Sorriso cafajeste

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Notas do Autor

Mais uma vez obrigado por todos os favoritos e comentários, assim que tiver um tempinho vou responder um por um
Boa leitura <33

Gabi P.O.V

Os dias no Brasil continuaram perfeitamente bem, com toda a família reunida havia sempre muita bagunça e aquele clima fazia bem para todos nós. Paris era mágico, mas por causa da carreira de David, podia ser um pouco estressante também. Parecia que no Brasil encontrávamos a paz. Sabe quando você faz uma viagem longa ou vai acampar e depois de muitos dias volta pra casa? Essa era a sensação que tínhamos sempre que pisávamos no Brasil. Aquele sentimento de estar em casa, entre família, amigos e o nosso povo brasileiro, é simplesmente incrível. Por isso precisávamos sempre dessa folga para nos refugiar em nossa pátria amada. Viver no "topo" é ótimo, mas voltar ás raízes é sempre melhor. O que era São Paulo comparado com Paris? Nada. Mas tinha essa sensação deliciosa de estar em casa que Paris não tinha, por mais acostumada que eu estivesse.

Ficamos um tempo em São Paulo e pasamos uma semana com a família de David em Minas Gerais, que é um lugar lindo em sua simplicidade e com gente maravilhosa, mas se eu disser que estava animada com essa viagem estaria mentindo. O motivo? Obviamente, dona Regina. Mas seria egoísta de minha parte "impedir" que David fosse ficar um tempo com sua família, e se era importante pra ele que eu e Nicolas fossemos também, então iríamos. Aliás, somos uma família, não somos?

Deixei Oscar, Dani e minha mãe com um aperto no peito, pois sabia que as chances de estarmos todos juntos novamente eram bem distantes. Quem sabe no Natal, e mesmo assim teríamos que esperar 6 meses pra isso. Mesmo assim fui embora com a consciência limpa, pois tinha aproveitado o máximo a companhia deles.

Mas chega de férias e vida boa, agora era hora de voltar á rotina. Estávamos no aeroporto á caminho de Paris, onde David ficaria apenas por dois dias e depois viajaria para os Estados Unidos, onde se juntaria com os outros jogadores do PSG que fazia um "tour" jogando amistosos pelo país. David estava muito animado e louco pra estar de volta em campo com seu time, e eu ficava feliz em vê-lo assim. Mas ele teve que segurar um pouquinho a ansiedade, porque nosso voo atrasou. Não chegou a ser nem 30 minutos de atraso, mas foi o suficiente pra ele ficar cercado por fãs. Começou com um torcedor aqui, o pai de uma adolescente que era louca por ele ali, e de repente o número e a frequencia com que os fãs apareciam foi aumentando.

Ele foi super atencioso com todos, como sempre era. Fez videos, tirou fotos, autografou... E eu esperava pacientemente, mas Nicolas, como qualquer garotinho de 2 anos, era cheio de energia e começou a achar entediante ficar ali parado esperando o pai tirar fotos. Ele queria correr pros braços do pai e eu tinha que segurá-lo para ele não interferir nas fotos, já que David não negava colo. Quando Nicolas percebeu que os planos de correr para o pai não estavam dando certo, se contentou em apenas ficar correndo pelo aeroporto pra passar o tempo. Mas nem louca eu deixaria uma coisa pequenininha daquela correr sem rumo naquele aeroporto gigante, como ele queria. Olhei ao redor e vi uns bancos onde eu poderia ficar sentada enquanto ele corria ali perto. Esperei David terminar uma das fotos e o avisei que estaria há alguns metros de distancia. Mostrei o lugar e ele assentiu, então fui pra lá com Nicolas.

A ideia era perfeita. Eu podia ficar sentada esperando David e Nicolas corria "livre", mas com meus olhos sempre nele, pois em um piscar de olhos aqueles cachinhos loiros sumia de vista. Quando eu via que ele estava se distanciando muito ou tentando entrar na pequena multidão ao redor de David, ia atrás dele e o trazia de volta. Senti o celular vibrar e o peguei para checar o que era. Era uma mensagem de uma amiga bastante antiga, e eu fiquei surpresa pois fazia bastante tempo que não nos falávamos. Abri a mensagem mas antes de ler, dei uma olhada para Nicolas e vi que ele estava um pouco distante na companhia de duas adolescentes. Me levantei imediatamente e fui atrás dele.

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