Presente de Aniversário

25.6K 911 59
                                    

Notas da Autora

Mais um capitulo pra vcs, confesso que estava ansiosa para colocar o David na historia por isso ficou um pouquinho longo. Espero que gostem, bjs!

Algumas semanas se passaram e chegou o tão esperado dia, meu aniversário.
Acordei com um sorriso enorme no rosto, tinha um dia cheio pela frente. Levantei e fui tomar um banho. Em seguida, vesti um short de tecido e uma blusinha. Nada tão simples mas também não tão arrumada. Amarrei o cabelo e desci para tomar café.
- Bom dia meu amor! - minha mãe abriu os braços e me deu um abraço bem apertado quando me viu. - Feliz aniversário. - beijou meu rosto.
- Feliz aniversário, Bi. - minha irmã disse me abraçando em seguida.
- Obrigada, gente. - me sentei á mesa que por sinal estava deliciosa. Tinha tanta coisa que eu nem sabia por onde começar.
- Já decidiu o que vai fazer hoje? - minha irmã perguntou.
- Vou ao shopping com a Ludmila. Semana passada o Oscar me enviou um cartão sem limites, disse que era pra eu gastar no meu aniversário mas com uma condição, só tenho hoje pra gastar. - falei enquanto escolhia algumas coisas para colocar no prato.
- Nossa, que legal. Vou cobrar isso no meu aniversário também.
- Eu não pedi nada, ele que enviou.  Deve ter se sentido mal porque não pôde estar aqui hoje.
- Falando nisso, ele te ligou?
Oscar sempre me ligava pontualmente á meia-noite no dia do meu aniversário. Aliás, ele fazia isso com todas nós lá em casa.
- Ligou não. Eu ainda esperei pra ver se ele ligava, mas fiquei acordada á toa. - falei um pouco triste.
- Não fica assim. - minha mãe entrou na conversa. - Você sabe o quanto que ele tá preocupado com a Copa. Daqui alguns dias ele vai estar em campo representando nosso país, é uma responsabilidade e tanto.
- Eu sei mãe, mas poxa, ele nunca esquece.
- Ele não esqueceu, disso eu tenho certeza.
- É, vai ver ele só estava muito cansado e acabou dormindo. Mas ele não vai esquecer de te ligar hoje. - minha irmã defendeu o lado dele.
O telefone tocou.
- Será que é ele? - disse empolgada e me levantando da mesa.
- Não! - minha mãe falou depressa e levantando junto comigo.
- Que foi, mãe? - falei assustada.
- Não é o Oscar ... - ela tentou se explicar.
- Como a senhora sabe?
- É que eu tô esperando uma ligação. É uma amiga minha que ficou de me ligar hoje.
- Tá ... Então vai atender, ué. - disse sem entender enquanto o telefone ainda tocava.
Ela saiu pra atender e eu me sentei novamente.
- O que deu nela?
- Sei lá ... Você sabe que a mamãe tem dessas coisas. E além do mais, ela está esperando essa ligação faz tempo.
- Hum ... - falei sem acreditar.
- Vem! - minha irmã se levantou e me puxou em direção ao quarto.
- Pra onde? Eu nem terminei de tomar café. - disse me levantando.
- Você come depois. É seu dia, e as horas passam rápido. Você tem que aproveitar ao maximo.
- E o que a gente faz?
- Troca de roupa. Daqui a pouco a Ludmila vai estar aqui... - ela disse me empurrando para o quarto.
Entrei no quarto e fui me arrumar, ainda confusa com a pressa da Dani e com a mamãe agindo estranho. Mas me arrumei mesmo assim.
Terminei de me maquiar e desci as escadas. A Ludmila já tinha chegado e assim que me viu, abriu um sorrisão e me abraçou.
- Parabéns, Gabi! - disse ainda me abraçando.
Eu estranhei o fato dela estar muito arrumada. Parecia que estávamos indo para Paris. Mas ignorei e preferi acreditar que ela só estava sendo vaidosa como sempre.
- Obrigada. - me abaixei e alisei a barriga dela. - E como tá essa moça? Pronta pra vir ao mundo?
- Rum, nem sinal ainda. Pelo jeito ela tá muito bem acomodada dentro de mim.
- Tá certa. Aqui fora é muito chato, mas a gente quer conhecer logo seu rostinho. - falei com a barriga e a senti chutando.
- Olha só, tá te respondendo.
- Você ainda não viu nada, vamos ser melhores amigas. - falei me levantando. - E cadê a Dani? Já ta pronta?
- Ela disse que só ia trocar de roupa rapidinho.
- Ai meu Deus, que garota enrolada! - reclamei.
Fomos para o quarto dela e a apressamos. Deu certo, ela terminou rapidinho. Tiramos uma selfie de nós 3 e postei no insta. Alguns minutos depois o Oscar comentou "Minhas princesas.".
- Olha, o Oscar comentou. - mostrei o comentário para Ludmila e Dani.
- Mas é babão esse garoto. - a Dani respondeu.
- É, mas me ligar ele não quer.
- Ele não te ligou? - Ludmila perguntou surpresa.
- Acredita que não?! Todo ano ele liga, mas esse ano ele não ligou.
- Nossa ... Ele deve ter algum motivo né.
- Claro que tem. - a Dani disse. - Não liga pra Gabi, ela gosta de fazer drama. As vezes até parece que não sabe o tanto que o garoto é ocupado.
- Mas é meu aniversário poxa. - falei ainda indignada.
- Ai chega, para de birra. Vamos logo se não ela vai ficar falando o dia todo disso. - Dani nos puxou para fora do quarto. 
Enquanto passávamos pela sala, notei que minha mãe ainda estava no telefone.
- Nossa, a mamãe odeia passar muito tempo no telefone. Aconteceu alguma coisa?
- Claro que não garota, como você gosta de perder tempo hein. Vamos logo, deixa a mamãe pra lá. - ela respondeu com pressa e fomos para o carro.
Durante o caminho até o shopping, fomos ouvindo música alta e cantando todas. As que a gente não sabia, inventávamos uma letra, o que rendia várias risadas. A Dani nos levou até o shopping mais longe possível, com a desculpa que lá era melhor. Não quis contestar, apesar de conhecer bem os melhores shoppings, apenas estava feliz por poder sair com elas.
Quando chegamos, sentamos na praça de alimentação para comer alguma coisa. Resolvemos tomar sorvete, já que o tempo estava quente. Ficamos sentadas conversando e dando risada. Ludmila tirou uma foto nossa e postou, em seguida fomos ás compras.
Passamos praticamente a tarde toda no shopping. Compramos roupas não só pra mim mas para a Dani, Ludmila, e até para a Julia. Decidimos que íamos escolher as roupas que mais gostamos e na hora de experimentar iriamos revesar, assim 1 de nós experimentava a roupa e quando saía do vestuário as outras 2 serviam como juradas. Isso levou o maior tempão. Sem contar que quando fomos comprar roupas para a Julia ficavamos babando cada pecinha cor de rosa, mesmo sabendo que ela já tinha um monte de roupa que ganhou de presente e que já seriam o suficiente para os 3 primeiros meses de vida dela, mesmo assim não resistimos e compramos.
- O Oscar vai te matar! - a Dani disse quando viu o valor total das compras. Eu e a Ludmila prefirimos não olhar o valor. A vida é mais facil quando você não sabe.
Na hora de irmos embora nos arrependemos de comprar tanta coisa. Era tanta sacola que todo mundo ficava olhando pra gente. Eu estava sofrendo mais pois as meninas me forçaram a sair da loja com um vestido que compramos e um salto. Quando finalmente chegamos no carro ainda sofremos mais um pouquinho para guardar todas as sacolas. Sobrou pra mim e para Ludmila já que a Dani tinha saído para atender o celular.
- A gente podia comer alguma coisa né? - a Dani disse quando voltou. - A Ludmila tem que comer por 2 e passou a tarde toda sem comer.
- Pode ser em casa? Eu tô exausta.
- Para de ser careta, menina. Já estamos aqui, vamos comer por aqui mesmo. E estamos longe de casa, vamos demorar muito pra chegar lá.
- Você tá com fome mesmo, Lu?
- Ai, pior que estou. - ela disse fazendo bico.
- Viu. Vai deixar sua cunhada e sua sobrinha morrendo de fome? - a Dani fez pressão.
- Ai, tá bom. Pra que isso tudo, vamos comer logo. Pra onde a gente vai?
Entramos no carro e a Dani nos levou até um restaurante que tinha lá perto. Comemos e fomos pra casa.
- Esse é com certeza o aniversário mais cansativo de todos. Saímos de casa antes do almoço e estamos voltando na hora do jantar. Sem contar que usar esse salto foi uma péssima ideia. - eu falei quando chegamos em casa.
- Para de reclamar, a gente reformou seu guarda roupas. Agora você tem roupa pra anos. - Dani tentou me convencer.
Assim que saímos do carro o meu celular tocou. Meu coração pulou de alegria quando vi que era o Oscar.
- Alô. - tentei agir normalmente, queria dar um gelo nele.
- Oi, Bi! Feliz aniversário!
- Ah, lembrou de mim foi? - nessa hora as meninas já tinham entrado em casa. Por estranho que pareça elas fecharam a porta, me deixando do lado de fora.
- Eu nunca vou me esquercer de você, maninha.
- Sei ...
- Você tá em casa? Eu não tô te ouvindo direito.
- Tô na garagem.
- Entra em casa, acho que o sinal aí fora tá ruim.
- Estranho, eu tô te ouvindo perfeitamente. Peraí ... - fui até a porta, que estava trancada. Tirei o celular do ouvido e bati na porta.
- Oi, alguém abre aqui por favor. Porque vocês trancaram a porta?
Quando coloquei a mão na maçaneta, alguém abriu a porta por dentro.
- Surpresa!
A casa estava lotada com meus amigos e familiares. Meu coração foi a mil quando eu percebi que a pessoa que tinha aberto a porta era o Oscar, que ainda estava com o celular no ouvido e abriu os braços e um sorrisão quando me viu.
Não pensei duas vezes, larguei as sacolas no chão, corri até ele e o abracei. Ele me abraçou tirando meus pés do chão e me rodopiando enquanto todos faziam barulho e cantavam parabéns.
Eu o soltei e dei uma rápida olhada em todos que estavam lá. Em seguida o abracei novamente, escondendo meu choro de alegria. A música acabou.
- Seu idiota, achei que você não vinha mesmo! - todos riram quando falei dando um tapa nele.
- Você achou mesmo que eu não ia te ligar e ia perder seu aniversario?
- Achei né, você tava tão ocupado.
- Ei, comprimenta os convidados. Deu um trabalho danado te manter longe pra gente fazer a surpresa. - minha mãe disse.
- Nossa, obrigada. É tanta gente que nem sei por onde começar. Ah e obrigada Ludmila e Dani por me fazerem andar tanto. - ironizei.
Em seguida fiz questão de cumprimentar o maximo de pessoas possivel. A festa seguiu e eu fui para a mesa de bolo. Cantamos parabéns novamente e eu assoprei as velas em meio á muitos flashes. Tentei sorrir o maximo possivel para sair bem nas fotos.
- Foto em familia agora, junta todo mundo.
O Oscar se aproximou com a Dani, minha mãe e a Ludmila. Tiramos algumas fotos e a festa continuou. Era dificil dar atenção á todos mas fiz o maximo que pude.
- Gabi, vem cá! - o Oscar me chamou e eu fui até ele.
- Ai é tanta gente que eu tô ficando tonta já. - falei quando cheguei perto dele.
- Eu sei que tem muita gente, mas fala com meu amigo. Ele veio de longe.
- Que amigo?
- Ué, como você não viu essa cabeleira? - quando ele disse isso eu tentei não pensar que ele estava falando de David, mas fui contrariada quando ele gritou o chamando.
- Feliz Aniversário! - David se aproximou e me abraçou.
- Oi, obrigada. Não sabia que você tava aqui. - respondi enquanto sorria nervosa.
- O David vai dormir aqui essa semana, antes de ir pra Minas onde a familia dele mora.
- Sério? Que legal! Espero que goste.
Eu ainda estava muito nervosa, não sabia como reagir com a presença de David na minha casa, mas tentei agir o mais normal possivel.
- 19 né? Aqui, eu trouxe uma lembrancinha. - ai meu Deus, ele trouxe um presente.
- Não precisava, mas obrigada. - peguei o presente e abri. Era um vestido lindo.
- Apanhei muito pra achar um presente, não sou bom com essas coisas. - ele disse sem jeito.
- Mas já combinamos que se ficar curto você vai devolver. - Oscar disse imediatamente.
- Para de besteira, vai ficar ótimo. Obrigada, David! - fiquei na ponta dos pés para abraço-lo.
A noite foi longa, aproveitamos muito ao som das minhas musicas favoritas o mais alto possivel. Infelizmente o Oscar só aproveitou o começo da festa, pois aproximadamente 1 hora depois a Ludmila estava exausta, afinal carregar aquele barrigão o dia todo não é fácil.  Oscar resolveu deitar com ela, já que ele tambem estava cansado por causa da viagem.
A festa já estava acabando quando procurei por David, aliás fazia tempo que não o via e não é dificil perder um cara alto e cabeludo de vista. O vi sentado no sofá mexendo no celular, devia estar trocando mensagens com alguém. Ele parecia entediado, então lembrei que o Oscar tinha deixado ele sozinho.  Resolvi ir fazer companhia pra ele.
- Oi. - me joguei no sofá, sentando ao lado dele.
Ele se assustou pelo jeito que eu cheguei, e hesitou antes de responder.
- Ah, oi. - respondeu depois de alguns segundos em que parecia estar tentando reconhecer meu rosto, mas logo voltou a atenção para o celular.
Não pude deixar de bisbilhotar a tela do celular para ver o que prendia a atenção dele. Era um joguinho, que eu conhecia muito bem por ser viciada e passar horas tentando aumentar meus recordes.
- Que péssima anfitriã eu sou né?! Nem notei que você ficou sozinho. E pela cara você tá bem entediado ...
- Que isso, você é a aniversariante não tem que se preocupar com nada além de se divertir. A noite é sua! - ele me olhou e deu um sorriso de canto de boca, mas com os olhos tristes.
- A noite é minha e por isso eu não posso te deixar com essa cara aqui.
Ele pensou um pouco antes de responder, parecia estar pensando em uma desculpa, mas sem sucesso.
- Tá tão óbvio assim? - ele disse guardando o celular pra falar comigo.
- Tá ... Isso tudo porque o Oscar foi deitar?
Ele sorriu novamente, mas continuou com o rosto triste.
- Por causa do Osquinha? Não, que isso, ele tava exausto. Mas ei, sua festa tá linda. Perde tempo comigo não, aproveita. - ele disse encostando o dedo na ponta do meu nariz como se eu fosse uma criança.
- Então tem algum motivo sério pra você estar com essa cara? Eu jurava que você estava só entediado.
- Relaxa, é só cansaço.
- Certeza? - insisti.
- Sim. Você não faz ideia do tanto que é chato ficar horas dentro de um avião.
- Pior que eu sei. Você deveria ir descansar então, porque sua mente definitivamente não está aqui.
- Eu posso? Ou faria feio para a aniversariante?
- Claro que pode. A aniversariante não quer te ver com essa cara de entediado. - falei sorrindo.
- Tá bom então. Desculpa pela minha cara, eu também não gosto dela ás vezes. - ele fez drama e eu dei uma gargalhada.
- Para vai...
Ele sorriu, dessa vez um sorriso de verdade e não forçado como os anteriores.
- Então tá, já que você me liberou eu vou deitar. Boa noite. - ele beijou minha testa e saiu.
Meus olhos o acompanharam até ele subir as escadas e sair do meu campo de visão, e eu percebi que estava sorrindo involuntariamente ainda lembrando das coisas que ele disse. Ele era mais legal pessoalmente, o que não me surpreendeu já que todo mundo era só elogios sobre David Luiz e sua personalidade. Que sorte a minha ter um cara incrivel desses dormindo na minha casa. Decidi que nos proximos dias ia tentar me aproximar dele. Falando sério, quem não gostaria de ser amiga de um cara assim?

Notas Finais

Eaí, continua? Comentem pois a opnião de vcs é de extrema importancia pra mim. <3

O meu meio irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora