Hold My Hand

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Notas do Autor

Peço desculpa pelos forninhos destruídos no capítulo anterior, e aproveito para avisar que não para por aí (porque eu sou dessas).
Mas escrevi esse aqui mais tranquilo pra dar um tempinho de vocês se recuperarem haha.
Boa leitura ^^

2 de Janeiro de 2015

Passamos o ano novo com o Oscar e a Dani. Isso não estava nos nossos planos, mas sofrer um acidente e descobrir que estou grávida também não. Então tudo bem.

Não podíamos simplesmente deixar Londres e voltar a viver a vida normalmente em Paris depois daquele furacão. Aliás, é de um bebê que estamos falando. Um bebê que vai mudar a vida de todos nós. Então nos sentamos e conversamos com calma qual seria o próximo passo. Bom, o próximo passo é bem óbvio: contar sobre a gravidez para quem ainda não sabia. Mas isso não implicava somente minha mãe, a família de David e nossos amigos em geral. Isso implicava a mídia e os fãs de David, e essa era a parte complicada.

Eu não tinha certeza se queria que minha identidade fosse revelada, ainda estava insegura. Eu apenas precisava de um tempo para me acalmar e colocar as coisas no lugar. Dani e Ludmila me apoiaram e os meninos acabaram concordando que daríamos um tempo antes de revelar quem era a mãe do bebê. Com certeza todos ficariam surpresos ao saber que era a irmã do melhor amigo dele, e isso podia gerar um certo caos pra mim.

Combinamos mais ou menos como seria a nota que David precisava publicar para anunciar a gravidez oficialmente. Ele contaria tudo, sem contar nada. É um truque que empresários de celebridades sabem fazer muito bem...

David ligou para a sua mãe e deu a notícia. Ele não me contou em detalhes o que a mãe dele tinha achado, mas ela não ficou nem um pouco feliz. Posso deduzir isso pelo tempo que ele ficou no telefone. Ele mais escutava do que falava, sinal que ela estava dando um sermão nele. Ele não quis falar com o resto da família, pediu que ela mesma contasse, e informou que faria o anúncio formalmente na internet como era esperado de qualquer pessoa pública.

Eu também liguei pra minha mãe e contei. Posso dizer que ela ficou bem mais tranquila que a mãe de David. Ela só se preocupou em saber quem era o pai, mas quando eu disse que era o David, ela ficou mais tranquila. Disse que pelo menos era alguém que ela podia confiar, e não um "zé ruela" que me largaria na primeira oportunidade que tivesse, deixando a responsabilidade de criar um filho toda pra mim. Lógico, como qualquer outra mãe ela não queria isso pra mim tão cedo e fora de um casamento, mas foi compreensiva, afinal não havia mais o que fazer. Ela pediu que eu voltasse pro Brasil e eu falei que como pai do bebê, o David tinha que estar de acordo e essa é uma outra parte que a gente não discutiu ainda. Por enquanto eu ficaria em Paris mesmo, pois David me queria por perto.  Fora minha mãe, eu liguei somente pra Bia e mandei mensagem para o Marlos. Eles eram os únicos que eu queria que soubessem por mim, o resto podia saber pela mídia.

Fomos para a primeira consulta do bebê ainda em Londres. O médico nos explicou que a gravidez era de risco por causa do acidente, e também explicou o que isso significava exatamente. Ele nos deu uma lista de coisas para fazer, não fazer e como se alimentar. Disse que eu precisaria de muito descanso, não só físico, mas emocional também. Evitar estresse era fundamental. Pela primeira vez pudemos ouvir o coração do bebê batendo, e aquela era a sensação mais incrível do mundo. Meus olhos se encheram de lágrimas e David também ficou emocionado. Pela primeira vez eu tive a certeza que tinha uma vida dentro de mim ...

Depois de acertarmos tudo direitinho e entrar em um acordo do que seria feito em seguida, resolvemos voltar para Paris. Aliás, a vida continuava. As longas horas de voo serviram para eu e David conversarmos sobre o futuro daquela criança. Não podíamos fazer planos para a vida toda dela, mas David pediu que eu permanecesse em Paris durante a gestação. Eu concordei, aliás eu precisava dele ao meu lado também. Tudo que eu pedi dele foi a privacidade da criança em relação á mídia. Não somente durante a gestação, mas depois também. Ele concordou pois também não gostava de expor a vida dele, e disse que tentaria ao máximo dar uma vida normal para a criança, longe dos holofotes.

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