Capìtulo 35

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Etienne saiu ao convés para fumar um charuto depois do jantar, e Belle foi sozinha para sua cabine e acendeu uma vela para tirar o vestido. Ela percebeu
que estava apenas um pouco bêbada, mas gostava da sensação, assim como ela tinha gostado do toque da mão de Etienne na dela.

Quando começou a desabotoar seu vestido ela ficou pensando que gostaria de ter beijado Etienne. Não um beijo na bochecha, mas um verdadeiro de adulto nos lábios. O pensamento a fez sentir quente e trêmula. Ela olhou para a cama dele, e de repente soube que queria estar nela, com ele. Com os dedos tremendo abriu os últimos botões e tirou o vestido, depois suas botas. Suas anáguas em seguida, que caíram em seu vestido azul em uma espuma branca. Ela parou em sua chemise, lingerie e meias, imaginando quanto mais ela deveria remover. Ela gostava da chemise, era a única que tinham lhe dado em Paris, de algodão macio e branco com tachinha e fitas de laço em volta do decote.

Decidida, ela arrancou sua lingerie e meias, lançou todas as suas roupas
em cima de sua cama, e subiu na de Etienne. Seu coração estava pulando, cada nervo, músculo e tendão esperava o retorno dele, mas felizmente ela não esperou por muito tempo antes de ouvir os passos conhecidos chegando pelo corredor.

A porta da cabine se abriu e ele entrou, então ele parou abruptamente quando a
viu em sua cama.

- Agora, o que você está fazendo aí? Muito bêbada para subir?

Ela gostou que ele não tinha pensado que ela estava na cama para ficar com ele.

- Não, estou aqui porque quero seus braços me envolvendo - ela sussurrou.
Ele tirou sua jaqueta e pendurou-a em um dos ganchos no fim da beliche, então ele se ajoelhou perto da cama.

- Linda, Belle - ele suspirou. - Você é tentação suficiente até para o mais santo dos homens. Mas o que faz você fazer isso? Você está praticando ser sedutora? Ou talvez pensa que se fizer isso não serei capaz de levá-la para a casa amanhã?

- Sei que você ainda terá de me levar - ela disse, um pouco desencorajada pela
expressão preocupada dele. - Mas Lisette disse para mim em Paris que se eu achasse um homem de quem realmente gostasse, eu mudaria minha cabeça sobre Isso. - Ela não sabia que palavra usar, não conseguia usar a palavra sexo, ou foder, era uma palavra menos crua que ela não conhecia.

- Com um homem de quem você realmente gosta isso é chamado fazer amor - ele disse, inclinando-se para frente assim seu rosto ficou muito próximo do dela. - Fico lisonjeado
que você goste de mim, Belle, nunca conheci uma jovem de quem eu gostei mais do que você. Vou abraçá-la e beijá-la, mas só isso, pois tenho uma mulher em casa a quem não posso ser infiel.

Ele se aproximou ainda mais e seus lábios tocaram os de Belle, com a suavidade de asas de borboleta. Os braços de Belle o envolveram e sua língua tremulava a boca dela fazendo-a sentir um leve tremor correr pela espinha.

- Como foi? - ele disse provocando. Com apenas uma vela iluminando ela não
conseguia ver o rosto dele claramente. Mas ela tirou suas mãos e colocou em
forma de concha, usando seus polegares para acariciar os lábios dele
gentilmente.

- Foi tão bom que eu quero mais - ela sussurrou. Ele se moveu e escorregou para a cama do lado dela, envolvendo-a em seus braços.

- Você é uma pequena sedutora - ele sussurrou. - Você se dará bem em
New Orleans.

Ele a beijou várias vezes até o corpo todo dela estar doendo para ser acariciado também. Mas embora ele a beijasse e encostasse em seu pescoço, braços e dedos ele não tentou ir além.

Belle sabia que ele a desejava, ela sentiu seu pênis se esforçando para ser
liberado das calças, mas quando ela tentou colocar a mão ali, ele gentilmente a tirou.

- Hora dos dois dormir - ele disse, beijando-a na testa suavemente e saindo da cama.

Ele pegou as roupas dele da cama, apagou a vela e subiu lá, e Belle se esticou no espaço vago e sorriu para si mesma enquanto cheirava o perfume dele no travesseiro. Nenhum homem seria tão assustador agora que ela sabia quão doce isso podia ser. Ela se sentiu triste que Etienne não estivesse preparado para ser aquele que iniciaria ela na arte de fazer amor, mas ele a fez entender o que era o desejo.

- Bonsoir, ma pétite - ele disse suavemente da cama de cima.

- Boa noite, Etienne - ela sussurrou de volta. - Se os cavalheiros de New Orleans forem todos como você não terei nenhum problema em amá-los.

BelleOnde histórias criam vida. Descubra agora