Ouroboros - A Nova Ordem

Capítulo 46

E aí meus bbs???????
Desculpem mesmo o atraso esses dias, mas como eu e Ice temos provas para faculdade, tá foda. Depois do dia 15/10, que é a última, tudo volta ao normal.
Nos desejem sorte :3
Sem mais delongas, segue capppppp
Bjks, Fire <3
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Dentre todos os acontecimentos horríveis que ocorreram essa semana, sem dúvida saber que não havia meu café com avelã na cafeteria foi a decadência.

Peguei meu muffin com uma cara emburrada e sentei em uma mesa afastada, esperando a garçonete ir procurar no estoque por minhas queridas avelãs.

Apoiei os cotovelos na mesa e as mãos na cabeça. Noah havia me mandado uma mensagem no mínimo suspeita, pedindo para que eu o encontrasse aqui.

Puxei o gorro da minha cabeça e comecei a brincar com ele entre meus dedos. O inverno tinha ido embora, mas mesmo na primavera, as ruas de Londres seguiam frias.

— Aqui florzinha. — A garçonete disse, deixando a bebida fumegante bem na minha frente e saindo em seguida.

Soprei a fumaça para longe e com um resmungo, retirei a camada de chantilly da bebida. Agora eu me encontrava em um bistrô vazio, com um café quente demais e um guardanapo com chantilly nojento.

Com um barulho de sino suave, a porta se abriu. Noah estava lindo, como sempre. Seus olhos varreram o lugar e pararam em mim, diminuindo um pouco o seu tamanho por causa de um sorriso.

Eu gostaria de saber por que as pessoas que eu convivia usavam tanto preto. Acho que isso será um enigma eterno, distante demais de minha compreensão.

— Quer que eu peça um café? — Perguntei quando ele se sentou na minha frente. Noah carregava uma bolsa grande de viagem em uma das mãos, eu franzi as sobrancelhas para ela.

— Não precisa, eu pego um pouco do seu. — Ele respondeu rindo para a sujeira que eu fiz com o creme sobre a mesa.

Acabei dando de ombros e empurrando a bebida para ele, que deu um gole grande demais, recebendo um olhar bravo meu.

— Precisamos conversar. — As palavras saíram tão tranquilas de sua boca, que por um segundo eu a encarei articulando as sílabas. Por algum motivo isso me lembrou Zack, então balancei a cabeça imediatamente.

— Fala ué. Não foi pra isso que me chamou aqui? — Logo que terminei de falar, um pensamento chegou até minha mente. — Não está indo embora,  está?

— É complicado, Pequena. — Ele disse, abaixando um pouco o tom de voz. — Quando aceitei vir com você não sabia as proporções que isso ia tomar.

— Não sabia que íamos encontrar ela. —Disparei sem esperar ele pensar em algo mais para falar. — Sabe que vou ficar puta se você for.

— Eu sei que vai. Por isso te chamei aqui. — Noah falou, esticando a mão para tocar a minha. — Quero que volte comigo para Ouroboros. O Príncipe não vai parar, e Ludwig não tem força para ir contra ele.

Suas palavras me acertaram com força total, e eu não sabia o que pensar. Me sentia dividida.

— A F.O.B. levou muitos golpes da C.H.A.O.S., e ainda perderam Helena, e em seguida você. Sei que é um pedido egotista, mas você tem agora a mutação. — Ele fez uma pausa, e apertou de leve minha mão. — Não sabemos como isso está afetando o seu organismo, podíamos fazer uns exames, treinar um pouco. Se depois disso Ludwig ainda precisar de nós, podemos voltar.

Desviei meu olhar do seu e o foquei nas várias placas de carro antigas que revestiam a parede do outro lado do bistrô. Noah tinha razão. No meio desse turbilhão do Príncipe, deixei a ordem de lado quando ela mais precisava de mim.