Capítulo 32

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Analua

Estava sentada no sofá roendo a unha de tanto nervosismo, Didô saiu faz quase uma hora e nada até agora, nem sequer responde minhas mensagens e ligações. Meu coração está quase saindo pela boca quando de repente escuto o barulho da moto. Corro para abrir a porta e vejo Didô estacionando a moto na garagem ainda com o capacete na cabeça. Quando o tira, avisto os hematomas em seu rosto, meu corpo todo gela e fico imóvel parada na porta. Meus batimentos cardíacos estavam iguais a uma escola de samba. Eu o encarei com os olhos cheios de lágrimas. A voz não saia e eu temia em fazer a pergunta sobre os hematomas.

Ele se aproxima de mim e põe a mão em meu rosto. Suas mãos estavam sangrentas e machucadas. –''Relaxa não matei o filho da puta... Não por falta de vontade e sim por você, mas se ele se meter a besta com tu de novo eu juro que não serei mais bonzinho. '' Ele diz sarcástico e eu suspiro aliviada. É claro que eu sentia raiva do Gustavo, e seu pudesse arrancava o pinto dele, mas matar ele é demais.

-''Você está machucado. O que aconteceu entre vocês dois? Como o encontrou?'' Indagou curiosa e em pânico ao mesmo tempo. –''Entra vou fazer um curativo em você. '' Peguei em sua mão puxando para dentro. Por sorte em sua casa havia uma maleta de pronto socorro. Ele estava sentando no sofá e eu fui até ele com a maleta, sentei ao seu lado. O canto de sua boca esta cortada e machucada e seu olho esquerdo estava roxo, suas mãos estavam ensanguentadas e bastante machucadas. Tudo era por minha causa. Estou amaldiçoando minha boca grande, deveria ter guardado isso só pra mim. E se o Didô está assim, imagina o Gustavo. Meu coração apertou em pensar nele.

-''Eu estou bem. Isso não é nada pra mim, já enfrentei coisas piores pode apostar Analua. '' Ele fala virando o rosto com uma expressão estranha. Didô estava estranho, queria perguntar mais não quero forçar mais a barra.

Pego gazes, soro fisiológico e começo a limpa suas mãos devagar tentando não machuca-lo. Didô nem sequer se mexia ou reclamava. Olhei para ele e o mesmo me encarava com um olhar impassível. Depois de limpar suas mãos, enfaixei para não pegar nenhuma bactéria. Didô reclamou, pois ele achava frescura colocar a faixa, não dei ouvidos para ele e fiz assim mesmo. Cuidei do hematoma do seu olho e depois do machucado em sua boca. Passei um pano limpo molhado ao redor do machucado e ouvi Didô gemer. Abri um sorriso e percebi que ele me encarou.

-''Por que está rindo? Qual é a graça? '' Ele diz meio grosso.

-''Não é nada... É que você até agora não reclamou de dor ai quando toquei em seus lábios você gemeu. '' Digo tentando quebrar o clima estranho entre a gente. Ele me olha passa a mão no meu rosto e me beija. Foi um beijo lento e calmo, mas conseguia senti sua necessidade em me beijar. Sentia o gosto de sangue misturado com a sua saliva e aquilo por algum motivo estranho me deixou excitada. Eu pulei para o seu colo, e ele pôs suas mãos em minha bunda me movimentando. Coloquei minha mão em sua nuca e a outra estava em seu peito. Nosso beijo passou de calmo para selvagem. Rebolei em cima de seu colo e o mesmo pressionava meu corpo para perto de ti. Estávamos sem fôlego e interrompemos o beijo com ele me dando várias mordidas no meu queixo descendo para o pescoço. Eu gemia com aquela sensação de prazer me inundando. Puta merda. Didô estava mexendo com todos os meus sentidos, logo eu, a menina que antes não queria que ele chegasse perto de mim. Levantei seu rosto para me encara-lo, aqueles olhos cor de mel me deixavam confusa e ao mesmo tempo louca pelo mesmo. Não quero mais sofrer. Não quero pensar em uma pessoa que me humilho, eu quero curti a vida, e Didô era a pessoa ideal pra me fazer viver.

Beijei sua face inteira e ele apertava minha bunda em seguida me dando tapas leves.

-''Analua, cê tu não parar eu juro que vou comer você aqui mesmo. '' Ele diz com a voz rouca. Se ele soubesse o quanto fica sexy com essa voz não parava mais de falar. Ele beija meu ombro jogando meus cabelos de lado.

-''Isso seria bom... '' Digo atrevida e ele me encara com os olhos arregalados. Nem eu acreditei que disse aquilo. Viu? Ele me deixa doida e acabo falando oque não devia... Ou devia. Fico corada e percebo que ele abriu um sorriso largo mostrando seus lindos dentes brancos. –''Digo... Isso não seria certo. '' Tento sair de seu colo e o mesmo me segura com força.

-''Isso seria ótimo, só depende de você minha menina. '' Ele diz mordendo os lábios. E eu fico mais corada ainda. Viro o rosto e ele segura meu queixo para encara-lo. –''Relaxa, tá bom? Tudo no seu tempo. '' Ele diz me dando um selinho. ''Tudo no meu tempo'' Repetia aquelas palavras e ao mesmo tempo queria dizer ''O meu tempo é agora, nesse exato momento agora tire minhas roupas, Didô'' Sorrio com os meus pensamentos. Balanço a cabeça em negativa. –''Oque foi hein mocinha? '' Ele diz alargando mais o sorriso e ele geme por conta do machucado nos lábios.

-''Nada, não é nada. Foi só um pensamento doido que eu tive. '' Digo sem jeito.

-''Um milhão por esse pensamento ''doido''. '' Ele diz fazendo aspas.

-''Só que nunca. Eu ainda não cuidei desses hematomas. '' Digo olhando sua boca.

-''Quer mesmo cuidar disso ou me beijar? '' Indagou safado.

-''Pode ser os dois? '' Pergunto sorrindo e ele assentiu.

Cuidei de seus ferimentos, ainda sentada em seu colo, que por sinal estava ótimo. Depois que terminamos já era horário de almoço e Didô resolveu fazer escondidinho de carne. Além de lindo sabe cozinhar. É um sonho.

Comemos o delicioso escondidinho e depois ele ainda abriu um pote de sorvete para comermos. Decidimos assistir alguma coisa na Netflix e eu o convenci de ver ''How I met your mother'' legendado, pois era mais engraçado. Apesar dele não ter gostado muito da ideia porque ele queria ver Narcos, acabou cedendo e começou a rir da série. Sua gargalhada era muito gostosa de ser ouvir. Ficamos praticamente a tarde inteira assistindo e comendo. Didô acabou pegando no sono e dormiu no sofá-cama ao meu lado, aproveitei e descansei também nos braços do mesmo, o mesmo me abraçava com força, mas antes dei um beijinho em seus lábios.


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