Olá, amigo leitor. Serei breve, hoje vamos conversar sobre mais uma bela obra brasileira. Vamos falar de um filme, vamos falar de uma peça teatral. Bom, a obra de hoje é uma das preciosidades escritas pelo saudoso gênio Ariano Suassuna. Espero que gostem o "Livro" que virou filme de hoje é "O Auto da compadecida".
Antes de começar, deixo aqui um trecho de um texto que li recentemente sobre "O auto da compadecida": "A peça retoma elementos do teatro popular, contidos nos autos medievais, e da literatura de cordel para exaltar os humildes e satirizar os poderosos e os religiosos que se preocupam apenas com questões materiais".
A história de "O auto da compadecida" é ambientada no sertão nordestino (quem sabe no sertão da Paraíba), dentro de uma cidade cujo nome não me recordo.
O enredo tem por foco: , interpretado no filme por , que pode ser descrito como um símbolo da astúcia do povo de nossa Pátria Amada Brasil; e Chicó, representando de forma hilária por . Se Grilo é um símbolo da esperteza e versatilidade, Chicó é um notório covarde. Claro que há outros personagens com muito a se abordar. Entre eles a mulher do padeiro.
"A mulher do padeiro", eis um ponto que merece nossa reflexão. Em um mundo que tanto se combate o tão popular machismo, ela é um prato cheio para debates. O gênio colocou na sua personagem, além do apetite sexual, uma adoração dos estereótipos masculinos de dominador, possuidor, macho, chefe da casa, mas isso é apenas nos seus momentos mais íntimos, quando busca saciar seus desejos carnais, pois na sua relação com o marido os papeis são invertidos.
Bom, para evitar prolongar o texto de hoje, vou direto a pergunta: como você vê esses desejos da esposa do padeiro, são originados de mero fetiche ou pode haver algo mais? Algo a acrescentar?
O filme (vou falar agora do filme), apesar de ser um cômico, aborda muitos pontos interessantes para conversas mais profundas, tal como os aspectos culturais que envolvem as personagens do auto e do filme; a questão do adultério, da ganância, da violência, religião.
Se vale a pena assistir "O auto da compadecida"? Amigo, claro que vale. Se não assistiu, assista! Pô! É viciante. O filme foi lançado em 2000, ou seja, tem uma imagem que não se iguala às atuais obras cinematográficas, mas continua sendo um dos melhores filmes nacionais que já assisti; tem a cena em que a cachorra morta se meche, mesmo assim é divertido; o cenário do julgamento não é tão belo, mas duvido que uma produção milionária faça melhor.
Bom, dito tudo, deixo você com um abraço e nos vemos em breve!
Uma imagem que encontrei na internet. Achei muito legal:
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Projeto "Vamos Conversar" (1ª Temporada)
Non-FictionQuais questões te incomodam? Quais ideias podem ser aplaudidas? Por que? Como? Onde? Com quais propósitos? Quem é você? Quem somos nós? Para onde vamos? O que está acontecendo? Somos bilhões de vidas envoltas em perguntas; bilhões de mentes question...