Muitas pessoas diziam que o ar de New Orleans era afrodisíaco, e talvez isso fosse verdade, até certo ponto, porque aquela menina inglesa havia se desabrochado como uma flor à ideia de sexo e da sedução desde sua chegada. Talvez tivesse sido Etienne o responsável por curar as feridas dela no caminho até Paris, talvez tivesse instigado a primeira reação sexual dela, e poder observar as outras meninas com seus clientes e escutar as histórias chulas delas a tivesse deixado mais à vontade. Mas era claro que Serge havia aberto o caminho para sua condição de mulher. Martha havia visto a expressão no rosto da menina quando ela voltou para casa. Serge, definitivamente, a havia levado a um ponto do qual ela não ia voltar.
Agora que Belle era uma das meninas, Martha havia pedido a Esme para servir as bebidas em seu lugar. Esme tinha 30 e poucos anos, três filhos e não pretendia mais se vender, mas era uma boa empregada, intuitiva, discreta e excelente em unir a menina e o cavalheiro certos. Também não aceitava bobagens por parte das garotas. Se as coisas Fossem da maneira que elas queriam, passariam a noite toda bebendo no salão, dançando e flertando, mas com apenas um olhar de Esme, elas colocavam o rabo entre as pernas e subiam a escada.
Esme não precisou recomendar Belle ao rapaz de cabelos claros. Ele olhou para
ela com a boca aberta e Belle se direcionou para ele como se tivesse feito aquilo mil vezes antes.- Sou Belle - disse ela com o sorriso grande e lindo que tinha. - Quer beber algumacoisa?
Foi Esme que disse ao jovem que o preço seria 50 dólares, e Martha sorriu porque ele não demonstrou surpresa e pegou a carteira do bolso e pagou bem ali. Esme balançou a cabeça.
- Aqui, não. Entregue o dinheiro a Belle quando subir, ela vai passá-lo à empregada.
Belle ainda estava bebericando a bebida servida por Martha para lhe dar coragem, mas o jovem, que disse se chamar Jack Masters e ser do Tennessee, bebeu a sua em um só gole, pegou a mão de Belle e caminhou com ela até a escada.
Martha se escondeu quando eles começaram a subir a escada. Não queria ver o rosto bonito de Belle tomado pelo medo. Ainda conseguia se lembrar de sua primeira vez, em um bordel em Atlanta e o homem que pagara por ela não era calmo como o de Belle. Ele era tão bruto que ela se sentiu partida ao meio.
***
- Bem, Jack, tire sua calça para eu poder lavá-lo - disse Belle, esforçando-se para fazer parecer que ela já havia dito aquilo centenas de vezes. Ele havia entregado o dinheiro a ela assim que entraram no quarto, e ela abriu a porta de novo e entregou a quantia a Cissie, que esperava do lado de fora. Ao despejar a água da jarra dentro da bacia, sua
mão tremia tanto que ela pensou que derrubaria o recipiente.- Você é linda - disse ele enquanto desabotoava a calça. - Nossa! Não acredito que encontrei um anjo como você.
- É muito gentil de sua parte, senhor - disse Belle, segurando o riso. - Seria porque você nunca esteve em um bordel antes?
A calça dele estava no chão, juntamente com a cueca. Ele era muito pálido e as
pernas eram muito finas.- Esta é a minha terceira vez - disse ele com certo orgulho. - Venho a New Orleans a negócio com meu tio uma vez a cada três meses. Ele trabalha com artigos para mesa.
Belle sabia que precisava ser rápida, então abriu a camisa dele, segurou seu pênis e o lavou com o pano. O órgão instantaneamente endureceu, e felizmente parecia saudável, sem qualquer sinal de corrimento.
- Ele ficou feliz em me ver - disse ela, copiando o que havia escutado Hatty dizer a um dos cavalheiros.
- Com certeza - respondeu Jack.

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Belle
RandomBelle, uma jovem de quinze anos, viveu toda a sua vida em um bordel. Sem saber o que realmente acontecia nos quartos no andar de cima. Porém, em uma noite que poderia ter sido como qualquer outra, ela testemunhou o assasinato de Millie, uma das garo...