O meu meio irmão

Terra adotada

Notas do Autor

Que saudadeeee de vcs *chorando*
Depois de duas noites consecutivas sonhando (literalmente) com esse livro resolvi tomar vergonha na cara e vir escrever
Mil perdões pela demora, mas acreditem, eu faço o melhor que posso pra postar o mais rápido possível T.T
O capítulo é simples, mas é só pra atualizar mesmo
Vem vindo coisa bacana por aí
Boa leitura

David P.O.V

Aquele calorzinho gostoso de clima tropical e muita gritaria no aeroporto lotado de fãs. A semana que passamos na Espanha foi maravilhosa, mas nada se comparava com a sensação de estar de volta em casa. Literalmente, já que estávamos em Minas Gerais.

O clima de Copa do Mundo invadia as cidades brasileiras com antecêdencia, e com isso, os jogadores da seleção viravam estrelas em qualquer esquina que pisassem. A multidão nos apertava e eu tentava dar atenção á todos, mas isso ficava cada vez mais difícil. Por fim decidimos pedir ajuda aos seguranças do aeroporto, que nos escoltaram para que pudéssemos caminhar até o estacionamento, onde um táxi já nos esperava.

Os seguranças fizeram uma espécie de círculo ao nosso redor, para que tívessemos espaço enquanto andávamos. A gritaria era euforica e de tão alta, deixava impossível de discernir o que as vozes diziam. Eu apenas sorria para todos e acenava, tentando ser simpático mesmo sem atender os seus pedidos. Mas a gritaria não era o que me preocupava.

Ao contrário de mim, Gabi e as crianças estavam estranhos. Eu podia notar pelo rosto dela que Gabi não estava gostando daquilo. Ela forçava um sorriso acanhado, mas eu sabia que em todos esses anos ela nunca tinha aprendido á lidar com aquela recepção. Ela conseguia ser simpática e agir naturalmente com pequenos grupos de fãs, mas aquela multidão eufórica não a agradava nem um pouco.

- Tudo bem? - perguntei em seu ouvido e ela apenas assentiu.

Eu sabia que não estava tudo bem pra ela e nem para as crianças. Nicolas estava visivelmente incomodado com aquele barulho, enquanto Manu e Benjamin pareciam assustados. Talvez esse fosse o maior motivo para Gabi não estar bem, pois se atingia nossos filhos, atingia ela também.

- Vamos, filho. - ela disse para Benjamin, que andava devagar por causa das fãs que chamavam seu nome na tentativa de tirar uma foto dele e nos filmar.

Como qualquer criança da sua idade, Benjamin olhava sempre que alguém chamava seu nome, por isso ficava confuso com aquela situação pois de todos nós ele era o menos acostumado com aquilo, e eu podia notar a expressão em seu rosto que dizia que ele iria começar a chorar á qualquer momento. Me abaixei e o peguei no colo para que pudéssemos andar mais rápido.

Conseguimos andar mais depressa depois disso, e saímos do aeroporto. Deixei que Gabi entrasse primeiro com as crianças no táxi, e por último eu, que acenei uma ultima fez para a multidão que tinha ido me recepcionar.

Ao entrar no táxi vi que Nicolas segurava forte na mão da irmã.

- Já pode soltar a mão dela, filho. - falei.

- Ela tá com medo. - ele respondeu antes de se virar para ela. - Calma, já passou.

- O que foi, princesa? - perguntei enquanto tirava uma mecha de cabelo do seu rosto.

Vi que em seus olhos haviam lágrimas, apesar de nenhuma ter sido derramada ainda.

- Eu fiquei com medo. - ela respondeu com a voz embargada. - Minha cabeça tá doendo.

Manu era muito emotiva com tudo. Três fatores contruibúiam pra isso: sua pouca idade, o fato de ser uma menina super delicada e o jeito que eu e Nicolas fazia questão de deixar claro que sempre estaríamos lá para defendê-la. Nicolas fazia isso inconscientemente, mas eu queria mostrar que ia protegê-la de tudo, então quando alguma coisa acontecia e dava a entender que eu não poderia fazer nada, ela se sentia desprotegida e assustada.