O meu meio irmão

2a temp- Quem diria (Season Finale)

Notas do Autor

Então, bem vindas ao último capítulo!
Eu ameeeei demais escrever ele, e espero que vcs gostem tbm
Boa leitura!

David P.O.V

Ainda estasiado pelo nascimento da nossa Manu, demorei dormir. Fiquei fazendo planos, imaginando como seria ser pai de uma menina. Fiquei ela indo para as primeiras aulas de balé (paixão da mãe dela), imaginei um quarto todo cor de rosa cheio de bonecas, ela com aqueles vestidinhos lindos, de "maria chiquinha"... Nunca imaginei que ficaria tão bobo por ser pai de menina, afinal, o sonho de todo homem é ser pai de meninos. Nós já tínhamos Nicolas, mas agora se trata de um universo completamente diferente, completamente cor de rosa. Fiqueimaginando se ela se pareceria com a Gabi, e se sim, que trabalho isso iria dar pra mim e para Nicolas! De qualquer forma, ela era linda. Tão pequena, tão frágil, tão delicada. Delicadeza essa que fez um zagueiro de quase 2 metros se desmanchar todinho só de vê-la.

A notícia sobre o acidente "com a esposa do zagueiro David Luiz" já corria em alguns sites e canais de TV, sem nenhuma confirmação da minha parte ainda. Então passei a madrugada ligando para nossos amigos e familiares mais próximos e expliquei o que aconteceu. As pessoas pra quem liguei foram minha mãe (que na mesma hora confirmou a notícia no instagram e pediu oração pelas duas), a Dani (irmã de Gabi), Oscar, Bia, dona Rosa e uma mensagem para Thiago e sua esposa. Foram longos minutos de conversa com cada uma dessas pessoas, que lógico, quiseram saber em detalhes como tudo aconteceu e como as duas estavam, por isso a noite foi longa e fui dormir bem mais tarde que o normal. Minha sorte é que o dia seguinte era de folga, mas isso não significa que dormi até tarde. Nem se eu quisesse, conseguiria. A ansiedade de ver minhas duas princesas novamente me fez acordar por volta das 9h (cedo demais para quem foi dormir quase 5 da manhã).

- Bom dia. - falei um pouco sonolento ao entrar na cozinha, onde dona Rosa preparava a mesa para o café.

- Bom dia, caiu da cama? - ela brincou e eu sorri.

- Tenho que ir ao hospital. Não quero que a Gabi acorde e eu não esteja lá. Eu estou em saldo negativo com ela, mas isso não quer dizer que não vou cuidar dela.

- Vocês brigaram?

- Mais ou menos. Eu pisei na bola e ela ficou brava comigo, não sei nem como vou ser recebido.

- Quem liga pra essas coisas numa hora dessas? A filha de vocês acabou de nascer, ela vai estar tão feliz quanto o senhor!

- Será?

- Tenho certeza. Mas melhor você levar flores, caso ela não tenha esquecido.

- Boa ideia, a senhora é um genio! - beijei o topo de sua cabeça e ela ficou sem jeito. - Vou tomar um banho e passar em uma floricultura á caminho do hospital.

- Toma café primeiro. - ela disse.

- Não tô com fome, mas já que a senhora teve um trabalhão arrumando essa mesa, vou comer alguma coisa. - puxei uma cadeira e me sentei.

Ao me sentar, vi Nicolas descendo as escadas com o cabelo todo bagunçado e a cara toda amassada de quem nem tinha acordado ainda. Soltei uma leve risada ao ver o jeito engraçado que ele lembrava uma pessoa bebada.

- Bom dia, campeão! - falei enquanto ele subia em meu colo.

- Cadê a mamãe? - ele perguntou esfregando os olhos.

- Ela está com a neném, lembra? Ela vai ficar lá alguns dias.

- Eu quero a mamãe. - ele murmurou.