Cadáver de Sangue I

CapítuloV- Sinistro/Parte2

"Lucy: Até que a morte nos separe vou te odiar pelo resto da minha vida Bang!"

Bang narrando:

- Para... - Implorou Lucy mais uma vez, as lágrimas se misturavam com o sangue que escorria de sua boca, Rive ao invés de atender o pedido que ela fizera ativou a teaser(arma de choque), mais uma vez na perna de Lucy a fazendo gritar e afundar as unhas no chão aterrorizada. Era incrível a capacidade que ela tinha pra suportar a dor, eu estava parado ao lado da porta encostado na parede enquanto assistia Rive castigá-la, era um entretenimento e tanto comparado a exaustiva reunião que tive com Vlad durante a tarde. Agora já eram meia noite e alguma coisa e eu nem sentia o sono tomar posse do meu organismo, o "showzinho" estava mais interessante. Lucy começou a tossir engasgada com o sangue que vomitava e Rive para lhe ajudar, ativou a teaser pra cima dela mais uma vez. Ela bateu a própria cabeça contra o chão com força com os dentes cerrados. Devia estar doendo...kkk.....coitadinha.... e isso que eu ainda nem a castiguei.....abri um sorriso no canto da boca enquanto assistia em como a veia do pescoço de Lucy pulsava, em como haviam aparecido marcas de roxo e inchaços em toda a extensão de suas coxas e braços delicados. Eram um monte de veias que havia estourado com a pressão das descargas elétricas nas veias dela. Provávelmente ela odiava aquela camisola branca que usava pois toda vez tentava rasgá-la com as próprias unhas assim que Rive começava a dar choque outra vez. Ela gritava e esperniava, enquanto as correntes elétricas tiravam seu corpo do chão, com convulsões e espasmos musculares incontroláveis. Ela gritou mais uma vez e então mordeu a língua com força. Eu pude ver com nitídez, o pedaço que ela arrancou fora da língua com os próprios dentes cair e rolar pelo chão, o sangue escorrendo pra fora da boca e a engasgando de novo.
- Eu não...consigo....respirar.... - Tentou pronunciar entre tosses, e então eu me aproximei para ver melhor seu desespero. Deveria ser agonizante estar no lugar dela... Lucy colocava a mão no pescoço tentando respirar, arquejando, e tossindo. Então Rive largou a teaser na mesa que ficava no canto da parede, e indo até a garota desesperada se agaixou em sua frente a ajudando a se sentar, quando conseguiu que ela se sentasse no mínimo ereta, ele lhe deu um tapa, forte o suficiente para autografar a face da garota com os dedos dele. Ela tossiu mais. Não se levantou. Não conseguia. O ar estava se esvaindo de seus pulmões e sendo invadido por sangue e mais sangue. Ele começou a rir que nem um maniaco, gargalhando e pendendo a cabeça pra trás em satisfação e prazer. Se levantou e foi até a mesa novamente pegando um martelo.
Ela ia gostar bastante dessa parte, seria muito relaxante para mim pelo menos. Rive andou até Lucy que tentava se sentar, e antes que a coitada conseguisse, Rive bateu o martelo com agressividade no calcanhar da garota, fazendo o pé dela virar ao contrário, e o osso sair pra fora rasgando a pele. Ela gritou estridente cravando as unhas no próprio pescoço, perdendo a noção dos sentidos, ela provávelmente nem conseguia mais pensar de tanta dor que sentia. Ela tentou respirar, buscando qualquer fonte de socorro ao redor mas seus olhos estavam completamente tomados por escuridão, ela não podia enxergar, a dor era tanta que sua visão estava embaçada o suficiente para que não pudesse enxergar nem mesmo uma pessoa em sua frente. Quando Rive deu outra martelada no joelho dela, deu pra ouvir os ossos quebrando, Lucy berrou, mais sangue escorria de sua boca, ela bateu os punhos no chão berrando e esperniando como uma criança desesperada. Ela gritava demais...
Rive deu mais uma martelada, meu coração estava disparado com a adrenalina, eu queria mais, eu queria que ela gritasse mais, não era suficiente eu precisava de mais.... Foi quando Rive bateu o martelo no calcanhar de Lucy que já estava ferido, que ela berrou tentando se afastar o máximo que conseguia, outro osso saiu pra fora rasgando mais pele ainda, Lucy não conseguia parar de berrar e gemer, eu cai sentado no chão colocando as mãos nos ouvidos lembrando da música que minha mãe cantava pra mim quando eu tinha sete anos.
- Boi...boi...boi... - Comecei a sussurar pondo as mãos nos ouvidos, eu sentia lágrimas escorrendo por meus olhos, mas eu não estava mais consciênte,eu estava mergulhado num mar de profundas lembranças - Boi da cara preta... - Sussurrei enquanto Lucy gritava e eu me lembrava de quando minha mãe, usando uma máscara de demônio vinha na minha direção com um alicate - ...Pega esse menino que tem medo de careta... - Eu tinha medo de caretas e de mascaras quando era pequeno, minha mãe ria, era assustador seu riso, ela dizia que era para o meu bem tudo o que ela fazia, eu entendia ela, eu não passo de um fraco, enquanto ela arrancava meus dedos e batia nos meus joelhos até os ossos quebrarem era para o meu bem, pra mim aprender a ser forte, ela cantava e eu gritava que nem a Lucy, Rive está ensinando pra ela a ser uma pessoa forte. Ela vai aprender a ser forte que nem eu e ele aprendemos. Eu com minha mãe e ele com o pai dele - Eu não tenho mais medo de caretas mamãe... - Sussurrei e ouvi a risada de Rive ao fundo. Quando levantei a cabeça para olhar o que ele estava fazendo vi, ele dando sangue do próprio pulso pra ela se regenerar mais rápido, mas nem beber ela estava conseguindo, por isso ele estava a ajudando. Sangue de demônio a deixará mais forte. Me levantei, voltando a realidade lentamente enquanto meus pensamentos se alinhavam.

Assim que Lucy conseguiu se alimentar e começou a regeneração Rive a largou e saiu da sala indo buscar o que eu separei para castigá-la. Ia doer muito. Era o pior medo dela. Nunca vi uma pessoa ter tanto medo como ela tem...por isso é o castigo ideal. Em alguns minutos Rive voltou segurando uma pessoa pelo pescoço, mas não era uma pessoa de verdade. Era um zumbi. Um zumbi mutante, que corria rápido e era muito mais agressivo do que o normal. Ele ia realizar a parte final do serviço, e depois que matar Lucy vou matá-lo. Só deixo vivo quem tem utilidade, caso contrário. Morre!
O zumbi batia os dentes afim de atacar sua frágil presa, enquanto Lucy que estava praticamente cinquenta por cento recuperada o olhava com incredulidade. Seu peito subia e descia em batimentos descontrolados,o medo que ela sentia emanava de sua pele, ela ainda estava com dores mas parecia que seu pavor e desespero haviam tomado conta de seu corpo machucado e fraco. Andei de encontro a Rive que sorria e tomei o zumbi de sua mão, eu resolvi não sorrir, não se deve ensinar lições a uma vadia com sorrisos no rosto. Eu olhei friamente para Lucy, que parecia horrorizada demais para assimilar alguma coisa.
- Esse é o castigo que te dou por ter me desobedecido. - Falei friamente e então soltei o zumbi. Em seguida eu e Rive saimos da sala de torturas de Rive pra deixar Lucy a sós com seu pior medo. Agora ela iria aprender a obeceder.