(Re) Encontros e Descobertas Vol. 3

Capítulo 208

Percebi que Juliana ficou muito mexida com o que eu revelei à ela. Saímos do restaurante e decidimos que nosso momento a dois acabaria na minha casa, então tomei o rumo de lá. Observei que ela parecia envergonhada e triste por tudo que ouvira de mim.

- Ju algum problema?

- Não Rod, só quero ficar quietinha.

- Ju você não precisa se sentir assim, já foi e você não teve culpa, a escolha foi minha em sofrer.

- Sua escolha?

- Sim Ju, eu escolhi amar você mesmo você estando com outro, eu não posso culpar você por isso.

- Rod eu...

- Vamos fazer uma coisa, faz de conta que eu não falei nada pra você. Eu não quero estragar esse nosso momento a dois com algo que não vale a pena.

- O que você sugere?

- Pra começar um banho pra gente relaxar, acho que estamos precisando.

Eu estava tão triste, apática que Rodrigo me pegou nos braços e me colocou no box. Comecei a chorar copiosamente e meu corpo era sacudido por soluços. Chorei muito, era como se estivesse purgando uma dor, ainda que não fosse minha, mas provocada por mim. Rodrigo começou a me dar banho como se eu fosse um bebê, com carinho, cuidado. Ele esperou pacientemente minhas lágrimas e soluços diminuírem para me levar de volta ao quarto, vestir uma camisola em mim e me colocar na cama, me sentia uma criança sendo protegida. Ele me deixou ali me dizendo que era o tempo de um banho rápido e ele voltaria para cuidar de mim. Enquanto ele estava no banho, meu choro voltou, me sentia uma miserável por tudo que ele havia me dito. A verdade era que eu a partir daquela revelação me sentia um monstro por tudo que Rodrigo sofrera. Meu choro era intenso quando ele voltou do banho.

- Ju por favor esqueça tudo que você ouviu de mim essa noite.

- Não Rod eu não posso, me sinto culpada...

- Ju eu já disse você não tem culpa.

- Rod eu tô me sentindo um lixo.

Ele sentou na cama e me abraçou forte, um abraço acolhedor, protetor e então ele começou a fazer carinho na minha cabeça, hoje ele estava fazendo eu me sentir uma criança que precisava ser protegida, acolhida.

- Não pensa mais nisso, só aproveita esse carinho.

- Rod eu não mereço o que você tá fazendo por mim.

- Juliana põe uma coisa na sua cabeça, você não tem culpa.

- Rod eu fui cruel com você, eu não tinha o direito de te machucar...

- Juliana, já disse se eu sofri a culpa foi minha.

- Rod, como é que eu pude não ter percebido o quanto você me amava?

- Por que pra você eu sempre fui um amigo e minha queda por festas e Baladas não depunha a meu favor.

- Você ainda faz piada.

- Eu só quero mostrar pra você que você não poderia me levar a sério, nem eu mesmo me levava.

- Você é um bobo sabia?

- Sabia, e estou mais bobo ainda porque estou vendo esse sorriso lindo.

- Ah! Rodrigo.

- Lembra que a gente combinou um fim de noite especial? Mas não era pra ser regado à lágrimas.

- Amor eu tô me sentindo fraca, parece que eu levei uma surra.

- Ju você não precisa se sentir assim. Me promete que vai esquecer tudo que esse babaca aqui falou pra você hoje tá.

- Rod, me diz porque eu perdi tanto tempo se você estava ali disponível e eu burra e cega atrasei minha felicidade.

- Ju pra essa pergunta só você tem a resposta, mas eu não quero essa cabecinha linda preocupada com bobagem.

- Rod eu... Ele me pegou desprevenida e me deu um beijo que desencadeou uma urgência em nós dois, ele começou a me fazer carinhos como se estivesse lidando com uma criança mas à medida que eu ia me acalmando os carinhos inocentes se tornavam carícias ousadas que estavam me acendendo para algo muito maior. Ele começou a me provocar no meu centro e aquela sensação era louca demais. Rodrigo definitivamente era mágico, me tirou de um desespero para uma onda de satisfação que já estava chegando para ambos quando ele me possuiu com cuidado e volúpia ao mesmo tempo. E assim ele se derramou todo dentro de mim me levando ao paraíso e voltando pra experimentar aquela sensação de novo e de novo e assim fomos um do outro mais de um par de vezes naquele fim de noite que pra mim era mais que especial, era pleno.