Capítulo XXIV- Parte do Plano

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"Bang: Se tudo correr bem, eu vencerei está guerra contra Deus, e me vingarei dele por ter me expulsado dos céus..."

....Lucy narrando....

Ele vai me matar... Engoli em seco e Rive começou a dar passos na minha direção.
- Sentiu saudades amor? - Perguntou alargando seu sorriso, e então acrescentou - Ou aquele merdinha já ocupou meu lugar??! - Baixei a cabeça temerosa e quando Rive chegou bem perto de mim, ele me pegou pelos cabelos, puxando minha cabeça pra trás me forçando a levantar o queixo. Meu busto subia e descia e eu ofegava de nervosismo.
- Se quer me matar... - Comecei - Então mata logo de uma vez! - Bradei e Rive sorriu ainda mais.
- Por que eu faria isso? - Perguntou ele sarcasticamente - Eu só estou começando. - Completou ele e então me empurrou contra parede de forma bruta, ele tirou as mãos do meu cabelo e antes que eu pudesse raciocinar ele já estava com suas mãos em meu pescoço. Começou a apertar... Me agarrei no braço dele tentando o afastar mas não dava, ele era mais forte, e quando percebeu que eu queria afastá-lo, apertou mais as mãos, me sufocando, estava começando a ficar sem ar quando percebi que Rive estava apertando lentamente, ele iria me torturar e não me matar.
- Por que se esconde atrás disso??! - Escapou de meus lábios num momento de nervosismo, eu não sabia o que estava pensando, mas sabia que precisava fazê-lo me soltar! O problema era que ele estava me enforcando com tanta força que eu mal conseguia pronunciar aquelas palavras - Por que não me dá uma chance de brigar com você? Não seria mais divertido? - Indaguei e o mesmo sorriu ainda mais, pude ver seus olhos brilharem e meu estômago embrulhou, ele largou meu pescoço e eu comecei a tossir, não deu nem tempo de recuperar o ar e ele desferiu um soco contra mim, incrivelmente eu consegui desviar e o joguei contra parede, o pegando pelo pescoço, apertei sua garganta e Rive torceu meu braço, era injusto ele ser mais forte, ele me deu um soco na boca, suficientemente forte pra me desnortear, cambaleei, quase cai no chão e fui arremessada contra o corrimão da escada, a pancada foi forte e eu não conseguia sentir meu braço direito, estava dormente. Quando Rive se aproximou eu dei um chute no mesmo que o lançou na parede. Ele caiu no chão e eu me levantei, peguei ele pelo colarinho da camisa, o pus contra parede e comecei a chutar e dar socos, com toda força, eu podia ouvir seus ossos quebrarem com cada golpe, Rive gemia de dor, mas ele mais entraria numa briga pra jogar limpo, não precisou d muito tempo pra mim sentir uma dor agonizante na minha barriga, olhei pra mesma e avistei uma adaga de cabo verde, ele me perfurou com uma adaga. O soltei pondo a mão no cabo da adaga, o ferimento estava ardendo, e estava sangrando muito, tentei tirar a adaga e Rive segurou minha mão, impedindo meus movimentos, gemi de dor quando o mesmo me pôs em seu lugar, contra parede e terminou de atravessar meu rin direito com a adaga. Prendi a respiração e pendi a cabeça, não dava pra respirar, estava doendo demais. Se eu gritasse, quem sabe Vlad podia acordar.... A dor era tanta que nem pensar eu conseguia direito.
- Lucy... Você me ama? - Perguntou Rive, e eu já podia imaginar quais seriam suas futuras ações, se eu não respondesse ele me perfuraria com a adaga até eu dizer que sim. Sabendo disso, tirei a adaga da minha barriga e em movimentos rápidos a atravessei no peito dele, eu podia ouvir seus batimentos se acelerando, droga, errei a localização do coração, ele sorriu e me enforcou com a mão direita, com a esquerda ele tirou a adaga do peito lentamente e atravessou meu seio com a lâmina. Gritei sentindo sangue quente escorrer e manchar minha camiseta.
- Não é pra gritar! - Bradou Rive a morder os lábios com tanta força que uma mancha vermelha se formou na face pálida do rapaz, e tirando a atenção da adaga ele me da socos na minha barriga machucada me fazendo chorar de raiva e dor, o pior é que ele estava me sufocando. Com os dente cerrados eu me segurei pra não desmaiar de dor.
- Larga ela seu verme! - Escutei alguém gritar, era uma voz conhecida, era do.... Vlad. Alívio percorreu as minhas veias naquele momento, Rive me largou, sorrindo e se voltou pra Vlad, enquanto eu caía no chão, fraca demais pra conseguir me manter de pé.
- Não se preocupe.... Eu já visitei meu amor pra que ela não se esqueça de mim. - Comentou e Vlad partiu pra cima dele, batendo com toda força em Rive, Vlad lançou tantas vezes Rive pela sala que o sofá e uma mesinha de vidro que haviam ali foram quebrados sem sequer dó. Mas Vlad não pode bater muito, Rive quebrou a porta e tentou fugir, quando Vlad foi atrás dele, antes que o mesmo pudesse passar pela porta, Rive injetou abruptamente uma seringa com líquido azulado em Vlad, ele havia simplesmente perfurado o pescoço de Vlad com uma seringa e o mesmo caiu no chão tendo convulsões.
Assim sendo Rive fugiu e eu me arrastei até Vlad pra tentar ajudá- lo, prssionando meus ferimentos consegui chegar até a porta onde Vlad estava caído, ele se debatia alucinado, parecia que correntes elétricas estavam em contato com seu corpo, suas veias do pescoço estavam todas saltadas e ele cerrava os dentes em gritos abafados, tirei a seringa e a agulha e seu pescoço e para o meu alívio, com mais alguns segundos Vlad parou de se debater, se acalmando e se recompondo, ofegante e angustiado.
- Luciana.... - Foi tudo o que ele disse e eu me deitei ao seu lado e comecei a chorar, chorar feito uma criança assustada, por que eu estava cansada de sofrer tudo aquilo, meus machucados estavam cicatrizando com a regeneração, mas eu estava acabada. Exausta dessa vida desgraçada.
- Me mata... - Choraminguei e Vlad, que estava deitado ao meu lado, se virou pra mim e me acolheu em seus braços.
- Calma - Sussurrou, afagando meus cabelos, me puxando pra um abraço reconfortante em seus braços tremulos - Ele não vai mais te achar, eu sei o que fazer agora. - Relatou e eu levantei os olhos para o olhar diretamente, ele estava exausto, isso era eminente, e uma camada fina de suor gelado cobria sua pele.
-Como? - Perguntei e Vlad se levantou do chão e me pegou no colo destemido.
- Vamos sair do país. - Foi o que ele respondeu.

Cadáver de Sangue IOnde histórias criam vida. Descubra agora