- 2a Temporada - A Primeira Noite

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Notas do Autor

Oi oi gente.
Esse capítulo é a continuação do outro, blz? Ou seja, esse ainda é o primeiro dia do bebê em casa.

Gabi P.O.V

Muitas gestantes ainda se referem à gravidez com exclusividade, utilizando-se de expressões que, consciente e inconscientemente, transmitem a mensagem que são questões puramente femininas, como se o homem fosse apenas continente de suas angústias e ansiedades e, paradoxalmente, ressentem-se pela indiferença de seus parceiros. Eu, felizmente, não experimentei isso. Muito pelo contrário, eu não fazia muita coisa além de amamentar o bebê.

Nicolas era um amorzinho. Era um bebê super tranquilo que dorme durante 80% do tempo e só acorda para mamar. Quase não chora e não dá trabalho nenhum. E mesmo se desse, eu continuaria tendo a maior folga do mundo, já que David não o larga um minuto sequer. No começo ele ainda deixava as avós ficarem um pouquinho com ele, talvez por não saber o que fazer ou “medo” de fazer alguma coisa errada, mas agora que ele descobriu que pode segurar o bebê sem que ele se quebre ou caia, não quer mais soltá-lo. As avós até tentam e pedem para segurar também, mas não adianta. David só o entrega pra elas quando realmente não sabe o que fazer ou quando se cansa, ou seja, ele quase não entrega.

Todos nós estávamos mais felizes que tudo, e vivíamos o ápice da alegria. Aquele era definitivamente o melhor momento da minha vida. Nossos familiares e amigos não paravam de ligar e mandar mensagens desejando felicidades,e eu estava sendo muitooo mimada.

Uma pessoa responsável por sempre ter me mimado bastante é o Oscar, e por isso fazia quase 30 minutos que estávamos conversando por telefone. Ele estava saindo de um treino e chegando em casa para podermos conversar por video no skype. Eu conversava com ele enquanto observava boba David andando de um lado para o outro dentro do quarto e levemente balançando Nicolas em seus braços...

Minha orelha já estava quente de tanto ficar no telefone com ele, e finalmente ele chegou em casa, então fomos para o Skype. Chamei David e ele se sentou ao meu lado com Nicolas.

A primeira coisa que vi quando nossas cameras se abriram foi Júlia, que estava em pé no colo dele e brincando com suas mãozinhas no rosto do pai. Ao lado dele estava Ludmila, que o avisou que nossas cameras já estavam ligadas. Oscar sentou Júlia em seu colo para que pudéssemos conversar e logo ela ficou concentrada na tela do notebook. Ela apontava e dizia algumas coisas aleatórias naquela linguagem linda de bebê.

- Oi princesa da tia. - falei e ela sorriu. - O que você tá tentando dizer aí?

Ela voltou a apontar para a tela e falar sílabas aleatórias.

- Ela tá apontando pro David. - respondeu Ludmila. - Acho que está tentando dizer o nome dele.

David sorriu e fez graça pra ela, falando com uma voz infantil que a fazia rir. Em seguida Oscar tentou ensiná-la a dizer “cabeludo”, mas tudo que saía da boca dela era “da-da”.

- Olha lá. - dizia Oscar apontando para Nicolas. - Esse é seu primo.

Ela olhou rapidamente para Nicolas, mas depois voltou a olhar para David.

- Ela não tira os olhos de você, David. - disse Ludmila.

- Também né, olha o tamanho desse cabelo. - disse Oscar. - Ela deve estar é assustada.

- Isso pra mim é inveja. - David retrucou e nós rimos.

- Enfim, vamos falar desse rapaz que você tá segurando. Como ficou o nome dele todo?

O meu meio irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora