Ouroboros - A Nova Ordem

Capítulo 86

OIEEEEEE
E aí meus bbs

Aqui na região onde moramos CAIU O MUNDO. Estamos com a luz indo e voltando, e vivendo no 4g. O cap está SEM CORREÇÃO e prometo fazer o mais rápido possível.
Segue cap, bjkssssss
~~ Fire 🖤
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Tudo, absolutamente tudo, doía.

Eu tinha plena consciência de todos os processos que eu tive que passar, e mesmo estando fodida, posso dizer que valeu a pena.

Príncipe tinha deixado meu quarto já tinha quase vinte minutos, mas eu continuava segurando o jornal, incapaz de pensar em nada além da carta. As articulações da minha mão doíam, e meus braços tremiam, pedindo desesperadamente por um apoio.

Desviei o olhar para Noah e abri um pequeno sorriso. Ele estava com as roupas amassadas, cabelo bagunçado, e a boca levemente aberta. Queria que ele deitasse ao meu lado na maca.

Abaixei o jornal e encarei minha mão. Uma espécie de luva de metal a envolvia, só deixando à mostra a palma da mão e a parte de baixo dos dedos. Pequenos fios de aço juntavam as partes articuladas dela, e eu me sentia uma experiência.

— Você vai se acostumar. — A voz de Noah me fez olhar automaticamente para ele, que estava adorável.

— Pessoas se acostumam à qualquer tipo de merda, isso não as torna normais, só suportáveis. — falei abaixando a mão, torcendo para que ele não percebesse que eu só queria esconder aquela aberração.

— Você matou a Morte. — Ele me lembrou, se sentando melhor na cadeira. A carta do Príncipe escorregou pelo seu corpo, e caiu no chão.

— Você disse "matou a Morte" e não "salvou o mundo". Aconteceu algo que eu deveria saber? — perguntei afastando ao máximo qualquer simpatia na voz.

— Por favor, se dê um tempo. — Noah pediu abrindo um sorriso e se levantando da poltrona. Ele pisou bem em cima da carta, mas não notou. — Você está péssima.

— Obrigada, você também está horrível. — comentei arrancando uma risada dele. — Não te pegava nem por pena.

— Nossa, é assim que agradece quem te salvou? — Ele perguntou andando até mim. A carta grudou em sua sola, mas eu não disse nada. Meu coração parece que errou uma passada.

Que estado lamentável eu estava.

— Pelo que me lembre, não foi bem assim. — Abri um sorriso e ergui uma sobrancelha. Na minha boca eu sentia o gosto de sangue, tão fresco como se eu tivesse levado um soco agora.

Noah sentou-se na beira da minha maca, e simplesmente ficou me olhando. O jeito que ele fazia isso me deixava desconfortável. Não falávamos nada, e esse silêncio me fez o encarar de volta.

— Nunca me disse o que você achou do anel que eu ia te dar. — Ele disse puxando meu braço com a aberração na mão. — Te dei, no caso.

— Horrível. — falei lentamente, dando pausas entre as sílabas.

Por um segundo achei que ele só ia fechar os olhos e suspirar, como sempre fazia. Mas não foi isso que ele fez. Seus olhos franziram só um pouco, e uma risada saiu da sua boca, me esquentando.

— Combina com sua personalidade. — Noah rebateu talvez com o orgulho ferido por eu ter zoado o anel.

— Combina com nosso relacionamento. — afirmei encarando a TV do outro lado do quarto e me perguntando se eu devia falar da carta ou só aumentar o mistério.