Analua narrando:
Mais dois anos se passaram e eu estou muito feliz com a minha vida, com meus filhos e com o meu marido, enfim com tudo. Estava tudo indo muito bem, as crianças já estão com seis anos, fizeram recentemente aniversários e eu tive que preparar uma festa enorme, mas claro tive ajuda das minhas amigas que moram no condomínio e que até hoje está sendo minhas amigas, não sei como porque sou uma pessoa tão difícil de fazer amizade.
Ainda estava deitada na cama, Otávio já tinha se levantado para tomar café e foi resolver uns problemas do trabalho, logo o quarto era todo meu. Hoje era sábado, dia de acordar tarde por lei, mas quando se é mãe não existe isso. A porta se abre e revela duas cabecinhas pequenas com um sorriso largo no rosto. Apoio o cotovelo na cama e olho para Maria e Benjamim que corria para a minha cama.
-Oi meus amores, como vocês estão meus deliciosos? -Digo e os dois me beijam e se aconchega ao meu lado.
-Mamãezinha você disse que ia levar a gente pra brincar hoje. -Disse Maria tocando em meus cabelos desgrenhados. Eles ainda estavam de pijamas e com os cabelos todos bagunçados.
-É mamãe, você prometeu pra gente. -Disse Benjamim ainda sonolento. Mordo sua bochecha de leve e o puxo para perto de mim. Ele estava cada dia mais esperto, os dois já sabia ler e eram muito inteligentes. Benjamim estava à cara do pai, ele não tinha puxado praticamente nada de mim, até seus cabelos ficaram mais clarinhos do que antes, ainda é da cor preta, mas não tanto como antes. Olhar pra ele é ver Gustavo só que mais novo. Maria com seus longos cabelos loiros com as pontas onduladas era um pouco parecida com a sua mãe, não tanto, pois ela puxou mais o pai, mas tinha um pouco de Sayra nela.
-Se eu prometi eu irei cumprir meus pimpolhos. Agora vamos tomar café. -Digo e eles se levantam pulando na cama em forma de comemoração. Pulo com eles naquela enorme cama e em seguida iniciamos uma guerrinha de travesseiro e depois uma série de cocegas.
Eles gargalham de felicidade e depois faz cocegas em mim e me beija todo o meu rosto, os dois eram umas crianças adoráveis e amáveis, eles eram tudo pra mim. Não sabia que eu poderia amar tanto como eu amo eles, minha vida se resumia no sorriso de cada um deles e quando eles passavam mal e sentia dor pedia a Deus que a dor fosse para mim e não para os meus filhotes.
Depois da guerrinha fomos tomar café, quando chegamos à mesa estava recheada de coisas deliciosas, Tavinho estava tomando seu café sozinho e o mesmo parecia estar mal humorado. Caminho até ele e deposito um beijo em sua cabeça, ele sequer me cumprimentou, ultimamente ele anda meio aborrecido comigo, não entendo o porquê. Eu sempre dou espaço a ele e tento ser uma boa mãe, mas ele anda me respondendo e chegou até gritar comigo. Não contei para o Otávio mais se ele continuar assim tomarei uma providência.
-Bom dia Tavinho. -Digo e ajudo meus pimpolhos a sentar a mesa. Sento na cabeceira da mesa e fico perto dos três. A empregada colocou uma salada de fruta na tigela para as crianças e em seguida me serviu com uma fatia de bolo. Agradeço-o e ela fica parada ao meu lado. Essa casa é cheio de empregados sem total necessidade, já conversei com Otávio que não precisa de muitos, mas ele diz que precisa sim e que não abrira mão disso.
A babá das crianças mora com a gente, a dona Lurdinha não tem família e por ser mais fácil para ela decidimos que ela morasse com a gente, já que ela não iria gastar dinheiro com locomoção da sua casa até a minha. Ela se senta a mesa e me cumprimenta e toma café junto com a gente.
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PÔR DO SOL
RomansaAnalua uma jovem dedicada, amorosa, inteligente e bonita. Estuda em uma escola no bairro nobre do rio, pois se esforçou para entrar, é moradora do morro do macaco, aonde é comandada por Didô, traficante da área, o mesmo tem uma paixão descontrolada...