Capítulo 98

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OIEEEEEEEEEE
Bbs, tá aí em cima a foto de como o tabuleiro de xadrez está desde o último cap. Espero que traga uma luz para aqueles que estão perdidos!

Bjksssssssss
~~ Fire ;3
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Assim que as portas do elevador abriram eu troquei um olhar preocupado com Noah.

Há alguns meses, eu não saberia dizer a magnitude dos atos do Príncipe. Mas agora, era possível ver nos olhos claros de Noah o medo refletido dos meus próprios. Eu continuaria arriscando minha vida, pois agora não lutava só por mim.

Tinha Noah.

Alisha e Zack.

E até Hazel e Ivan.

Eles eram minha família, e ninguém, nem mesmo o grande Príncipe iria afronta-los.

Virei pra frente com o coração quase saindo pela boca, e por um segundo, pareceu que ele ia realmente sair.

Alisha, sua secretária e Charles estavam dentro do elevador do outro lado, e olhavam-me surpresos. Abri a boca e apressei o ritmo para alcançá-los, mas isso pareceu não adiantar de nada.

A porta fechou lentamente, como se cada segundo que a maldita se arrastava fosse uma risada de provocação. Quando alcancei a porta, ela já tinha fechado.

— Merda! — dei um tapa nela, e tentei inutilmente apertar o botão do elevador. — ALISHA!

Soquei a porta mais algumas vezes, torcendo para que surtisse algum efeito mágico e os trouxesse de volta. Infelizmente esse é o mundo real, e aqui elevadores não voltam, mesmo que você seja a rainha do drama.

Deixei o ar sair num suspiro cansado, e dei um passo para frente, encostando a testa no metal frio do elevador. Eu havia tido um pico de adrenalina. Meu coração batia forte, minhas mãos suavam e o pior de tudo, eu tremia completamente.

Por mais que as tensões fossem meramente criadas pelas coisas que descobrimos, meu corpo estava reagindo como se estivesse em plena perseguição. Eu precisava de pelo menos um segundo de calmaria, se não entraria em colapso total.

Fechei os olhos e joguei o cabelo todo para o lado junto com um suspiro alto. Talvez ele tenha saído com um som que lembrasse levemente "caralho".

— Bora, Melicent. — resmunguei com todos os músculos do corpo tentando ceder. — O mundo não para de girar.

Não me conformei com a Alisha escorregando pelos meus dedos, mas mesmo assim só coloquei as mãos na cintura e encarei os números números do elevador que chamei subindo.

Dentro dele só tinha umas três pessoas, que assim que me viram, tiveram reações diferentes. O cara abriu um pequeno sorriso e deu um passinho para o lado, como se abrisse caminho para mim. A mulher engoliu em seco e voltou a olhar o celular, abraçando o próprio corpo com o braço. Já a velinha, murmurou algo e fez o sinal da cruz na testa.

Por algum motivo isso fez um riso sair sem que eu pudesse segurar. Era engraçado ver como as pessoas me olhavam de jeitos diferentes. O que eles achavam que eu ia fazer ?

Bom, provavelmente nada que eu não faria em outras circunstâncias.

Esperei pacientemente o elevador chegar no térreo, e assim que as portas abriram eu tive que lutar com uma multidão para sair. A quantidade de pessoas entrando era maior do que o elevador podia suportar.

Ouroboros - A Nova OrdemOnde histórias criam vida. Descubra agora