Livros que viraram filme

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Death Note – Tsugumi Ohba.

Olá, amigo leitor. Vamos conversar: o que você faria se tivesse nas mãos o poder de punir e a chance de mudar o mundo?

Bom, vamos começar então. O titulo de hoje não exatamente um livro, mas uma série de HQ’s. Com base nessa brilhante história de Tsugumi Ohba (ao menos acredito que tenha sido escrita por ele), já foi produzida a série animada e em breve o filme chegará às telonas.

Da mesma forma que muitos não leram “Harry Potter” por mero preconceito, a série “Death Note” também acaba sofrendo. Posso dizer aqui, sem medo, que muitos estão perdendo a chance de desfrutar de uma das mais bem escritas e mais profundas obras já escritas. Sou fã de muitos escritores, entre eles estão James Peterson, Stephen King, André Vianco. Todos grandes gênios quando o assunto é “suspense”. Mas nenhuma obra daqueles marcou-me da forma que o caderno da morte.

(Wagner, o que Diabos é esse “Death Note”?).

Bom, tentarei ser breve. Em “Death Note” é contada a história de um estudante (que vai além do comum, é claro), que pelo acaso acaba recebendo em mãos o poder de mudar o mundo. O que é esse poder? Bom, antes de responder tal questionamento, lhe convido a uma reflexão, caro amigo. Como fica seu coração quando nos noticiários lhe é apresentado casos de barbárie? O que se passa na sua cabeça quando tem ciência que pais e mães de família estão perdendo a vida por não mais que um celular? O que lhe vem à mente quando ouve falar dos muitos policiais executados por criminosos? Você acha justo grandes marginais de colarinho branco escarnecendo na cara da justiça?

E se você tivesse o poder de punir, o que faria?
Olha, o objeto que dá nome a série, o “Death note”, nada mais é que a sentença de morte mais rápida e discreta já pensada: bastando nele escrever o nome e imaginar o rosto da pretensa vítima e, em poucos segundos, a pessoa não mais viverá.

Por que ler/assistir “Death Note”?
Na série citada nos é apresentado dois ideais distintos de justiça. O primeiro, abordando o ponto de vista de uma sociedade que se revolta devido à impotência diante da criminalidade e da impotência, ao ter nas mãos o poder de “fazer justiça”, opta por matar, matar, matar. Nos olhos de Kira, as condutas tomadas estavam corretas. Eles, que se autodenominava um deus, além de fazer justiça queria ser reconhecido por tal.

Se você recebesse em mãos o caderno da morte, sendo sincero, escolheria usá-lo?

Enquanto isso, do outro lado, contrastando com a revolta social, está o representante do estado, conhecido apenas como “L”. Não darei muitos detalhes. Aqui cabe apenas salientar que “L” repudia a forma de agir de Light. Se de um lado temos a sociedade exercendo a autotutela, do outro está o governo, crente em zelar pelos direitos humanos e a ideal aplicação da lei e da autoridade delas.

Não direi muito mais. Deixo aqui um convite para todos que venham a acompanhar o projeto “Vamos Conversar”: leia death note, assista a série e futuramente assista ao filme. Após tudo isso reflita se a justiça feita pelas próprias mãos é o caminho para melhorar o mundo.

Por fim, lembre-se: todo aquele que tem poder, por mais justo que seja, ansiará mais poder, e com o tempo, inevitavelmente, de salvador tornar-se-á um déspota.

Projeto "Vamos Conversar" (1ª Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora