Capítulo: 52

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Deslizou ambos os braços em torno do tórax viril e, como uma gata manhosa, roçou os seios contra a parede sólida do peito musculoso. Os mamilos se enrijeceram de imediato e a excitação aumentou á medida em que Poncho lhe arrebatava os lábios em um beijo provocante e sedutor, saboreando a doçura suave da boca macia. Escutando o gemido rouco que escapou da garganta do marido, ela sorriu na escuridão e correspondeu ao beijo com igual intensidade.

Traçando uma trilha de beijos úmidos e quentes por todo o corpo curvilíneo, Poncho degustou cada centímetro da pele macia e se extasiou com a reação primitiva da esposa.

-- Quem precisa de comida com um banquete como este? - indagou Ele sugando-lhe os mamilos até que todo o corpo esguio e sedoso ansiasse por ele.

Dulce se arqueava sobre os músculos rijos em uma tácita súplica para que Poncho lhe saciasse o apetite, mas ele continuou a exercer aquela doce tortura até que a percebesse louca de desejo.

-- Gostaria de poder enxergá-la. - murmurou ele com voz rouca. Porém Dulce sentia-se agradecida pela total escuridão. Do contrário, seria capaz de morrer de verganha. Daquela forma ao menos tudo parecia um delicioso sonho, no qual podia induzir suas fantasias sem correr o risco de o marido caçoar dela.

Tomada de uma incontrolavel excitação, incluiu a cabeça para frente e beijou os ombros largos, cuja pele guardava o odor da fumaça. Enquanto isso, Poncho descobria os hematomas nas coxas bem torneadas e beijava-os  um a um.

Dulce estava estupefacta, seus dedos mergulhados na massa de cabelos escuros do marido, sem acreditar no que ele estava fazendo. Arrepios de prazer percorreram todo o seu corpo quando sentiu os lábios e a lingua experientes explorando-lhe a intimidade. Sem controle das próprias emoções, ela ofegou gritando o nome de Alfonso.

Estimulado pelos sons sensuais que ela emitia, ele se deitou sobre a esposa, abrindo caminho entre as coxas apartadas. Ela prendeu a respiração, quase desmaiando.

Poncho estava completamente nu! Não havia barreiras entre eles. Nenhuma anágua, camisola ou roupa íntima.

Poncho tomou-lhe a face nas mãos e a beijou com extrema ternura, enquanto afundava os quadris, abrindo caminho em direção a cálida e úmida intimidade.

As mãos delicadas abandonaram os ombros largos e puseram-se a explorar a barreira sólida do peito desnudo, os quadris retos e firmes e em seguida, deslizaram para o baixo ventre.

Ele ofegou quando ela tocou a masculinidade excitada. Sorrindo ela escutou a respiração acelerada do marido e percebeu que ele estava a ponto de perder o controle. Por fim, Poncho inclinou a cabeça, beijando-lhe o lóbulo da orelha e impaciente, pressinou com mais força os quadris contra os da esposa.

Dulce enterrou a cabeça no pescoço dele, agarrando-se ao corpo viril como a própria vida. Aquele homem exalava masculinidade por todos os poros e estava levando a loucura.

-- Por favor... - ela suplicou cada segundo pareciendo uma eternidade. O que Poncho estaria esperando? Incapaz de conter a excitação, ela arqueou os quadris de encontro ao membro rijodo dele.

Aquele era o sinal que ele esperava. Tomou-lhe os lábios em um beijo possessivo, e investiu contra a barreira tênue, penetrando-a com um movimento lento e preciso.

O desconforto inicial foi logo substituido pela sensação de completo preenchimento. Ele estava dentro dela, ocupando cada espaços e a fazendo desejá-lo como nunca. Ás mãos firmes ergueram-lhe os quadris para que ela o acomodasse. Para prolongar o prazer e fazê-la ansiar ainda mais, ele recuava e a penetrava com movimentos deliberadamente lentos e extensos. Dulce estremeceu de excitação e começou a seguir o ritmo, que aumentava de maneira gradual até espasmos de prazer lhe sacudirem o corpo e um grito rouco sair de sua garganta ante a sensação de ser catapultada a uma altura vertigiosa e atirada de volta ao chão. Ela se agarrou a ele, beijando-o com paixão.

-- Não, me abandone, Poncho. Nunca me abandone. - suplicou com um fio de voz.

Ele enterrou o rosto na massa de cabelos macios, inspirando a fragrância daquela mulher extraordinária como um ser asfixiado a procura de oxigênio. Uma mistura de emoções raras e desconhecidas agitava. -lhe o peito, assutando-o. Uma descritivel alegria o invadiu, crescendo dentro dele como ás labaredas de fogo que virá subir ao céu.

Era como se ela fosse o sol e até seus mais negros pecados não a pudessem ofuscar.

Aquela mulher era vida e esperança. E toda sua!

Naquele momento de revelação, Poncho não encontrou palavras para expressar o que estava sentindo. Se entreabrisse os lábios, a verdade poderia escapar inexorável. Uma confissão que nunca havia feito a mulher nenhuma com exceção de sua mãe.

Mas no intimo sabia que não adiantava negar.

Dulce Herrera, eu... Te... Amo! Confessou para si mesmo. E então, entregando-se ao climax iminente, abandonou-se nos braços da mulher amada.

No interior da terra, instinto e desejo haviam transportado o casal para o reino da intensa intimidade. Durante horas que se seguiam, Dulce e Poncho fizeram amor outras vezes, em meio ao escuro e ao silêncio que os rodeavam.

Durante o idilio, cada qual criava imagens do outro em sua mente. Dulce se pós a pensar nos votos que ambos haviam feito no dia do casamento. Poncho se parecia com um cavalheiro protetor parado ao altar a esperá-la. Ele também foi contagiado pela forte emoção. O desejo que sentia pela esposa, cuja beleza o fizera abrir mão de uma vida de relações passageiras, era insaciável. Em sua mente, reescreveu Romeu e Julieta e lhe deu um final feliz.

Mas no auge da extraordinária descoberta um do outro, o pêndulo da realidade adversa começou a mudar o curso dos fatos. Tinham de encarar um sério problema: A sobrevivência.

Quando a terra acima deles esfriou, o interior da cavena deixou de ser o abrigo ideal que os impedira de morrer incinerados. E o ardor também se apagou após uma noite fria, sem roupas adequadas para se aquecerem.

Tremendo de frio, Dulce acusou o marido de ser o único culpado por ela não possuir nada pra vestir.

--Assim que sair daqui, pedirei a anulação da nossa únião.

-- Em que termos? - indagou Ele, rindo com deboche. - o Casamento foi consumado.

...

Casamento Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora