Capítulo 46

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Acordei com ânsia de vômito, corri para o banheiro e vomitei tanto que parecia que iria sair minhas tripas fora. Fiquei quase meia hora no banheiro colocando tudo oque eu havia comido na janta de ontem.

-''Filha, você tá bem? '' meu pai estava na porta do banheiro me encarando preocupado.

Levanto-me e lavo a boca e o rosto, prendo meu cabelo em um coque e enxugo. Encaro-me no espelho e percebo que estou pálida.

-''Estou sim pai. '' Digo e o mesmo continua a me olhar. –''É sério. '' Saio do banheiro e desço para tomar café, apesar do vomito, estava com muita fome.

Entro na cozinha e vejo o café da manhã já na mesa, sento e como um pedação de bolo de chocolate. Meu pai me oferece vitamina de banana com maçã e eu bebo em segundos.

-''Oque deu em você, menina?'' Meu pai pergunta enquanto eu devorava uma maçã.

-''Nada ué, só estou com fome. Acordei com apetite. '' Digo e ele me olha desconfiado. –''Pai hoje a noite vou sair com o Didô, tá bom? '' Pergunto e o mesmo senta na minha frente respirando fundo.

-''Agora que fez dezoito anos já acha que pode sair quando quiser... Escuta só Analua, as coisas não funcionam assim, entendeu? Você tem que me pedir uma semana antes. ''

-''Cruzes pai, eu só fiquei sabendo ontem a noite que eu iria sair. Escuta. Eu sempre vou pedir sua permissão em tudo paizinho. '' ponho a mão em seu braço e o mesmo relaxa o semblante. –''Eu posso ir? '' Pergunto

-''Você, infelizmente, já é dona do seu nariz... É claro que você pode... meu bebê. ''

Já havia completado meus dezoitos anos a uma semana atrás e estou bastante feliz. Estou indo muito bem nos estudos, e a minha vida estava muito bom. Não tinha mais aqueles problemas chatos que eu tinha antes e, depois que voltei a namorar com Didô parece que tudo voltou em seu devido lugar, o mesmo fez uma surpresa juntamente com Camile, meu pai e tia drica, mãe de camile que é como uma mãe pra mim também. Os quatros me enganaram e fizeram uma festa surpresa para mim na casa da Camile, foi tudo intimo mesmo, pra falar a verdade não gosto de festas com muitas pessoas especialmente quando eu nem sequer conheço as pessoas. A festa estava linda, tinhas várias coisas gostosas e eu me acabei de comer. Ganhei vários presentes lindos e caros.

Didô me deu uma pulseira de ouro escrito meu nome e no final tiraram a palavra ''lua'' e completou com um pingente de lua. A pulseira é muito perfeita, quando ele pôs em mim ficou mais lindo ainda. Não queria aceitar algo tão grandioso, mas acabei cedendo. Não desgrudo dela nem por um segundo, é meu xodó.

-''Ah pai, você sabe que eu moro de baixo de seu teto e lhe devo sim obediência e não é só porque fiz meus dezoito anos que não preciso mais da sua permissão. Não é nada disso, viu? '' Digo me levantando e o abraçando.

Novamente a ânsia de vômito tomou conta de mim e eu subo correndo pra vomitar, dessa vez meu pai não subiu, pois falei que iria tomar banho. Não quero que meu pai me veja vomitando senão é capaz dele não me deixar ir à festa. Depois de vomitar, escovo os dentes e tomo um banho demorado, lavo os cabelos e fico debaixo do chuveiro por algumas horas. Saio do banho e coloco um short de malha e uma regata branca. Estava fazendo muito calor hoje. Seco meus cabelos e penteio.

Resolvo fazer a unhas e acabo pintando as mesmas da cor look nude da Preta Gil e ficou um arraso, depois que acabo já escolho o vestido que irei. Quero ir bem bonita para essa festa só para esfregar na cara daquele povo todo, que apesar de tudo, eu estou muito bem e que sou mais forte do que pareço ser. É ridículo esse meu pensamento, mas eu quero que todos me vejam assim.

Arrumo a casa, cuido do meu gato que por sinal me arranhou, mas mesmo assim o amo. Didô até agora não deu noticia de vida e eu sei que o mesmo está trabalhando na boca. Ultimamente ele anda muito nervoso com alguma coisa que por sinal ainda não descobri, mas farei de tudo para descobrir. Quero que o Didô largue essa vida do trafico e que possamos desfrutar de uma vida tranquila e sem problemas. Conversei com ele sobre isso e o mesmo ainda não me respondeu se irá sair ou não, no entanto fico apreensiva, se devo ou não ter esperança em relação a isso.

Já era umas cinco horas da tarde e eu estava deitada na cama assistindo a minha série quando escuto o telefone tocar.

-''Oi. '' Já reconhecia o número de Gustavo e sabia que era o mesmo.

-''Oi minha princesa... Quer dizer Analua.'' Odeio quando ele faz isso, o mesmo faz de proposito.

-''O que foi? ''

-''Vai vim na festa né? ''

-''Sim. ''

-''Que bom, eu posso passar ai para te buscar. ''

-''Não precisa irei com o meu namorado. '' Digo e escuto ele suspirar

-''Ah, então ele vem? ''

-''É claro, esqueceu que o chamou? ''

-''Claro que não... Enfim, vou te passar o endereço da minha casa. Não vai ser no meu apê e sim na casa dos meus pais, beleza? ''

-''Tá bom. ''Ele passou por mensagem o endereço e depois se despedimos.

Estava com muitas dores de cabeça e por fim resolvi tirar uma soneca. 


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