Ouroboros - A Nova Ordem

Capítulo 85

Aaaaaaaaaaaaa
E aí meus bbs, ansiosos?
EU TÔ
Segue caaaaaap
DESCULPA PELO ATRASO
TÔ TENTANDO POSTAR TEM DOIS DIAS, MAS O WATT FALA QUE ESTAMOS OFFLINE
Bjks
~~ Fire 🖤
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Agora eu entendia porque Ludwig tomava tantos remédios. A carga de estresse que o Conselho nos proporcionava era doentia.

— Isso é tudo, Alisha. — Steffany disse com um aceno de cabeça. Nosso caminho da cafeteria no térreo até meu apartamento foi feita listando os tópicos da reunião de hoje.

— Obrigada, alguma chance de passar no hospital discretamente? — questionei já sabendo muito bem a resposta.

— A senhorita tem exatos 27 minutos para seu próximo compromisso.  — Ela afirmou olhando seu relógio de pulso e franzindo a testa. — Mas acho melhor esperar um pouco mais.

— Eles fizeram entrada no hospital têm quatro horas já. — pensei alto, tremendo de leve ao encaixar a chave na fechadura. —  Mas entendo que se eu for, o Conselho pode entender isso como um apoio a eles. 

— Certamente, Alisha. — Steffany parecia com pena de mim, era possível ver isso no seu olhar. Por algum motivo, isso me deixou completamente desconfortável.

— Ok, eu vou comer algo e logo vou para a reunião. Fique tranquila, não é hoje que vou arrumar briga com os políticos. — comentei com uma risada, abrindo finalmente a porta do apartamento.

Encarei o lugar impecável, e suspirei alto. Eu sentia falta do cheiro de Luddie, que antes impregnava o ar. Seu toque ia esmorecendo também, inevitavelmente.

— Zack? — perguntei aumentando o tom de voz.  — Tá aí?

Algo parecia errado, e a sensação que eu tinha era a mesma de quando Morte cruzou aquela porta atrás de Lud. Fechei a mão e marchei pelo corredor, trancando a porta antes de continuar.

— Noah? — Pelo o que soube, eles foram os únicos que não estavam internados. O noticiário não disse nada, e como poderia, já que a cidade estava imersa em censura?

— Meninos, isso não tem graça. — tentei pela última vez, olhando bem para a sala e vasculhando a cozinha.

Nada.

Estreitei os olhos e passei a mão pelos cabelos, me sentindo paranóica. Zack tem a chave aqui de casa, mas duvido que entraria sem avisar.

Fui direto para o banheiro e liguei o chuveiro no máximo. Rapidamente o espelho e os azulejos foram tomados pelo vapor, e encarei meu reflexo. Olhos cansados, cabelos bagunçados e umas palavras entaladas na garganta.

Ergui meu dedo e fiz dois pontinhos no espelho, com um sorriso em baixo. Bom, tudo estava bem. Não tinha ninguém aqui, e agora tinha que correr para me arrumar.

Joguei as roupas de qualquer jeito no chão e entrei logo no box. O vapor acertou o meu rosto e a diferença de temperatura me fez fechar os olhos.

Abri a boca lentamente e suspirei pela segunda vez, fechando os olhos. Ouvi a água batendo o chão, respingando no meu corpo, e nesse momento me senti em paz.

Pena que durou pouco.

Um rangido lento e demorado fez minha respiração falhar, e os pelos da minha nuca se eriçaram. Com uma batida seca, a porta do apartamento fechou-se.