Capítulo 102

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Oulááááá!!!!!
Aproveitem o cap, e segurem o forninhooooo pq ele vai cair!!!!
AMO VCS
Bjkssssss
~~ Fire ;3
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Tá, talvez ter saído do Edifício Central tivesse sido a coisa mais idiota que já fiz na minha vida.

O meu caminho era limitado pelos mascarados, que há cada minuto pareciam aumentar a quantidade. Agora, sozinho no meio da multidão, aproveitei o silêncio para deixar meus pensamentos voarem livres.

Por mais que no fundo do meu ser eu imaginasse a adrenalina de missões, guerras e toda essa ação de novo, nunca desejei que Londres fosse o palco. Acho que eu estava tão desesperado para uma mudança na minha vida monótona, que me vi desejando qualquer tipo de coisa.

Óbvio que não imaginava que no final de tudo, eu estaria jogando xadrez.

Posso saber o nome das peças, e no máximo como algumas se mexem, mas não faço a mínima ideia de como o jogo funciona.

Foi aí que minha atenção foi totalmente sugada para a enorme construção que se erguia à minha frente. Os mascarados foram se afastando aos poucos, como se quisessem deixar claro que aquele era meu destino final.

Mesmo morando todos esses anos perto de Londres, e vindo trabalhar aqui todos os dias, eu nunca entrei na Catedral St. Paul. Os degraus cinzentos combinavam bem com o céu hoje, que embora estivesse sol, grandes nuvens começavam a fazer seu caminho para cobri-lo.

A arquitetura da catedral era de estilo barroco e neoclássico, com pilastras e estátuas por toda a fachada. A parte central lembrava-me um templo grego, mas duas torres ao seu lado a traziam mais para a atualidade.

Em uma das torres havia um relógio, onde eu podia ver que eram exatamente 11:50. Automaticamente meu estômago roncou. Será que o jogo de xadrez tinha alguma espécie de pausa?

Não?

Droga.

Passei as mãos no cabelo meio aflito, e tive vontade de bater minha cabeça em alguma das estátuas. Não acredito que perdemos outra jogada. A única coisa que não me fez sentir pior, é que Alisha que coordenou para onde eu iria. Mesmo assim, me sinto um merda por não ter esperado um consenso de todos.

— Um aro em volta das rosas, bolsos cheios de flores... — Uma voz fina e melodiosa chamou minha atenção, me fazendo quase dar um grito. — Cinzas, cinzas, todos vamos cair.

Se não fosse assustador, eu me permitiria achar fofo.

Uma garotinha de maria chiquinhas que cantava a canção infantil, pulando amarelinha o outro lado da rua. Num primeiro olhar não teria nada demais em seu vestido rosa, nem em suas sapatilhas de boneca. Seus pais estavam apoiados na moldura da porta, observando a criancinha sem se importar com os mascarados.

O problema era que eles também usavam máscaras.

Congelei no mesmo lugar, com a boca aberta e as sobrancelhas franzidas. A voz da menina voltou para o início da cantiga, saindo mais abafada pela máscara enquanto ela pulava pela amarelinha.

Caralho isso é muito bizarro.

Não sei quanto tempo fiquei encarando a família, só sei que definitivamente gritei quando os três, sincronizadamente olharam pra mim.

— Merda! — exclamei já dando passos para trás e sentindo meu estômago mudar de "morrendo de fome" para "vou te devolver o café da manhã" em dois segundos.

As máscaras deles eram perfeitas, e não as de segunda mão ou feitas de qualquer jeito como as dos mascarados. A garotinha levantou uma mão e acenou pra mim. Ela também usava pequenas luvas de couro, como o Príncipe.

Ouroboros - A Nova OrdemOnde histórias criam vida. Descubra agora