Capítulo 12

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Então galera, esse foi o capítulo a mais do mês, estamos tentando adiantar um pouco a história.

Quarta-feira tem mais.

Ice
( Fire falando aqui, espero q vocês tenham gostado da capa nova meus bbs , eu e Ice ralamos no editor de fotos pra ficar bonitinha )

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Continuei olhando o carro completamente amassado e fiquei pensando na confusão que ia dar. Decidi dar uma volta pela cidade, mas antes deixei meu fuzil escondido dentro do apartamento, afinal ele não tinha mais porta, mas eu não podia andar por aí com ele. Aproveitei para trocar de roupa...andar por aí vestindo um uniforme cheia de sangue seria um pouco estranho.

Já havia anoitecido e eu andava pelas ruas, entre prédios novos e modernos haviam uns mais antigos, desenhados como pinturas em toda essa paisagem de vidros negros e arranha-céus retangulares.

Cinquenta euros no jeans gasto, uma camisa aleatória e um casaco era tudo que eu carregava pelo inverno nas ruas de Londres. Sentei num restaurante perto do London Eye e me deixei levar pelos barulhos da cidade.


— Olá. — Uma voz estranha me acorda do pensamento de porque o meu chocolate quente formava o desenho de um pato na superfície. Se tivesse bebido alguma gota que fosse a teria colocado para fora agora.

— É você mesmo? — Pergunto sem acreditar no que estava acontecendo, em pleno centro de Londres, o homem mais falando nas últimas horas e ninguém havia notado. — C-como ninguém te percebeu?

— Mas você também não me percebeu. — Procuro instintivamente pela minha arma, mas o máximo que encontro é um canivete do bolso do casaco. — Ninguém percebe se eu não estiver ocupando todas as televisões e celulares do planeta. Quantos rostos você vê todos os dias e não lembra um minuto depois?

— O que você quer? — Não vem com esses papos filosóficos pra cima de mim não.

— Melhorar. — Falou entrelaçando os dedos e colocou as mãos sobre a mesa, parecia estar tentando esconder alguma coisa.

Ao abri-los foi revelado um mini-dragão de metal, ele parecia vivo, saindo fumaça de suas dobradiças quando se movia, uma cena incrível e as pessoas passavam e não viam, e se eu não tivesse sido escolhido por ele também não veria.

— Gostou dele? — Engulo em seco com o tom que ele fez a pergunta. — Quer ele para você?

—Err... eu não posso aceitar, não tenho espaço pra um bicho de estimação. — Sei lá, vai que esse bicho explode a minha casa.

— Entendo. — Ele recolhe o dragão e o coloca em seu ombro e ajeitou sua coroa.

— Você me parece um pouco nervoso, tem motivo para estar preocupado? — Assim, só tem um lunático sentado na minha mesa com um dragão robótico, mas fora isso tá tudo de boa. — Ainda não sei o seu nome. Prazer — ele esticou a mão para um cumprimento — eu sou O Príncipe.

Não dei resposta nem o cumprimentei de volta, ele se levantou e tirou uma flor do bolso, um cravo branco.

— Hoje em dia ninguém mais para para cheirar as flores. — Ele deixou o cravo na mesa, levando consigo a atmosfera de mistério e perigo eminente, muito parecida com a que eu sentia na linha de frente. Podia não ter a mínima ideia do que ele planejava, mas se eu podia ter certeza de alguma coisa era que estávamos em guerra.








— Concordo. — Chegou a última jujuba do pacote. E que garota pra gostar de preto, hein?

Ela era totalmente monocromática desde os sapatos altos até a camisa de botão, talvez um pouco decotada demais para a ocasião, mas não ia ser eu a reclamar. Ela se apoiou de lado na porta e abriu um grande sorriso, olhando para todos e focando em Ludwig.

Ouroboros - A Nova OrdemOnde histórias criam vida. Descubra agora