Capítulo: 55

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Quando os madereiros se dispersaram, Aarón pediu para conversar a sós com Alfonso.

-- Ouça com atenção. - começou o capataz. - ouvi dizer que Charlie Crocker tem enviado equipes de inspeção a Donner's Passat desde julho passado para mapearem uma rota através das montanhas. - confidenciou em tom baixo. - Um grupo de investidores de sacramento quer construir um via férrea cruzando ás montanhas. Se o projeto for adiante. Poderemos ficar ricos.

Poncho se empertigou, cada vez mais interessado. Vender vigas para a construção de via férrea poderia ser muito lucrativo do que as minas.

-- Algumas sugestão sobre o local para o qual podemos nos transferir?

-- Sim. Así serrarias da California possuem aparelhamento obsoleto. Se construirmos uma roda hidráulica, bateremos a concorrência. - afirmou o capataz.

-- Mas poderiamos converter para vapor quando a máquina que emcomendei chegar? - inquiriu Poncho.

-- Claro. Podemos fazer a reversão em um dia. - garantiu Aarón.

Poncho deu uma forte palmad nas costas do Capataz.

-- Vc conhece o território. Encontre o melhor local para uma serraria e comece a construir. Enquanto isso voltarei a Virginia City para buscar mais homens, dinheiro, carroças e supromentos.

-- Acha mesmo que Fernando vai reaparelhar essa equipe?

-- O velho pode ser avarento, mas ñ tolo. - disse poncho e Aarón anuiu.

-- É melhor levar com vc Griswold e Jeffers. Eles ñ tem valia alguma no estado em que se encontram.

Exaustos, Dulce e Poncho desciam a montanha montados nos cavalos que arrastavam Griswold e Jeffers em macas improvisadas.

Ela nunca viu Alfonso tão determinado. Quanto mais tortuoso se tornava o caminho, mais ele insistia para que continuassem seguindo em frente.

Por fim, avistaram o povoado de Genoa à distância, exatamente como Jansen havia descrito.

-- Oh, graças a Deus! - trêmula de exastão, Dulce estacou, observando a paisagem.

-- Vamos, Dul. - apressou Alfonso. - temos que levar Jeffers ao médico que Aarón recomendou.

O Dr. Reeves se revelou um legítimo médico de fronteira. Simpático e falastrão examimou o doente meneando a cabeça.

-- É melhor deixarem este homem comigo. Ele tem várias lesões internas.

Depois de se despedirem do madereiro, rumaram com Raimey na maca atrelado ao cavalo de Dulce, em direção a Sun Mountain. Cavalgando um pouco mais atrás de Alfonso, ela o observava a imponência. Os cabelos compridos necessitavam de um corte urgente. Os trajes já haviam conhecido dias melhores.

Ele trotava à frente sem nunca vacilar. Para um homem sempre tão falante, estava extremamente taciturno. Poncho alegava ser um perdulário convertido, mas nunca mencionava a familia ou como vivia antes de o paí dela o encontrar. O que sabia sobre aquele homem? Apenas que era bonito, ñ muito alto mais no tamanho certo pra ela, corajoso, que possuia um gênio irlandês irascivel e um grande senso de humor.

Cavalgava com a elegância de um homem nascido pra montaria. A despeito do passado que pudesse ter tido, era um amante perfeito, concluiu ela. Aliás tudo nele a fascinava: O modo como acendia um cigarro, o riso oculto no tom de voz... Até mesmo um olhar fugaz que ele lhe lançava era capaz de suscitar nela así mais primitivas sensações.

De repente, uma pontada de medo lhe perpassou o coração como uma fina adaga. Em breve Poncho se encontraria com seu pai. Iria revelar que haviam consumado o casamento? Dulce apertou as rédeas do cavalo, quase desistindo de seguir em frente. Insistiria o pai em casá-la com seu capataz?  Em se tratando do Don Espinosa, nada a surpreenderia.

Ñ se arrependia de haver mentido e tentado enganar o pai, mas se importava com o péssimo tratamento que dispensara a Alfonso. Nunca deveria tê-lo arrastado para aquela situação. Poncho tinha razão em ñ amá-la. Ela ñ passava de um fardo Na vida dele. E, para sua desdita ser completa, amava-o de todo coração.

Dulce ñ tinha noção de quanto tempo estava perdida em reflexões, mas quando se deu conta, percebeu que se encontravam nas cercanias de Virginia City, em frente à modesta  cabana de Raimey.

Poncho conversava  com a esposa do madereiro, que lhe agradecia com veemência.

Após expor o plano de levar as familias dos trabalhadores para o novo acampamento que construiriam Poncho se despediu com a promessa de retornar antes de partir da cidade.

Ao deixarem a residência dos Griswold, Ela montou no cavalo, fitando com desdém o marido, que a ajudava.

-- Que linda cena, ñ? Suponho que pretende proporcionar a esse casal as maravilhas da vida em uma cabana precária. A Sra. Griswold achará que reside em um palácio, quando deparar com o barraco em que tive que morar!

-- Diminua o tom de voz, Dulce. - ordenou ele. - Ñ tenho intenção de mandar essa mulher para uma vida de miséria.

-- Oh, mas ñ se importou de fazer isso comigo! - esbravejou ela, fustigando o animal e deixando Alfonso pra trás, envolto em uma nuvem de poeira.

Ao alcaçarem a cavernosa entrada do estabelecimento de aluguel de cavalos de Ferguson, ela puxou as rédeas e desmontou sem ajuda. Sentia o corpo todo dolorido pela longa viagem. Com o queixo erguido, passou pelo marido que conversava com o dono do estabelecimento.

Porém Poncho segurou o braço dela com força, obrigando-a a parar.

-- Espere temos que conversar.

Depois de pagar pelos cuidados dos dois cavalos, poncho a arrastou pela C Street, ignorando as tentativas de se desvencilhar.

-- Para onde esta me levando?

Ele parou em frente ao Hotel internacional.

-- Que tal suco de Frutas? Ou está crescida o suficiente para tomar uma taça de vinho?

-- Ñ estou trajada para ser vista em público.

Sua vida estava desmoronando e o marido querendo conversar! Talvez aquela fosse a forma como um homem descartava uma amante, mas no caso deles teriam de acertar algumas formalidades antes de acabar com aquele casamento.

Ele então lhe deu um sorriso cinico.

-- Se lhe serve de consolo, ñ estou melhor.

-- A resposta é "Ñ! " Ñ me apetece nenhuma bebida - declarou ela. - foi isso que me fez embarcar nessa situação absurda da primeira vez.

Naquele momento, uma elegante morena, trajando um sofisticado vestido de veludo marrón, transpôs a porta do hotel. Dulce mordeu o lábio de inveja. Aquela roupa era tudo que desejava naquele momento.

...

Casamento Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora