Por RainbowLost
O entrevistado de hoje é o GuilhermeFerreira024 , autor das obras: A voz da escuridão e A mãe de todos eles.
1) Fale um pouco sobre você (nome, idade, coisas que gosta...)
Meu nome é Guilherme Ferreira, mas todo mundo me chama de Gui. Tenho 24 anos e trabalho como redator em uma agência de publicidade. Sou escritor sempre que possível, e não vivo sem um bom livro, uma ótima música e sem meus filmes e seriados.
2) Quando começou a escrever?
Comecei na infância. Eu tinha 7 anos e escrevi uma história sobre um coelho que construía um avião para voar igualzinho aos pássaros. Acho que ainda tenho essa história guardada em algum lugar. Era bem bobinha, mas cheia daquela força criativa que só as crianças têm e que, infelizmente, vai enfraquecendo conforme envelhecemos.
3) Quando e por que resolveu postar o que escrevia? Alguém te incentivou?
Se você trabalha com uma arte criativa – escrita, poesia, música, pintura, seja o que for – então você tem que compartilhá-la. Você deve isso a si mesmo e ao mundo. É nisso que acredito. Quer dizer, caramba, livros e canções têm o poder de mudar vidas. Então, se você escreveu uma história ou compôs uma canção, e isso transformou você, então por que não deixar que o seu trabalho ajude a transformar os outros também? Foi por isso que decidi postar os meus trabalhos aqui no Wattpad. Se as coisas que escrevo ajudam uma pessoa que seja a encarar um dia difícil, ou a enxergar a vida de uma maneira melhor, então ótimo! No fim, tudo se resume a isso. A escrita é uma mágica que transforma. Mantê-la trancada em uma gaveta não faz o menor sentido.
4) Como conheceu o Wattpad? O que acha da plataforma?
Conheci através de uma amiga. Um dia, ela me contou sobre o Wattpad e disse: "Gui, você precisa postar suas histórias por lá". Bom, uma coisa levou à outra, e cá estou. Confesso que fiquei com um pé atrás – aquela voz traiçoeira que vive na cabeça da maioria dos escritores sussurrava "Ninguém vai gostar dos seus textos" –, mas tomei coragem e comecei a postar. E achei a plataforma maravilhosa. Valeu a pena.
5) De onde vem a inspiração para escrever suas histórias?
Não faço ideia. Ela simplesmente vem. E, bom, tem dias em que ela não vem. A verdade é que, se você esperar a inspiração chegar para escrever, você dificilmente vai fazer a história andar. O importante é sentar a bunda na cadeira e escrever, inspirado ou não. Faça isso todos os dias, crie uma rotina e, mais cedo ou mais tarde, a inspiração, aquele maravilhoso click! dentro da sua cabeça que encaixa todas as peças soltas da sua história, vai acontecer.
6) Como surgiu a ideia de escrever A Voz da Escuridão?
O que eu disse para a inspiração serve aqui também: nem imagino de onde a ideia surgiu. Ela só apareceu. Stephen King disse uma vez que os escritores nascem com um maquinário dentro da cabeça, um dispositivo responsável por criar histórias. Acredito nisso do fundo do coração. Você está no banho, assistindo à televisão, dirigindo e, de repente – click! – uma ideia aparece. Só um vislumbre no começo. Depois, a coisa vai crescendo e, quando você percebe, tem em mãos uma história completa. Aí é só sentar e colocá-la no papel.
7) Você se inspirou em algum livro\filme para escrevê-lo?
Não, mas com certeza fui influenciado por diversos autores, filmes e seriados. É uma das coisas maravilhosas sobre a escrita: ela é osmótica. Se você lê bastante, se vai bastante ao cinema, acaba aumentando o seu repertório criativo. Isso faz a sua história ficar ainda melhor.
8) De suas obras publicadas aqui, qual te dá mais prazer em escrever? Por quê?
Não sei se consigo escolher uma obra que me deu mais prazer. É mais ou menos como escolher um favorito entre seus filhos: você ama todos de forma igual. Mas tem sempre aquele que é mais íntimo de você, e esse filho seria "A Voz da Escuridão". Não sei o porquê, mas eu realmente me apaixonei por essa história.
9) Em média, quanto tempo você leva para escrever um livro completo, desde a ideia inicial até seu desenvolvimento?
Depende. "A Voz da Escuridão", que é um livro maior e cheio de subtramas, levou cerca de 8 meses para ser escrito. "A Mãe de Todos Eles", que é mais curtinho, levou uns 2 meses. Isso incluindo o processo de escrita, revisão e reescrita.
A coisa é a seguinte: qualquer livro, independentemente do tamanho, vai fluir bem melhor se você realmente se dedicar a ele. Quando trabalho em uma história, eu escrevo todos os dias, de segunda-feira a domingo, incluindo os feriados. Assim eu não perco o fio da história e não sofro do temido bloqueio de escritor. Não há muito planejamento no processo: eu não planejo o número de capítulos nem de páginas. Odeio enredos, eles engessam demais a narrativa. Deixem-na artificia em vez de orgânica. Eu só tenho uma ideia, sento e começo a escrever. O rumo da história e os personagens vão surgindo ao longo do processo de escrita. É assim que funciona para mim.
10) Qual seu gênero literário preferido?
Sou bem eclético, mas não dispenso um bom terror.
11) Um autor estrangeiro.
Stephen King. Ele é o meu autor favorito.
12) Um autor nacional.
André Vianco. "Os Sete" é um dos melhores livros que eu já li. Me influenciou bastante.
13) Um livro.
"A História de Lisey", de Stephen King. Leio esse livro pelo menos uma vez por ano. Nunca vi uma obra tratar o amor de forma tão crua, brutal e perfeita. Recomendo a todos.
14) O que os livros significam para você?
São o meu porto-seguro. Não exagero quando digo que os livros já salvaram a minha vida mais de uma vez. Sabe, a gente vive nesse mundo cheio de crueldade e tragédias e maldade, e às vezes precisamos viajar para OUTRO mundo, nem que seja para esquecer um pouco dos problemas. Para mim, os livros são portais para realidades mais bonitas. E, bom, quando você acorda e volta para o mundo real, traz com você um ou dois ensinamentos que aprendeu enquanto lia o livro. E isso faz toda a diferença.
15) Em sua opinião, qual o papel da literatura na sociedade?
Transformar. Não entendo quando uma pessoa diz "Eu não leio". Para mim, isso é o mesmo que dizer "Eu não respiro". Quando você lê, você transforma o seu jeito de ver a realidade e lidar com o dia a dia. E ainda se diverte pra caramba. O que pode ser melhor que isso?
16) Deixe um recado para seus leitores.
É tudo por vocês. Não escrevo por fama, dinheiro ou reconhecimento. Escrevo porque isso me faz feliz e porque – espero – faz vocês felizes também. Sempre que recebo uma mensagem dizendo "Amei seu livro" ou "Continue a escrever", eu me sinto realizado. Isso significa que eu toquei o coração de alguém, mesmo que por um breve momento. Isso basta pra mim.
17) Indique um livro imperdível (do Wattpad).
São tantos! Mas indico a séria Força Maior, do @RodrigoPaulino. A história é ótima. Vale a pena conhecer.
Já conheciam o trabalho do entrevistado?
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Projeto "Vamos Conversar" (1ª Temporada)
Non-FictionQuais questões te incomodam? Quais ideias podem ser aplaudidas? Por que? Como? Onde? Com quais propósitos? Quem é você? Quem somos nós? Para onde vamos? O que está acontecendo? Somos bilhões de vidas envoltas em perguntas; bilhões de mentes question...