais raiva do Gustavo. Esse garoto que fazer a minha vida um inferno e infelizmente esta conseguindo. Que ódio. Decido enviar uma mensagem para o traste.

''PARA DE ENVIAR MENSAGENS PARA MIM E TAMBÉM DE LIGAR. ESTOU FARTA DE VOCÊ. VÊ SE ME ESQUECE, ENTENDEU? DEIXA-ME EM PAZ, SEU FILHO DE UMA P*** '' Envio e me sinto um pouco aliviada. Saio da tenda e vou de encontro ao Didô que está parado perto do carro com a cara fechada. Eu devia ter desligado o celular. Odeio Gustavo, odeio.

Didô olha para mim, em seguida destrava o carro abrindo a porta pra mim. Ao menos não deixou de ser gentil. Eu adentro e carro já colocando o cinto, depois Didô entra e dá partida. Depois de alguns minutos decido quebrar o silêncio que estava no carro.

-''Quem vai tirar aquela tenda de lá? E as coisas? '' Indaguei olhando-o. Depois de alguns minutos Didô me responde.

-''Não se preocupe com isso. Eu contratei uma empresa que faz esses eventos e eles mesmos vão tirar. '' Diz um pouco rude. Mordi os lábios e apoiei a cabeça no vidro da janela. Fomos a viajem inteira no silêncio.

Fiquei pensando na surpresa que o Didô havia feito para mim e tudo estava tão lindo. O Didô era diferente, a maioria dos traficantes que eu conheço ou até mesmo vejo pela TV era ruins e nunca que faria algo desse porte. Se fosse para querer algo com alguma menina simplesmente ameaçaria ou a ganhasse de outra forma, mas de jeito nenhum seria dessa forma. E não era a primeira vez que ele faz algo assim pra mim.

Senti sua mão quente sobre minha coxa que estava fria por causa do ar condicionado que estava ligado. A sensação de ter suas mãos em mim era ótima, virei o rosto em sua direção e o mesmo ainda estava sério olhando para a estrada. Suspirei e coloquei minha mão sobre a sua. Chegamos à favela e logo estava na porta da minha casa. Desci do carro e Didô fez o mesmo.

-''Então... Obrigada por hoje. Eu gostei bastante. '' Digo mexendo em minhas mãos. Ele me olhava e apenas assentiu com a cabeça. Ele estava frio comigo por conta da mensagem. Estava caminhando para abrir o portão da minha casa e fui surpreendida pelo puxão de braço que o Didô me deu e logo sua língua estava em minha boca explorando cada canto da mesma. Ele puxou-me cintura pressionando meu corpo contra seu, eu o puxei pela camisa beijando sua boca carnuda, estava sem fôlego e terminei nosso beijo mordendo seus lábios de leve.

-''Porra Analua você me tira do sério. Caralho eu quero muito você! '' Ele diz me fazendo ficar excitada.

-''É você que me tira do sério. Agora tenho que entrar... '' Digo e escuto a porta da minha casa se abrindo atrás de mim.

-''Analua, não vai entrar? '' Diz meu pai atrás de mim com a voz séria.

-''Já tô indo pai. '' Digo me virando em sua direção o mesmo me encara sério.

-''Então até mais Didô... '' Digo me despedindo e dando mais um selinho nele e o mesmo me retribui com vários. Eu entrei e ouvi o barulho do carro dando partida.

Quando me viro vejo meu pai em pé com os braços cruzados. –''Oi pai, por que está acordado? '' Digo colocando minha bolsa no sofá.

-''Estava preocupado com você. '' Ele diz

-''Eu estou bem. '' Digo e vou até ele depositando um beijo em sua bochecha.

-''E o que vocês fizeram? Aonde foram? '' O indagou curioso.

-''Para um lugar lindo pai e não fizemos nada a não ser dá uns beijinhos se é isso que quer saber. Enfim, estou cansada vou dormir tá bom? Boa noite. '' Digo subindo as escadas.

Quando chego ao meu quarto me jogo na cama com um sorriso no rosto. Hoje foi tudo tão bom e parecia que eu estava nas nuvens. Tiro minhas sapatilhas e as coloco de lado. Eu estava com sono e acabo dormindo sem nem tirar a roupa e a maquiagem.

PÔR DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora