Capítulo 70

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Fala galera!

Espero que aproveitem o capítulo, estou gostando bastante de ver o feedback de vocês, principalmente os comentários.

Esse capítulo foi bem especial pra mim, pois é o início do que eu acho que vai ser a maior reflexão que essa história vai proporcionar, então realmente espero que gostem!

- Ice

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— Queridos, é com alegria que afirmo que o dia de hoje entrará para a história. — E Jessica Albert, apesar de não fazer ideia do quanto, escolheu as melhores palavras.— Há quem diga que não existe nada de especial , mas eu lhes asseguro que tem sim.

— Quem acompanhou a coletiva de ontem, viu a festa que o Conselho está se tornando. Assim como a máscara de Alisha Zawabeeh, que está caindo. —A apresentadora continuou, deixando transparecer certa raiva ao falar de Alisha, e eu podia reconhecer aquele sentimento de longe, era inveja. Ela logo se recompôs e prosseguiu com o programa.— Mas, não estamos aqui pra falar disso.

— Com prazer eu apresento o homem que todos têm falado. — Ela gesticulava de forma espalhafatosa como se abandonasse o último assunto. — O Príncipe

— Boa noite a todos.  — Falei da forma mas cordial possível.  — E muito obrigado pelo convite senhorita Albert. — Digo já sentado na poltrona de convidados entrelaçando meus dedos.

— Imagina, para mim que é um enorme prazer. — Ela disse abrindo um sorriso e cruzando as pernas. — Não faz ideia de quanto.

— Por que aceitou meu convite só agora ? — Ela perguntou escondendo um riso nervoso.

— Porque antes não tinha motivos para vir. — Devo admitir que me divertia muito com a situação.

— Direto, não é mesmo? — Jéssica perguntou olhando para a câmera e dando uma piscada. — Já soube de Alisha Zawabeeh entrando no Conselho? O que acha que são seus verdadeiros objetivos ?

— Sinceramente. — Resmunguei com certo tom de decepção. — Não a vejo com intenções ruins, mas esse assunto de pouco me interessa.

— Então que assunto lhe interessa?

— Direta, não é mesmo? — Repito com um leve sorriso no rosto. — Posso mata ou dar vida, posso ser veneno ou fruto, o que sou?

A apresentadora me encarava, talvez não por se interessar no que eu dizia.

—Palavras. — Respondi por fim. — E com todo veneno que vejo sair por esse programa esperava que soubesse muito a resposta.

— Concordo plenamente, a verdade dói. — Ela disse rindo.

— Sabe. — Encarei adotando uma postura mais séria. — Acho que você entendeu justamente o contrário do que eu quis dizer. O povo não vem falando muito bem de certas atitudes, como poderia dizer, falaciosas que tem ocorrido neste programa.

— Assim como têm falado de suas escolhas. Sabe, sua ética é um pouco duvidosa. — Como esperado ela começou a adotar uma postura defensiva — Não tenho medo de você, e se seu objetivo é falar mal do meu programa, melhor não ter vindo.

— Sinto que você está um tanto quanto equivocada, não acho minhas atitudes nem um pouco duvidosas e, pelo visto, o seu pessoal concorda comigo. — Abri os braços para que ela finalmente compreendesse a situação.

Ao olhar ao redor e ver todos os funcionários do programa colocarem máscaras iguais a minha ela, enfim, entendeu o que estava acontecendo, e a reação em seu rosto foi de dar pena.

— Isso só pode ser sacanagem. — Ela segura forte o apoio da cadeira e olhava incrédula para a câmera. — Você não pode fazer isso!

Levanto-me da poltrona e me dirijo até a câmera segurando-a com ambas as mãos.

— E esse foi o Momento Momentâneo de hoje. — Jogo a mesma no chão de forma que ela ainda pudesse gravar eu me afastando da câmera me posicionando no centro do estúdio puxando uma arma e atirando na direção de Jéssica.






— Alguém chama um médico por favor. — Pedi enquanto me aproximava da ex-apresentadora do momento momentâneo.

Agachei-me perto dela e a olhei nos olhos.

— Vai pro inferno. — Ela tentou acertar meu rosto com um tapa, mas segurei sua mão antes que me atingisse.

— Obrigado. — Falei sem desviar os olhos. — Você foi de grande ajuda.





E esse era o início do fim. O ópio que já havia se entranhado pelo mundo estava prestes a desaparecer de uma vez por todas.

A pedido do povo começou com o fim dos programas midiáticos e diabólicos que implantavam mentiras dentro da sociedade. Então, a desativação de antenas e satélites, acabando com os meios de comunicação, e com isso veio a censura aos jornais e a queima e destruição , feitas pela própria população, de arranha-céus que representassem qualquer tipo de corrupção, como o epicentro da cidade, o Edifício Central.

Assim se terminava a revolução e era estabelecido o regime do povo.

O Príncipe em si, realmente, nunca existiu, ele sempre foi um personagem, com uma única missão, se tornar um norte para o povo que já andava perdido há tempo de mais, começar uma revolução e mostrar a força que eles tinham.

Agora, com essa missão cumprida, era hora dele desaparecer.

Ouroboros - A Nova OrdemOnde histórias criam vida. Descubra agora