Capítulo: 45

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-- Bom Día! - respondeu ela em tom suave, tirando de dentro  da jaqueta o minúsculo gatinho branco que ele lhe dara. - Venha, Miau, vamos tomar um pire de leite morno.

É claro que podia estar errado, Ele argumentou consigo mesmo, porém Dul parecia esta contente com sua vida, apesar do ambiente hostil.

Não agia como a borboleta social deteriorada que o paí julgava que fosse. Na realidade, estava se comportando melhor do que ele esperava. Sua jornada de trabalho era tão longa quanto a dele, às vezes até maior. Ninguém podia reclamar de sua atitude. Ela era brilhante, bonita e aprendia muito rápido.

Sim tinha que admitir que ela estava começamndo a crescer aos seus olhos. Aquela garota inocente poderia lhe partir o coração se tivesse uma chance.

Após o jantar, Poncho pediu a Al que levasse sua esposa até a cabana, porque precisava demorar para inspecionar os livros contábeis no escritório.

Dulce ficou ligeramente chateada ao chegar mais tarde e encontrar seu companheiro de cabana adormecido. Durante o dia todo, esperava pela oportunidade de seduzi-lo, e lá estava ele dormindo como um anjo caido do céu.

Aborrecida preparou a cama, ultilizando o fogo da lareira para enxergar ao redor do quarto. Sua mente fervilhava de idéias e ignorando a regra, crusou a linha amarela.

-- Poncho? - chamou baixinho e o sacudindo. - Acorde...

-- Hum..? - Ele abriu um olho. - Oh, é vc Dul. - desse bocejando e estirando os braços, em uma imitação perfeita de um homem despertando de um sono profundo.

-- Quer conversar? - perguntou brincando com a fita acetinada da camisola.

-- Tive um dia cheio Dul. - disse ele, embora tivesse acordado o tempo todo, esperando para ver qual as táticas que ela usaria naquela noite.

-- Pensei que podiamos... Conversar.

Ele decidiu cooperar.

-- Meus músculos ainda estão tão doloridos que mal posso pensar quanto mais conversar.

-- É mesmo? - ela considerou as palavras do marido. - Posso passar mais um pouco de creme. Quer dizer se vc quiser.

-- Faria isso por mim? - Ele esperou que o sorriso em seus lábios não fosse tão amplo a ponto de ser suspeito.

-- Claro! É a coisa mais decente e generosa a se fazer.

-- Deus abençoe. - ele gesticulou para a cômoda. - O creme cheira mal mais oque fazer? Com seu toque macio, posso suportar a dor.

-- Posso usar minha loção. - ofereceu ela.

-- Não teria algo menos... Floral? - perguntou ele virando de bruços.

-- Lavanda, rosa ou gardênia? Faça sua escolha. - Ela desnudou ele da cintura para cima. Em seguida com as mãos lhe esfregou as costas.

-- Lavanda, então. - ele riu. - Cheira um pouco mais varonil que rosa ou gardênia e é bem melhor que ungüento.

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Dessa forma Dulce passou a platicar suas habilidades de enfermeira por várias noites seguidas. Um curioso entusiasmo começou a sugir em seu trabalho, a medida que se familiarizava mais ultimamente com os detalhes do perfeito corpo masculino e seus pontos mais sensíveis. As vezes se sentia de fato feliz por poder lhe aliviar o desconforto. Mas, então um diabinho emergia de seu subconciente, inspirando-a a fazer cócegas, coçar ou causar algum tipo de tormento à sua vitima.

Quanto mais Alfonso se abstinha de retaliar, mais corajosa Ela se tornava. Ela nunca suspeitou que a estratégia do marido fosse induzi-la a sedução.

Um clima de intimidade cresceu rápidamente entre Dulce e Poncho, que agradecia a Deus o fato de trabalhar fora o día todo, longe da esposa, que mal podia esperar para colocar suas mãos delicadas nele, todas ás noites. Concentrada em dar continuidade às suas idéias de vingança, ela havia se tornado perita na arte de lavar pilhas de pratos sujos em tempo recorde. A maioria das noites quando Poncho deixava o escritório e entrava pela porta da cabana ela já estava de camisola, escovando seus longos cabelos castanhos claros.

No sexto dia em que se encontravam no bosque, Aarón que já confiava no trabalho de Alfonso o suficiente, encarregou-o da equipe que derrubava árvores.

Suado mas contente com seu êxito no serviço. Poncho recebia os comprimentos dos outros homens agrupados ao seu redor. A aprovação deles significava muito. Sabia que estava longe de ser profissional, porém havia dominado o medo face real ao perigo que o trabalho representava e saido incólume. E o melhor de tudo, ganhou o respeito e a aceitação do áspero "Touro do Bosque", Aarón Días. Sendo o homem seu aliado, tinha certeza de que poderia transformar Diablo Camp em uma própera operação.

Alfonso chegou ao acampamento acompanhado do estribeiro, que cheirava tão mal quanto seus cavalos. O acampamento interior estava particularmente exultante por haverem se superado.

-- Seu marido fez um trabalho excepcional hoje. - Disse Aarón a Dulce quando ela trouxe uma travesse de bifes de carne de veado para a mesa.

-- Parecia um animal sobre aquelas árvores. - Um amplo sorriso de Smitty deixava claro que o desempenho de Poncho merecia elogios.

-- Eu não teria feito melhor. - Confirmou Joe, acenando para Alfonso. - Jamais teriamos derrubado aquela árvore se ele não tivesse se atrepado nela e alcançado o topo do jeito que fez.

-- É o melhor chefe que já tivemos. E soa como homem de verdade. - Chalie riu, cutucando o madereiro próximo a ele.

Al levou ás mãos aos quadris.

-- Tratem de comer e chega de conversa fiada! Não vou ficar aqui a noite toda lavando pratos.

Os homens se desculparam e atacaram a comida feito lobos famintos.

Ela observou Alfonso dar boa noite aos companheiros após o jantar. Uma vez que todos haviam se retirado, ele se ergueu devagar e marchou como um cavalo manco pela cozinha.

-- Al, obrigado por ter levado minha esposa pra casa depois do trabalho esses últimos días.

...

Casamento Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora