O pedido de desculpa

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Na hora do intervalo, eu fui à lanchonete da escola e comprei um salgado e um suco. Sentei sozinha no refeitório e fui comer.. Até agora não fiz amizade. Eu não sou uma pessoa muito boa para fazer amizades. Só tenho a Camile como amiga porque quando a gente era pequena, foi ela que começou a conversar e brincar comigo porque se ela não tivesse tomado partida acho que ficaria sem amiga até hoje.

Tinha acabado de lanchar e fui ao banheiro. Quando estava enxugando as mãos, a Sayra entra no banheiro com suas duas amigas, ou melhor, capachos. Ela me olhou de cima a baixo. Fiquei só observando pelo espelho. Se essa garota tentasse algo comigo ela ia ver só.

Quando tava saindo, ela falou comigo. -''Ei, espera..Você é a Analua né? Prazer sou a Sayra.''

Não entendi muito porque essa menina fez a boazinha comigo, mas como não a conhecia, respondi ela com toda educação. -''Sim, me chamo Analua, é um prazer te conhecer, Sayra.'' Sorri para ela e ela devolveu o sorriso.

As outras meninas também sorriram e se apresentaram.

-''Soube que você e o meu amigo Gustavo andaram se estranhando, né?''

-''Foi o seu amigo que começou com essa briguinha sem nexo..''

-''Bom eu não sei quem começou, mas espero que vocês se resolva, enfim, você é bolsista?

-''Sou, por que?'' Perguntei curiosa.

-''Nada, só queria saber mesmo. Seja bem vida ao Joserino.'' Disse Sayra me abraçando.

MEU DEUS. Retribui o abraço. Talvez tenha julgado mal a Sayra, apesar de ter o jeito toda patricinha, ela ta sendo simpática comigo.

-''Vamos ficar no pátio e conversaremos mais..'' Disse ela me puxando pelo braço e me levando para o Pátio.

Fomos para o pátio, e até agora não vi o Gustavo, melhor assim, não quero ficar brigando com esse menino. Não que eu tenha medo dele. Eu não levo desaforo para casa e se ele vier querendo arranjar briga comigo ele vai ouvir umas boas verdades.

Sentei no banco de frente para a Sayra e suas amigas, Mayza e Maria estavam sentadas ao lado da amiga.

-''Então, de onde você é?'' Indagou Maria.

-''Sou do morro do macaco.'' Elas fizeram uma cara que parecia que aquilo era de outro mundo...

-''hmm, então você é da favela..'' Disse Mayza em um tom de desprezo.

-''Sou sim, algum problema?'' Disse arqueando a sobrancelha

-''Lógico que não tem problema, Analua..Isso é novidade para nós, porque a gente não conhece ninguém de nenhuma favela, entende?'' Ela parecia estar sendo sincera.

Eu apenas consenti. E a gente começou a trocar de assuntos. Sayra disse que ia dar uma festa e me convidou para eu ir, eu não sei se meu pai iria deixar ir, por isso não dei a minha resposta. -''Vou perguntar meu pai se ele vai deixar, qualquer coisa eu te aviso, ta bom?

-''Você vai me pedir permissão ao seu pai? Nossa...'' Disse em tom espanto.

-''Sim, ué. Ele é o meu responsável e tudo o que faço, peço permissão a ela.'' Disse sincera.

-''Ah então, quando você faz sexo você pedi permissão a ele?'' Disse mayza

Fiquei um pouco sem jeito. Sexo é normal, todo mundo faz, apesar que eu ainda não fiz. Eu sou uma menina, digamos, sonhadora. Quero perder minha virgindade com alguém que me ame e acima de tudo me respeite. Acho que as meninas perceberam que eu fiquei quieta depois da pergunta da atrevida da Mayza. Sayra já foi logo perguntando. -''Espera, você nunca transou?''

PÔR DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora