Capítulo 45

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Então galera, desculpe o atraso, final de semana foi tenso!

Bom, aproveitem o capítulo!!!

-Ice

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Rapidamente me veio à cabeça a história do purê. Havia sido convocado novamente para a área vermelha para treinamento obrigatório, que saco, agora que a poeira do Príncipe tinha abaixado um pouco tudo estava se encaminhando para voltar ao normal. A não ser é claro, pelas cicatrizes que ele havia deixado no mundo.

As discussões haviam ido de mal a pior, e as mãos do Príncipe já controlavam quase todos os insatisfeitos. Não lembro quando ou como, mas uma revolta havia iniciado e para variar eu estava bem no meio do tumulto.

Infelizmente as comidas que voavam pelo refeitório foram substituídas por cadeiras, mesas e até mesmo pessoas. O fogo se espalhava pelo local e logo o alerta vermelho começou a tocar, já até havia me esquecido da existência daquela sirene irritante.

Dessa vez o caos parecia mais...organizado? Bem, pelo menos eles tinham um objetivo, que eu podia até parar para pensar nisso, mas eu não acreditava na mudança através do caos e da violência. Mas também não achava que a violência podia ser resolvida sem violência, por isso que eu tinha um fuzil.

Já estava cansado de arrumar a bagunça dos outros, então me isolei em um canto e fiquei observando o lugar. A multidão parecia ter um único objetivo, quebrar tudo que estivesse na sua frente, me lembrei da primeira vez que havia encontrado com Makayla, foi bem parecido, só que daquela vez eu era o alvo da multidão enfurecida. Voltei de meus pensamentos quando o alvo da revolta se tornou a estátua do bigodudo, ai a coisa ficou séria.

O General Lúkin podia ter seus podres, mas nunca foi uma má pessoa, pelo menos era nisso que eu acreditava e por isso defenderia sua honra. A manifestação rapidamente se aproximou da estátua, o alarme soava alto e as luzes vermelhas irritavam meus olhos. Bati com a coronha da arma na pessoa maluca mais próxima e ela caiu no chão.

Olhei para o garoto, devia ter chegado lá a pouco tempo e já estava metido em tanta coisa, provavelmente estava confuso, eu também estava. Abri caminho pela multidão da pior forma possível, eles eram muitos e eu era só um. Por incrível que pareça a única coisa que me vinha em mente era "O que o Ludwig faria?".

Subi no pedestal da estátua e atirei para o alto, por uma fração de segundos a multidão se calou, ela era formada de rostos de todos os tipos, mas era possível notar uma coisa em todos eles, cansaço.

Cada um possuía um mundo inteiro sobre as costas, famílias, ambições, sonhos e muitas dessas coisas morriam todos os dias enquanto estavam no trabalho, não saberia como fazê-los parar, não sabia nem se eu queria que eles parassem. Lutavam por uma causa justa, por algo que acreditavam.

Os olhos me encarando começaram a me incomodar, um calafrio subiu pela minha espinha e eu tive vontade de ir embora e dar as costas para isso tudo, e foi o que fiz. As expressões se tornaram confusas quando sai andando para longe da estátua. Passei pela multidão com todos parados me encarando até ir embora, pelo menos senti que foi assim.

Logo ouvi novamente os gritos se instalarem pelo lugar e depois o barulho peculiarmente específico de uma estátua de concreto caindo no chão.

Já era noite quando sai do QG, o céu estava preenchido por estrelas e me lembrava da noite em que encontrei Príncipe pela primeira vez, aquela atmosfera calma, como se ele soubesse tudo que ia acontecer me dava nos nervos.

Dessa vez não perdi muito tempo na rua, tinha muito que pensar, mas tinha medo das conclusões que podia chegar, então simplesmente deixa isso de lado e me dirigi ao meu prédio. Fazia certo tempo que não ia lá, até havia esquecido da situação que se encontrava a minha porta.

Ouroboros - A Nova OrdemOnde histórias criam vida. Descubra agora