Capítulo 16

1.3K 147 15
                                    

Então galera, foi mal o atraso, os últimos dias foram mais complicados mas o próximo vai ser no dia, eu acho...

-Ice

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

           

— Opiniões? — Logo após os convidados se retirarem do lugar pedi os julgamentos de Alisha e Zack sobre a equipe.

— A Hazel parece meio... — Zack completou a frase com um gesto com o dedo girando ao redor do ouvido e um assobio.

— Gostei do Ivan. — Ambos voltamos a atenção para Alisha — Não nos questionou, apartou a briga dos integrantes do grupo e sabe acatar ordens, a área vermelha da onde ele vem deve ser bem rigorosa.

— Eu me sinto um tanto quanto receoso sobre a Melicent. — Por fim completei — Parecia nunca estar completamente entre nós. Sua atenção parecia bem distante.

— Acha que ela e Hazel já se conheciam? — Indagou Zack

— Você daria um tapa no rosto de um desconhecido? — Respondeu Alisha

— É, definitivamente não eram o que esperávamos, mas talvez sejam o que precisamos. — Dizia isso um pouco para me convencer também.

— Vamos torcer para que esteja certo. — Zacarias parecia ligeiramente desacreditado.

— E quando é que não estou?

— Cuidado com a resposta se não quiser perder o emprego. — Interrompeu Alisha com um tom irônico.

— Ha ha ha, muito engraçada você. — Zack respondeu um tanto quanto irritado enquanto Alisha não parava de rir. Se dirigiu até a porta e antes de fechá-la gritei-o.

— Leve Hazel e Noah em um passeio pela cidade, vai ajudar vocês a se conhecerem. — A porta foi batida sem uma resposta.

—Entãããão... quer comer alguma coisa? — Alisha estava distraída com a mesa quando fez a pergunta.

— Claro, algum lugar em mente? — Ajeito as abotoaduras e olho para Alisha, que pela reação parecia estar esperando outra resposta.


Antes de me sentar dei uma leve olhada para trás, sentia uma sensação incomoda de estar sendo observado.

— Como assim vocês não têm café na área X? — Perguntei assim que sentamos em uma das mesas espalhadas pela rua da cafeteria. Achei engraçada a escolha do lugar, mas depois que ela falou isso consegui entender.

— Depois da terceira grande guerra os solos ficaram inférteis então só comemos o que importamos ou o que doam para nós. — Ela parou momentaneamente dando um longo gole em seu café. — E café é caro.

— Compreendo. — Encarava meu café que havia vindo com um desenho de coração. — E de todos os lugares que você podia ter escolhido, escolheu uma cafeteria de rua.

— A cafeteria de rua. — Alisha me corrigiu. — E os donuts deles também são muito bons. — Ela falou enfiando um quase inteiro na boca, o que era uma atitude que passava longe de qualquer forma de etiqueta esperada de uma princesa.

Não consegui segurar uma risada quando vi a cena, e ela pareceu não gostar muito disso e começou a me ameaçar com o donut.


Após a comida decidimos voltar para o edifício central a pé.

— Acha que O Príncipe vai atacar de novo? — Tentei evitar o assunto a noite toda, mas assim como seus vídeos ele simplesmente surgiu, junto de um calafrio que me vez olhar, novamente, para trás.

— Sim. — Deve ser a primeira vez que torço para estar errado.

— Antes da festa? — Ela parecia preocupada, e isso era nítido pelo seu tom de voz.

— Não sei. — Meu braço estava sendo abraçado pela mesma, o dia realmente havia sido bem cansativo, e ela o puxava para baixo com uma quantidade considerável de peso. — Sabemos que ele gosta de um palco.

— Tem certeza sobre o plano de infiltração, não acha que pode acabar...piorando tudo? — Por algum motivo ela parecia notar perfeitamente cada uma das minhas dúvidas, ou então, era as dúvidas que todos tinham.

— Infelizmente, só existe um jeito de descobrir. — Paramos de andar por um tempo em que ela ficou me encarando. Seus olhos eram cor de âmbar e contrastavam perfeitamente com sua pele.

Se tinha alguma coisa pela qual eu podia agradecer ao Príncipe era trazer Alisha e Zack de volta para perto de mim, mas uma parte de mim só queria que todo aquele terror acaba-se e voltássemos aos dias normais.

— Vamos. — Procuro por alguém ao redor, mas não encontro nada que pareça suspeito. — Já está tarde.


Chegamos no edifício central já quase no dia seguinte, a sensação de ser perseguido não tinha diminuído então tentei enviar uma mensagem para Zack, mas meu celular estava sem sinal.

Alisha já estava quase dormindo em pé então a carreguei até a cama, e eu definitivamente estou precisando malhar um pouco.

Ao princípio parecia estar tudo em ordem, a porta e as janelas se encontravam todas trancadas, fiz questão de conferir uma por uma, nada caído ou fora do lugar. Até que entrei no escritório e vi em cima da minha mesa de madeira maciça um cravo branco e de repente tudo começou a girar até que vi a máscara que aparecia em todos os noticiários durante os últimos dias e então tudo era escuridão.

Ouroboros - A Nova OrdemOnde histórias criam vida. Descubra agora