Capítulo 89

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Fala galerinha!!!

Voltamos com tudo esse mês!!!

Ah, e obrigado mesmo pela explosão de comentários, votos e visualizações que aconteceu esse último mês, ficamos muito felizes com o apoio de vocês! XD

Espero que gostem do capítulo!!!

- Ice

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Se quer destruir alguém então lhe dê poder...

O poder absoluto corrompe absolutamente?

Aos meros mortais com toda certeza, entretanto isso não deixo de ser também.

Apesar de meus olhos se voltarem para o peão branco em meus dedos, não era para ele que olhava. Olhava para o passado, e encarava tudo antes dessa última primeira jogada, mas via apenas meus erros.

Os desnecessários caprichos que fiz questão de cometer. Pensamentos que lotavam a cabeça que já não cabia mais na coroa. Decisões tomadas pelo emocional fraco de alguém que não podia mais se considerar um Príncipe.

Contudo, ainda deveria parecer um, dessa vez não por um capricho, mas por ser estritamente necessário.


O bater das horas ecoava pela cidade e ela ganhava vida. Das casas saiam multidões mascaradas enchendo as ruas que antes estavam vazias.

Cada pessoa tinha sozinha seu papel, e esse papel se unia aos das outras e assim por diante.

Eu não tinha uma mutação.

Eu não tinha um chip.

Eu tinha apenas a mim mesmo e com isso eu conseguia controlar um país inteiro.

Eles não eram peões, longe disso, eles eram o próprio tabuleiro, eram as regras, eram o jogo em si.





Mesmo a uma certa distância já era possível sentir a Tower Brigde tremer, vendo agora tudo isso não passava de um capricho.

Eu podia pegar um ou dois cavaleiros e mata-los em rede nacional, o efeito seria parecido, mas qual seria a graça?

O poder já havia me corrompido, só me restava aproveitar até o trágico fim, até que o rei caísse e as cortinas se fechassem.

Mas sabe...

De certa forma não era um capricho.

A torre central da ponte finalmente vinha de encontro com as águas do Rio Tâmisa e, por conseguinte, o resto do monumento.

Os jornalistas, que foram previamente libertados da censura para a cobertura dos eventos que se seguiriam, logo chegariam ao local e esse era o tempo que havia para dar início ao jogo.



Segurava forte a peça em minha mão enquanto caminhava até o cenário pós-apocalítico que havia se criado em fração de segundos.

Uma fumaça espeça inundava o ar e destroços preenchiam as ruas, a ponte havia sido evacuada e interditada um dia antes, mas mesmo assim era possível que alguém houvesse sido atingido pelos destroços.

E não sabia torcer para que sim ou para que não. Por também não ser algo que pudesse controlar.

Diz-se que a sorte é árbitra de metade das nossas ações, mas que podemos governar a outra metade...ou quase.

A fumaça se dispersava lentamente quando havia chegado à margem do rio.

E a sorte estava ao meu lado, um espaço intocado havia sido deixado pelos destroços, um pedaço de asfalto liso e indiferente de toda a destruição que acontecia ao seu redor.

Em outras palavras, o palco perfeito para o pequeno peão de cristal que daria início ao fim.

Ouroboros - A Nova OrdemOnde histórias criam vida. Descubra agora