Like I Am Gonna Lose You

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Notas do Autor

Demorei mas cheguei!
Agora vamos derrubar forninhos? Vamooooos!
Boa leitura! ;)

Gabi P.O.V

Havia uma semana que tínhamos voltado para casa e retomado nossa rotina. Nós em Paris, e David em algum lugar do mundo jogando, como sempre foi.

Nicolas estava de volta na escola e Manu havia começado em uma escola de balé para crianças, e isso significava que pela manhã eu tinha mais tempo pra mim, pois o único trabalho que tinha era tomar conta de Benjamin, mas dos 3 ele era o mais tranquilo. Na verdade, nenhum dos 3 dava tanto trabalho sozinho, o problema era quando estavam juntos.

Antes do despertador tocar, acordei com uma ligação de David. Levei um susto com o toque do celular, e apesar de ainda estar com o coração acelerado, fiquei mais tranquila quando vi que era David. Afinal, não existia hora ruim pra falar com ele.

- Oi amor. - falei me sentando na cama e colocando a mão no peito, como se fosse impedir meu coração de sair pela boca.

- Te acordei? - ele perguntou.

- Acordou, mas que bom que você ligou. Vi que você se machucou no jogo de ontem, queria notícias.

- Eu sei que você vai me dar uma bronca, mas a lesão é aquela primeira. Eu não havia me recuperado 100% e fui jogar, aí só piorou.

- Eu te avisei, não avisei Luiz? - falei brava. - E agora, quando você vai voltar a jogar?

- Só Deus sabe. Estou quase descartado do restante da Copa, vai levar muito tempo pra recuperar.

- Viu só? Foi ter pressa pra jogar e agora vai ficar de castigo. Não sei que coisa é essa que você que não consegue ficar fora de campo.

- Tá, mas para de me dar bronca. Liguei pra ouvir sua voz, mas não me dando bronca.

- É só não merecer que eu não dou bronca.

- Já acabou, Jéssica? - ele brincou e eu ri. - Ontem eu passei o dia todo pensando em você, e como se isso não bastasse ainda sonhei contigo. Posso falar com você sem ter que ouvir bronca?

- Tá carente é? - brinquei.

- Mais do que isso. É sério, eu sempre sinto saudades suas quando viajo, mas dessa vez meu peito tá apertado. É estranho... Sei lá, só queria ver seu sorriso.

Eu sorri.

- Ele tá aqui estampado na minha cara, daquele jeito que só sua voz provoca.

- Eu sei que tá cedo aí em Paris, mas a gente pode conversar um pouco? Quis ligar agora porque sabia que daqui a pouco seu celular despertaria e você iria acordar as crianças. E eu queria um pouco do seu tempo só pra mim.

- Te dou todo o tempo do mundo, tá bom assim? - sorri, mesmo sabendo que ele não estava vendo.

- Tá bom, mas eu tô aqui olhando pro lado vazio da minha cama e te desejando aqui. Isso seria melhor ainda.

Como ele conseguia me deixar boba assim até em outro país? Realmente, qualquer sinal dele meu corpo já reagia da forma mais boba possível, e eu ficava toda derretida.

[...]

Eu e David passamos quase uma hora conversando no telefone, e quando faltava assunto falávamos das coisas mais bobas possíveis. Eu podia ter passado esse tempo dormindo um pouquinho mais, mas optei por matar a carência dele. Não era sempre que ele fazia isso, na verdade era bem raro ele exigir minha atenção tanto assim porque ele também tinha suas responsabilidades.

O meu meio irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora