CapítuloII- Crueldade Solene/Parte2

385 29 11
                                    

Eu encarei Bang incrédula, e me levantei, temerosa pela situação e me encarando com afeto ele me puxou pela cintura contra seu corpo confrontando seus lábios com os meus, em primeiro eu fiquei imóvel, rígida, mas quando tomei coragem correspondi ao beijo foi quando ele passou uma navalha em minha garganta.
O ar sumiu e uma ardencia cortante literalmente começou a rasgar meu peito subindo e descendo enquanto meu pescoço latejava. O sangue começou a jorrar de meu pescoço e a partir do momento que minha visão começou a ficar embaçada eu apaguei.

Quando acordei eu estava deitada no chão, ainda no quarto de Bang, eu queria entender por que uma pessoa... Não alías, eu queria entender como uma pessoa?!! Um ser humano!!! Era capaz de ser tão cruel! Aquilo era horrivel. A vida que eu estava levando depois do sequestro e tudo mais era desesperadora, absolutamente coisa de louco! E eu precisava sair daqui antes que eles tentassem enfiar uma estaca de madeira no meu peito. Eu mal comecei minha vida como vampira ainda e já estão querendo me matar?!! Sinceramente eu nunca matei ninguém, eu sempre me alimentei de animais, nunca fui capaz de ferir um ser humano, e por isso eu não entendia como aqueles dois homens fora de seu estado mental correto podiam ser tão cruéis e doentes mentais como eles eram. Eu nunca quis machucar ninguém, mas as vezes, quando estou sosinha durante a noite me vem o pensamento de mata-los e fugir, mas eu não sei se conseguiria. Eu não sou como eles, e também não quero ser.
- Lucy...? - Bang exclamou com rígidez e frieza em seu tom de voz, é bem... Este era o Bang que eu conhecia, o que parecia uma estátua de gelo que respira e fala. - Não se levante - Ordenou, tudo bem então né eu não queria levantar mesmo... Estava aparentemente tudo normal até Bang se aproximar de mim com um brinquedinho novo que arrepiou todo o meu corpo e desceu um calafrio por minha espinha.
- Não... Por favor... Isso não... - Implorei entregando que eu tinha medo de injessões acidentalmente, Bang não expressou sentimentos ou prazer, seu semblante era gélido e passivo assim como seu tom de voz.
- Não se mexa ou eu vou fazer cortes bem profundos em suas pernas e prender seu tornozelo ao chão com uma adaga. - Disse da forma mais calma possível me fazendo encara-lo com horror e medo.
- Por favor... - Implorei enquanto lágrimas começavam a escorrer de meus olhos sem meu controle, minha pulsação estava muito rápida e adrenalina percorria minhas veias como uma caixa de eletricidade em curto-circuito. - Eu faço qualquer coisa... - Supliquei soluçando e Bang abaixou os olhos fisgando meu olhar de encontro com o dele, o pior de tudo era o quanto ele era imprevisível...
- Cala a boca! - Berrou repentinamente me fazendo arquejar e começar a me arrastar para trás. Quando minhas costas bateram contra a parede fria e eu estava cercada por Bang eu perdi a razão.
Minhas ações seguintes foram instintivas e eu não estava completamente consciente do que eu estava fazendo naquele momento, a unica coisa que eu vi e senti foram minhas presas saindo e meu medo se transformando em adrenalina, quando dei por mim eu havia avançado em Bang e estava em cima dele no chão o enforcando com toda minha força. Logo a seguir me levantei do chão e o pegando pelo pescoço o taquei contra parede, quebrando o reboco com seu corpo. Eu estava arfando e Bang estava caido sentado no chão tentando recurar o fôlego que havia perdido com a pancada, quando eu iria tentar dar um passo, esperançosa para fugir dalí senti uma dor cortarte subir pelo meu estômago e uma tontura me invadiu sem piedade, cai de joelhos e quando olhei para minha barriga vi a seginga que havia perfurado meu abdomem, o líquido já havia sido injetado, e agora aquele veneno estava invadindo minhas veias com rapidez e destreza. Quando eu olhei para Bang, ele estampava um sorriso no rosto de orelha a orelha que me lembrava muito o sorriso do Chelsere.
- Desgraçado! - Falei cerrando os dentes foi então que eu arranquei a seringa e cai para o lado, no chão duro, gritando de dor, minha cabeça parecia que estava levando um monte de pancadas e minhas veias, parecia que ao invés de percorrer sangue, estava percorrendo fogo, me queimando por dentro, meu coração parecia que estava sendo esmagado por duas mãos por dentro de meu corpo. E eu...eu entrei em desespero sem conseguir pensar em mais nada.

Bang narrando:

Lucy era forte eu tinha que levar em conta, porém estava muito fraca, fazia três dias que não tomava sangue de animal e eu teria de alimentá-la hoje. Mas de um jeito diferente...
Me levantei do chão com a mão precionada no abdomem, ela me batera com agressividade demais, foi muito repentino, quando recurei minhas forças totalmente me voltei para Lucy.
Ela estava se contorcendo no chão como se estivesse sendo eletrocutada viva. Era uma doce e suave música ouvir seus gritos agonizantes. Os olhos dela mudavam de cor de vermelho para azul em segundos e sua púpila ficou fina como os olhos de uma cobra. Teve um momento que ela pendeu a cabeça pra trás gritando e a veia de seu pescoço ficou saltando de forma desumana. Ela iria enlouquecer com o veneno de lobisomem e eu iria ficar ali, observando sua dor atentamente. Ela parecia querer lutar contra a dor pois, em momentos perfurava o chão com os dedos e em outros colocava as mãos nos ouvidos e pressionava até começar a sangrar. Ela ficaria louca, e isso era agradável para meus olhos.

Em meia hora, quando o veneno chegou em seu último estágio, ela se levantou cambaleando, provávelmente querendo me esganar quando caiu no chão novamente e suas unhas começaram a se tornar garras negras e afiadas, como se fossem láminas, ela mostrou os dentes e de dor, mordeu o lábio inferior rasgando a própria pele.
Quando o efeito do veneno passou ela não conseguia mais manter os olhos abertos e nem se por de pé. Ela apenas suplicava por sangue. Dizia que não conseguia mais ficar sem sangue, foi quando finalmente apagou.

...2 horas depois...

Lucy narrando:

Abrindo os olhos com dificuldade eu gemi de dor, eu estava enjoada e sentindo muita fome, ao longe eu conseguia sentir um cheiro metálico, o que impulsivamente me fez sorrir, quando levantei minha cabeça para encarar o que estava em minha frente que cheirava sangue eu vi um rapaz machucado e meu sorriso rapidamente se desmanchou.

Cadáver de Sangue IOnde histórias criam vida. Descubra agora