Capítulo 75

673 101 21
                                    

CALMA PELO AMOR DOS DEUSES
EU NÃO MATEI A HAZEL, TÁ?
Nunca ia conseguir matar minha filhota, foi só pra dar um sustinho em vocês, meus bb.
FELIZ ANO NOVOOOOO
* insira fogos de artifício aqui *
AMO
Lá vai caaaappppppppp
Bjkssssss
~~Fire 🖤
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Eu quase desisti no último segundo, mas mesmo assim puxei o gatilho. Morte ficou tão abalada quando virei a arma para mim, que não tive outra opção.

A dor não veio.

Abri os olhos e vi Morte jogando Melicent sobre a mesa. Ué, eu não estava morta?

Milhares de ideias surgiram na minha mente, e caso tenha sido algo da mutação, era gigantesca a lista de coisas que eu poderia fazer.

Pena que no mundo real isso não existe.

Abaixei a arma e vi que ela na verdade estava leve, leve demais.

" Pense o que quiser garota. "

A fala de Melicent ecoou em minha mente, e eu rodei a arma nas mãos. Não havia nenhuma bala dentro dela, e nem na minha cabeça. Pensando agora, talvez tenha sido uma ideia bem idiota.

" A arma não está carregada. "

Abri a boca indignada quando me toquei que esse tempo todo, ela estava me usando de distração. Nunca ia admitir que o plano tinha sido bom, mas pelo visto ninguém duvidou de suas ações, nem mesmo eu.

— VOCÊ ME DEU UMA ARMA DESCARREGADA? — As palavras voaram para fora da minha boca, num misto de raiva e gratidão.

Bom, talvez ela estivesse um pouco ocupada para me notar ou gritar algo de volta. Só depois que esse lapso de raiva passou, que eu notei o verdadeiro perigo da situação.

Morte ia matar Melicent.

Agarrei minha querida bandeja de prata e fui para perto delas. Quando eu ia acertar a cabeça da mulher, a mesma esticou a mão para trás, parando meu golpe.

Engoli em seco quando seus olhos cinzentos encontraram os meus. Não havia qualquer propósito neles, só maldade e escuridão.

— Como assim não era para apertar esse botão? — Uma voz ecoou pelos alto-falantes, me fazendo desviar o olhar para o lado de fora. Em seguida, uma interferência e gritos quase acabaram com minha audição.

Morte agarrou minha bandeja e a jogou para longe, se recuperando muito rápido da possível distração. Talvez tenha sido só minha imaginação, mas parecia muito com a voz de Ivan, pelo sotaque puxado.

— De você eu cuido daqui há pou...— A mulher cambaleou para o lado, levando a mão até o rosto.

A bota de Melicent abaixou, e num pulo, ela saiu de cima da mesa. Sua garganta estava marcada, e a respiração entrecortada.

— Você ter atirado na própria cabeça provou que foi uma boa ideia. — Ela respondeu irritada, se referindo à arma sem balas.

Morte avançou na direção de Melicent, com a foice ainda em mãos. Nessa hora eu fiquei na dúvida sobre essa política contra armas de fogo ser boa ou não.

— Sabe, admiro a estupidez de vocês de vir até aqui. — A mulher disse parando atrás de sua escrivaninha e abrindo uma gaveta. — Admiro a capacidade que vocês têm de entender tudo errado.

Ouroboros - A Nova OrdemOnde histórias criam vida. Descubra agora