Capítulo: 9

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--Pelo visto, não encontrou nada que lhe agradasse? -perguntou Fernando.

Ela estava cansada daquele jogo.

-- Ora, Papai, chega de piadas por hoje. Já me mostrou muitos "homens de Verdade" Por um dia. Faz calor e estou com vontade de tomar uma limonada, não... - Dulce estacou. Seus olhos pousaram em uma figura máscula e esguia deitada junto ao um poste.

De imediato, sentiu-se atraida pela informalidade do traje que o homem usava. As botas pareciam ser de couro macio importado. Acalça era de um tom azul claro e indecentimente apertado. Dul engoliu em seco, absorvendo toda a revelação daquele podeiro masculino. Começando pelos quadris estreitos, seu olhar deslizou ao longo das coxas musculosas não tão grande pois o homem ali deitado não era maior que ela muito centímetros pelo jeito deveria ser maior que ela um queixo em sua testa ou mais um pouquinho, até os joelhos perfeitos desapareceram no limite imposto pelas incrivéis botas!

Com supremo esfoço, obrigou-se a olhar para cima. Aberta na altura do pescoço, a camisa de linho branco deixava transparecer uma insinuante trillas de pelos no tórax viril e a robustez dos ombros largos. As mangas compridas apertavam ao redor dos pulsos fortes e elegantes. Ele tinta mãos longas e grande anel de sinete em um dos dedos.

Dul sentiu o coração acelerar com um prazer inesperado. Não era casado! Concluiu, continuando seu exame.

Curvou-se para admirá-lo melhor. O que viu roubo-lhe a respiração. Grossos cachos de cabelos escuros caiam até a metade do pescoço emolderando a face, que parecia ser um anjo caido na terra. O naris era perfeito. Os cilios e ás sobrancelhas eram escuros e perfeitos assim como seu cabelo contornavam-lhe os olhos sob uma testa delicada e reta.

Olhar de Dulce se dirigiu aos lábios daquela boca generosa que se curvava como se o dono achasse o mundo uma grande piada. As faces eram coradas, e o queixo ligeramente quadrado possuia uma encantadora barba por fazer o tornando extremamente sexy.

Parecia um deus Olímpico! O poeta e o atleta combinados em um corpo deslumbrante.

Dul cambaleou insegura ao redor do jovem esquecendo-se completamente do Paí. O que via rivalizada com a arte de michelangelo em uma versão mais tentadora. Aquela escultura viva ali a sua frente a deixara com ás Pernas trêmulas.

Ajoelhou-se ao lado do desconhecido e tocou-lhe os lábios com suavidade. Foi mera curiosidade que provocou o gesto. Precisava senti-lhe a textura.

Prendendo o fôlego, deslizou o dedo indicador, contornando-lhe o sorriso e, antes que pudesse retirá-lo, ele foi sugado para dentro de uma caverna morna e úmida. Os lábios sensuais se fecharam em torno de sua carne macia e Dul sentiu a lingua e os dentes dele chupando-lhe a ponta do dedo.

Como se uma corrente elétrica lhe tivesse perpassado o corpo, Dulce se afastou depressa, caindo sentada na calçada. Suas faces ardiam em embaraço, e chocada disse para Fernando:

-- Este deve ser o seu dia de sorte, papai.

Poncho abriu os olhos lentamente e se viu observado pela face rósea de uma criatura divina que possuia lábios tão macios e úmidos que de imediato lhe despertaram os instintos mais primitivos.

Casamento Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora