Fala galerinha, vamos tentar postar capítulos com maior frequência pra compensar o atraso, espero que aprovem a ideia!! XD
Boa leituraaaaaaaaa!!!!!
-Ice
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"Acima de tudo, um príncipe deve empenhar-se em dar de si, com cada ação, conceito de grande homem e de inteligência extraordinária. "
Não como se fizesse jus a tal, mas como um conto as pessoas acreditavam que sim. Onde na falta de opções, elas procuravam heróis para se apoiar, e com uma autópsia de pensamentos descobriam que não pensavam em nada, a não ser em seus ópios.
E como o momento perfeito, surgi. Não como ser, como ideia. Ainda não como vilão, como herói. Não como pergunta, mas como resposta e por fim, como vício. Pois isso que ideias são.
O tabuleiro estava cada vez mais vivo, mas admito minha sincera decepção com Alisha, imaginei que a princesa de uma país destruído pela guerra entendesse melhor o conceito de sacrifício.
Talvez eu tenha superestimado os meus cavaleiros.
Andava pelas ruas de Londres, como um jogador levando a peça ao seu destino.
A peça não pesava em minha mão.
Desde antes do jogo começar as coisas já haviam perdido o peso.
As ruas nunca estiveram ao mesmo tempo tão cheias e tão vazias, diversos lugares haviam sido evacuados, tanto por precaução quanto por censura. Desde bancos à monumentos históricos haviam sido fechados.
Teatros e museus haviam se tornado esconderijos de artistas para fugir da censura.
Há muitos eu fui nesse meio tempo, e se da dor realmente nasce a arte, hoje posso afirmar que sim.
Aconteceu no teatro de Troxy, ao entrar já era possível ouvir as suaves notas de um violino se arrastando pelas paredes do prédio. Dirigi-me à ala superior, pois apesar de nunca ter censurado nada, usavam a minha imagem para realizar a censura.
No centro do palco, iluminada por um holofote, uma mulher usando um terno marrom surrado, com seu pescoço pendurado por uma corda e seu rosto coberto por um saco, tocava o violino.
Uma música que não conhecia, de uma artista da qual nunca vi o rosto, sua presença se instaurava por todo o lugar, e poucos eram os corajosos para ouvir aquelas notas sem desviar o rosto. Sem se preocupar se ela morreria no decorrer da apresentação.
Ela estava dando sua vida a arte, e era algo bonito demais para se desviar a atenção.
Ao parar de tocar seus braços penderam ao chão, mas sem largar seu instrumento. Foi possível ouvir a preocupação da plateia, ela retirou a corda do pescoço, e ainda com a cabeça coberta fez uma referência. As palmas vibrantes da meia-dúzia de pessoas na plateia não faziam jus a apresentação.
Puxo um lenço vermelho do bolso do meu terno e escrevo nele em tinta preta. Então o jogo em direção ao palco.
"Em meio à guerra, a arte vive.
-P."
Volto a claridade da cidade grande, o sol rompia em meio ao céu e iluminava meu caminho, como um grande holofote, à espera da arte.
Era possível ver grande parte de Londres quando no topo do ArcelorMittal, mas o que mais me impressionava era o gigantismo do parque Olímpico em Londres, uma das maiores mentiras da sociedade.
A jogada de mestre da Ouroboros, as Olimpíadas tinham um, e apenas um objetivo, por a prova os experimentos gênicos em humanos realizados por essa organização.
Os jogos são animadores, excitantes, dão espirito e consciência de nação para um povo. E quando um herói surge, alguém que corre mais rápido, que salta mais alto, que tem mais habilidade, seja ela qual for, não se criam suspeitas.
Se criam vínculos.
E esse é o melhor jeito de esconder algo.
Tudo acontecendo de baixo dos narizes das pessoas e bastava assoprarem a poeira, e darem uns tapinhas em qualquer parede do maior prédio do parque olímpico e veriam a verdadeira cobra por trás de todos os jogos.
Incentivando rixas por causa de um lugar fútil acima dos outros, uma competição sem sentido, que mascarava o que cria o mundo, mentiras.
Mas se for para alcançar o pódio, então que seja. Se for para olharem para sua glória, e se segarem pelo brilho no seu peito, eu não iria atrás do pódio, mas fui.
Levando a peça até o mesmo e sentindo o fogo consumindo o Arcelor.
Rainha para H4.
Hoje vai ser um dia cheio.
E o sol atravessando a Abádia de Westminster deixava isso bem claro, ainda era de manhã.
A igreja era grande e imponente, a construção poderosa emanava os espírito de todas as almas pedintes que já passaram por ela, e é como se tivesse a idade de todas elas somadas.
O lugar estaria vazio, se não fosse por mais duas almas pedintes dentro dela.
— Do que valem as orações de um gato, Cheshire? — O fundador se encontrava na primeira fileira de cadeiras, ajoelhado, com suas duas mãos apertando uma a outra perto do rosto, se curvando para as imagens no fundo da igreja.
— O mesmo que as de um pássaro, Príncipe. — Pude sentir de longe aquele sorriso icônico se formando em seu rosto.
— Por isso que parei de rezar há tempos. — Aproximava-me em passos lentos pelo caminho central da porta da igreja até o altar. — Contudo, respeito sua opção, e sinto em incomodá-lo, por favor, complete-a.
Ele continuou sua reza, dessa vez em voz alta, e a cada palavra eu estava um passo mais próximo.
— Em nome do pai, do filho e do espírito santo. — Ao terminar a frase, encostei o cano de minha arma nas costas de sua cabeça.
—Amém. — Conclui puxando o gatilho. — Essa foi sua sétima vida, Gato.
Arregacei minhas mangas e guardei minha arma, na qual só restavam duas balas. Porém, só havia mais uma letra, assim como só havia uma única alma dentro da Abádia.
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Ouroboros - A Nova Ordem
Science FictionHumanidade. O que isso significa? Guerra resume a história da humanidade. Destruição resume o seu avanço. E humanidade resume o fim de tudo. Começada em 2047, a Terceira Guerra Mundial não começou com religião, como muitos acreditavam que s...