Capítulo: 46

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Dulce girou ao redor do fogão com uma chaleira pesada de água quente em ambas as mãos.

-- Está se sentindo melhor essa noite, não é meu Amor? - perguntou com um  olhar.

-- Um pouco. - admitiu Ele.

-- Oh, pobre homem! Bem vá descansar. Logo estarei em casa. O que vc precisa é de um pouco de ungüento de cavalo e de um longo banho de banheira.

-- Pode me trazer mais água quente quando voltar? - perguntou ele tirando a chaleira das mãos dela.

-- Claro, não se preoculpe. Terá toda água que precisar. - prometeu ela, tentando calcular quanta água sería necessária para afogá-lo na banheira. Então Poncho lhe beijou o rosto.

-- Vc é um tesouro, não há duvidas. Deu uma piscadela e, em seguida, dirigiu-se a Al. - Deus me presenteou com um verdadeiro anjo como esposa.

Dul se virou com impeto para as três pilhas de pratos sujos. Não é suficiente o que trabalho o dia todo, remoeu, passando sabão e água fervente nos pratos. Agora Alfonso quer que eu satisfaça todos os seus caprichos! Bem, ele não perde por esperar!

Minutos mais tarde, quando terminou de lavar a louça, estava pronta para começar uma briga enquanto pelo caminho que levava a cabana, com um balde de água gelada em cada mão.

Não vou mais permitir ser vitima de um destino cruel, jurou, pousando o fardo pesado e empurrando a porta para abri-la. Sou bastante capaz de...

Antes que pudesse terminar o pensamento de venganza, um par de braços fortes a ergueu e a carregou em direção a banheira, onde Dulce esperava encontrar sua presa.

-- Alfonso, o que está fazendo? - reclamou, debatendo-se violentamente. Ele se moveu com rapidez, o quarto girou, deixando-a ofegante e atordoada até ser recolocada no chão ao lado da banheira.

-- Pelo trabalho árduo que tem enfrentado e por tudo que tem feito por mim, achei justo invertermos as posições.

-- O que!? - A reação inicial de Dul foi choque. A essa altura, as mãos dele já se encontravam ocupadas desabotoando seu vestido. Ela virou e protestou.

-- Espere não pode fazer isso!

-- Ah, posso sim minha querida esposa. - disse ele, arrancando o vestido com um movimento ágil.

Horrorizada, ela o observou desatar a fita de cetim de seu elegante chemise e abri-lo até a cintura. Em seguida, olhou para baixo e viu  seus seios completamente nus. Em pânico, ela lutou para se libertar e correu para seu lado do quarto.

-- Mantenha-se afastado de mim, Alfonso!

-- Não me diga que um banho não a atrai depois de um dia árduo de trabalho naquela cozinha quente e esfumaçada. - Antes que ela podesse se cobrir, ela a agarrou pela cintura.

Ela se agarrou na extremidades da cômoda para impedir que ele a carregasse para a banheira.

-- Seu Tolo! Eu não quero tomar banho nenhum! - disse e ele afrouxou o aperto e, dispensando a cerimônia, jogou-a dentro da banheira morna, enchendo de água ás calçolas e o chamise.

-- Olhe oque vc Fez! - lamentou ela. Agarrando ás mangas, e Poncho sorriu, contemplando comsatisfação os mamilos enrijecidos e o seu sexo revelado pelas roupas de baixo molhadas e transparentes.

-- Como ousa!? - Disse ela lutando pra se erguer.

-- Isto vai relaxá-la e a ajudará a dormir melhor. - Disse ele ensaboando um pano e se ajoelhou ao lado da banheira.

-- Não finja que se preocupa com meu bem-estar, Alfonso.

-- Ah, mais é claro que me preocupo. - rindo, ele capturou-lhe o braço, ensaboando,  e enxagoando com movimentos vigorosos todas ás partes expostas do tórax feminino. - Pensou que poderia bancar a mulher falsa e escapar ilesa, não é? - Era óbvio que ele pretendia se vingar. - Trouxe mais água? - perguntou.

Sem conseguir raciocinar, ela assentiu com a cabeça.

Testando a temperatura da água enquanto retornava, ele arqueou uma sobrancelha, compreendendo de súbito o que ela pretendia fazer.

-- Deixe-me lavar seus cabelos, querida. - ofereceu, com um sorriso cínico no rosto.

-- Não. Eu os lavei esta tarde e não quero que me toque.

Ele a fitou de soslaio.

-- Mas acha certo fazer todas aquelas coisas estranhas comigo?

Dulce remexeu-se expondo uma perna esbelta.

-- Sim... É... Quero dizer, não! Aquilo era diferente. Pensei  que vc precisasse de mim.

-- Minhas necessidades aumenta cada día. - admitiu ele, arrancando-lhe a meia calça molhada e beijando-lhe os dedos do pé esquerdo, sem nunca deixar de fitá-la.

-- Deixe-me em paz, seu... Pervertido! - gritou ela, tentando livrar o pé das mãos que o seguravam. - Oh, Deus o que vou fazer? - perguntou desesperada, em voz alta.

-- Não, sei Dulce. O que esta pensando em fazer?

Ela deixou escapar um grito assustado quando seus dedos do pé ensaboados roçaram de leve o orgão masculino enrijecido.

-- Solte-me agora mesmo, seu... Seu vilão! - gritou ofegante, com os olhos arregalados de pânico.

Imaginando um bigode imaginário ele deu uma risada.

-- Soltar vc? - zombou. - Mas por que belezinha, se a tenho  finalmente em minhas mãos.?

-- Oh, pare Alfonso! Isso já foi longe demais. - disse e o chutou furiosa.

Casamento Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora