I will be there for you

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  *Narrado por David*

Ela estava ali, parada na minha frente, e naquele momento eu juro, ela era a única coisa capaz de trazer a paz que me foi tirada.

Me abraçou apertado, num gesto desesperado e de saudade mútua, como se nossas almas tivessem se conectado naquele instante. Ela me abraçou, e eu soube que ia ficar tudo bem, se ela estivesse ao meu lado.

- Já desejou ser outra pessoa? - falei ainda a abraçando. - Apenas fugir da sua vida, pois no momento, esse não é o melhor lugar para se estar.

- O tempo todo. - ela me soltou. - Mas ás vezes a gente ganha, e as vezes a gente aprende.

- Aprender o quê? Que o meu povo não pode contar comigo? Que eu sou um fracassado?

- Que você é humano. E algumas coisas não estão nas suas mãos. A habilidade de suportar a dor é a arma de um guerreiro, David. Domine isso e nada terá poder sobre você. Nada. Dê um tempo para si mesmo. Você não é de ferro, muito menos indestrutível. - ela se aproximou e colocou as mãos em meu rosto. - Vai, não precisa de tanta pressa. Tudo isso passa, é só questão de tempo, você vai ver. Confie em mim, ou melhor, confie em você.

- Então não vai embora. Você me dá a paz que o mundo me tira.

- Você não vai se livrar de mim. - ela sorriu. - Hoje não.

- Que bom, porque você é tudo que eu preciso no momento. - um sorriso se formou em meu rosto.

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                                                  *Narrado por Gabi*

David estava deprimido, bem, deprimido não, mas estava desanimado com a estrutura toda, o jogo todo, a vida toda e aquilo mexia comigo. Eu precisava fazê-lo parar de pensar naquilo, então resolvi fazer alguma coisa. Ele havia saído para pegar suco, então aproveitei para mexer na mochila dele. Não sabia exatamente o que estava procurando, mas estava disposta a quando achar transformar aquilo em uma distração. Depois de tanto revirar, achei um CD de jogo, que estava no fundo da mochila.

- O que você tá procurando? - perguntou ele ao entrar no quarto com os dois copos de suco na mão.

- Isso. - mostrei o CD que tinha achado.

- PES? - indagou ele, franzindo a testa.

- Que isso?

- O jogo que você tá segurando. - ele sorriu.

- Ah... Sim, era isso o que eu tava procurando.

- E você sabe pelo menos o que o PES é?

- Pfff, claro que sei. - analisei a capa do CD e respondi. - É um jogo de futebol.

- Nossa, que menina inteligente. - sorriu sarcástico, e em seguida sentou ao meu lado na cama. - E você sabe jogar? - me entregou um dos copos de suco.

- Não. - peguei o copo. - É suco de quê?

- Uva. - deu um gole.

- Parece vinho. Tem certeza que é suco?

- Tenho. Pra quê eu vou te dar vinho? Pra gente se embebedar e você se aproveitar de mim de novo?

- Como é que é?! - falei boquiaberta mas ele não respondeu, apenas deu um sorriso com uma cara sem vergonha. - Pelo visto alguém não se lembra muito do que aconteceu aquele dia na piscina, se não você ia saber que foi VOCÊ que se aproveitou de mim.

O meu meio irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora