O meu meio irmão

Descoberta

Notas da Autora

Então o dia tão esperado chegou.
Vocês deram palpites sobre como seria a reação dele, mas aposto que ninguém imaginou como ele descobriria. Dou um doce pra quem tiver imaginado desse jeito u.u huehuehueh
Enfim, sem mais enrolação. Boa leitura. ^^

Algum tempo depois ...

O amor te torna fraco e vulnerável. A maior prova disso, é que eu mal sabia o que fazer com os meus dias quando David tinha que partir pra mais uma de suas viagens longas. Mesmo assim eu tentei. Afinal eu não nasci com ele, e apesar de ser ótimo tê-lo comigo agora, eu não podia depender tanto a minha felicidade desse amor. 

Aproveitei o máximo que pude a companhia dele antes dele ir pra Turquia, e quando ele voltou também. Depois disso ele fez uma ou duas viagens para jogar pelo PSG na França mesmo, e agora tinha partido para o Brasil, onde assim que chegasse iria direto para os estúdios da Record realizar o sonho de um garotinho que sonhava em conhecê-lo.

Mais tarde, no dia seguinte, a repercussão da reportagem chegou até mim. Estava lendo notícias em alguns sites quando um deles destacava a matéria com uma foto de David abraçando um garotinho.

"Depois de sua viagem de Paris até São Paulo, David Luiz foi participar do programa Domingo Show, local em que foi para conhecer o menino Ricardinho, garoto que ganha a vida como pedinte em semáforos e que tinha como sonho encontrar o atleta do PSG. Nos braços do zagueiro da seleção, Ricardinho começou a chorar. O mesmo aconteceu com David Luiz, que tentava acalmar o garoto, filho de carroceiro e que faz malabarismo nos semáforos de São Paulo."  - dizia a matéria.

Vi algumas fotos e um pequeno vídeo que mostrava o momento do encontro. Eu não conhecia a história daquele garoto, mas chorei ao ver o vídeo, que mexeu não só comigo mas com o Brasil todo.

A reportagem não era o único propósito da visita de David ao Brasil. Ele também tinha ido comemorar o aniversário da mãe ao lado dela e passar o Natal com a família e amigos. Mas no dia 26, quando as festas natalinas se encerrariam, combinamos de nos encontrar em Londres na casa de Oscar.

25 de Dezembro de 2014.

A Dani já estava em Londres, e iria passar o Natal com Oscar e Ludmila. Minha mãe optou por ficar no Brasil com Kaíque e o resto da família, o que na verdade era só uma desculpa para não deixar o país. Ela detestava viagens muito longas e distantes, preferia ficar na terra dela. Então resolvi pegar o vôo para me juntar aos meus irmãos do outro lado do oceano. Aliás, eu não podia perder a chance de ter parte da família reunida no Natal.

Foram 5 horas e meias muito ansiosas, mal podia conter a emoção de poder vê-los depois de tanto tempo.

Oscar foi me buscar no aeroporto e eu dei um abraço esmagador nele. Aquele chato não tinha ideia do tanto que fazia falta.

- Tá bom já. - ele disse depois de um longo tempo que eu estava o abraçando.

- Eu nunca achei que ia sentir tanta falta de você...

- Sério? - ele pegou minha mala e começamos a caminhar até o carro. - Eu tava tão bem sem você por perto.

- Nossa! - dei um tapa em seu braço.

- Brincadeira. - ele riu. - Mas é que você dá muito trabalho.

- Talvez se você não tentasse me proteger o tempo todo...

- "Talvez se você não tentasse me proteger o tempo todo." - ele interrompeu me imitando com uma voz irritante.

- Nossa, como você é chato. Já tô arrependida de ter vindo.