Entrevista @rachelffernandes

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Por @RainbowLost  

Nossa entrevistada de hoje é a @rachelffernandes, autora dos livros: Parceiros? ; Eu, você e o garçom; 457 Milhas; Sempre Seu Idiota, James; Cláusula de Amor; Sob a Pele de Érica e Suíte 2121.

1) Fale um pouco sobre você (nome, idade, coisas que gosta...).

Meu nome é Rachel, tenho 23 anos e sou uma designer gráfica porto-alegrense com alma de redatora publicitária que atualmente cursa Publicidade. Sou doida por música antiga (alô, década de 40), videogames com uma boa narrativa, palavras-cruzadas do nível difícil, fofocas da História Mundial e piadas sem graça.  


2) Quando começou a escrever? Quando resolveu postar seus escritos?

Comecei nas fanfics, postando meus escritos em fóruns e sites. Meu maior passatempo era escolher dois personagens favoritos e criar um casal doido que possivelmente nunca se encontraria na trama oficial. Quando larguei as séries, migrei para a escrita de histórias originais. 

Foi o clássico caso de amor à segunda vista. 


3) Como surgiu seu amor pela literatura? Alguém lhe incentivou?

Meus pais foram os principais culpados. Apesar de nenhum deles ler com tanta frequência, sempre fui incentivada a ler, e ler muito. Gibis, livros e revistas têm aos montes aqui em casa. Agradeço a eles por isso. 


4) O que te inspira?

Tudo. Trabalho muito com referências, e aprendi que repertório é algo valioso demais para ser deixado de lado. Deixo meus ouvidos — e a mente — bem abertos para tudo. Sou o tipo de pessoa que vai de Anitta a Mozart num estalar de dedos, e gosto do que essa diversidade faz com minhas ideias. É um tônico para a criatividade ser receptivo com referências distintas.

5) Qual seu gênero literário favorito?

Biografias históricas. Sou apaixonada pela Europa do século XVIII e as monarquias do período. Procuro ler biografias de mulheres (Maria Antonieta, Catarina, Joséphine) que foram importantes na época. Como dizem meus amigos, adoro uma fofoca de gente morta. 


6) Quando surgiu a ideia de escrever Sempre seu idiota, James?

A história era, originalmente, uma fanfic Theon/Sansa — shipps esquisitos, eu avisei — que não chegava a 600 palavras. A situação toda era resumida num único bilhete, e confesso que depois de postada num fórum, me esqueci da história.

Quando entrei no Wattpad, eu escrevia apenas em inglês por achar que o WP brasileiro fosse dedicado somente a fanfics — ledo engano. Lá pelas tantas, quis testar um formato de história escrita em cartas. Me lembrei dessa fanfic e criei as personagens, o cenário e todo o resto.

Escrevi "James" em inglês, pelo telefone, e depois traduzi para o português. Assim como em "Cláusula de Amor", fiz o caminho reverso. As duas histórias foram originalmente postadas em inglês, e só depois traduzidas.

E foi um trabalho do cão, minha gente. Depois desse processo, meu respeito pelos tradutores aumentos uns 500%


7) O que os livros significam para você?

Tudo. Como não sou muito ligada em cinema/séries, passo boa parte das minhas horas livres lendo. Se eu não ler, não existo. 


8) Dos seus livros postados na plataforma, qual te dá mais prazer em escrever? Por quê?

Um dos meus preferidos de escrever foi "Parceiros?", pelo texto dinâmico, pela trama que envolve elementos históricos e pelas personagens. O trio Clark–Spankin'–Hopkins me ganha fácil em qualquer situação.

Mas também tenho um carinho especial por "Sob a Pele de Érica", que escrevi em seis meses, durante meu TCC, e "Suíte 2121", sobre um casal de ex-namorados que se encontra numa suíte de hotel numa situação meio... esquisita. 


9) Um livro.

Lolita. Foi um dos poucos livros que me desestabilizou e me fascinou como nenhum outro. A escrita, as situações, tudo. Acho que nunca vou superar o mal-estar que essa história me causou. 


10) Um autor estrangeiro.

Liane Moriarty. Li "Pequenas Grandes Mentiras" e no dia seguinte saí para comprar os outros livros dela. Paixão súbita. 


11) Um autor nacional.

"Eu venho sempre à tona de todos os naufrágios." 

Mario Quintana ♥ 


12) Um sonho.

Ter um emprego que pague meus boletinhos. 


13) Um pesadelo.

Um mundo dominado por pessoas sem imaginação. 


14) Em sua opinião, qual o papel da literatura na sociedade?

Muitos, mas o principal, para mim, é gerar empatia. A literatura tem o poder de nos tornar mais empáticos, mais abertos aos sofrimentos e delícias do outro. Num mundo tão carente de empatia, só a literatura salva. 


15) Deixe um recado para seus leitores.

O trabalho do escritor só existe, de fato, quando alguém o lê. Ainda não assimilei que as pessoas realmente se interessam por aquilo que escrevo, e de que alguns dos leitores vêm não só do Brasil, mas de Portugal, Angola e até da Austrália! É doido.

Os leitores são parte fundamental do meu processo, seja pra elogiar, seja pra puxar minhas orelhas. No fundo, só tenho a agradecer. Ah, e prometer dar o melhor de mim a cada história. É o mínimo que posso fazer para retribuir o carinho ♥ 


16) Indique um livro imperdível (do Wattpad).

"Cinco Semanas" da @carlalaurentino é o MÁXIMO — em itálico, negrito, sublinhado e destacado. Sou apaixonada pela Rachel, minha xará, e pela relação dela com a Juno, a criança capeta mais fofa do mundo, que por acaso precisa de uma babá.

Não é segredo pra ninguém que sou apaixonada por TUDO o que a Carla escreve, e essa história não poderia ser diferente. Gente, sério. Parem e vão ler as histórias dessa menina. É só amor ♥ 


Obrigada por essa entrevista! Seus livros são ótimos e você é muito simpática <3, lhe desejo todo o sucesso do mundo! 

 


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