Prólogo

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"Há uma inocência na admiração: é a aquele a quem ainda não passou pela cabeça. Que também ele poderia um dia ser admirado. "

Há coisas na vida que simplesmente não sabemos como explicá-las, sentimentos são como um mistério, não sabemos controlá-los muitas vezes, nem sabemos quando surgirá; o sentimento das coisas vivas é uma magia, a magia das coisas. Uma hora estamos felizes, na outra já estamos tristes, por nenhum motivo, a depressão chega sem precisar de um motivo, assim como o amor, não sabemos como aconteceria, ele chega de repente, como quem não quer nada e entra em seu coração e nos sentimentos, causando as mais lindas fantasias e felicidades que alguém poderia sentir. Gosto de pensar que os sentimentos são os que nos mantêm vivos, sem eles somos um simples receptáculo, até mesmo os robôs criados com a nova tecnologia possuem sentimentos, podemos ver como exemplo, esse robô criado pelo Sr. Stark, ele tinha sentimento de salvar a humanidade dos vingadores, porém no fim, sua ideia não era tão boa assim.

Precisamos dos sentimentos para continuar vivos e nos sentir vivos, isso significa viver, cada dia é um sentimento novo, uma descoberta nova. Temos que aprender sobre nós mesmo e apenas deixar acontecer.

Há coisas nessa vida que não tem explicação, há coisas que não podem mudar, há pessoas que não devemos amar e mesmo assim amamos. Sofremos por fazer coisas que não devemos amar quem não nos ama, querer quem não nos quer. Às vezes mentimos para nos livrar de alguma consequência, mas acabamos descobertos.

Mas infelizmente só podemos controlar nossos sentimentos, nossas vidas são controladas por aqueles que têm dinheiro e poder, uma simples pessoa do subúrbio não tem nem direito de voz, não tem palavra. Assim, morremos todos dias de doença e assassinatos, não temos controle de quando morreremos ou de dizer que fomos úteis para alguma coisa, apenas estamos lá trabalhando nas sombras para um senhor 'feudal', simplesmente, morremos. Sabemos que não estamos sozinhos neste devastado universo, nem que nosso governo realmente se preocupa com nossas vidas, eles se preocupam com eles, com as vidas deles e das pessoas importantes para eles. Pessoas simples morrem todos os dias por culpa deles. O tratado pode ter acontecido, porém nada disso irá trazer de volta daqueles que perdemos na guerra.

Não sou a favor e nem contra aos vingadores, ou as pessoas que possuem habilidade peculiares. Aprendi não julgar as pessoas pela aparência, mas sim pelos seus atos. As pessoas julgam a aparência, mas esquecem que o mal da sociedade são as pessoas sem caráter.

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O sol já caia, o céu começava a escurecer pelo lado de fora da janela, isso significava que mais um dia acabaria em breve. Um dia normal, como todos os outros, na lanchonete; uma briga de casal, outra briga de gangues, a senhora Red brigando com os meninos de rua que entravam para pedir comida ou saquear algumas balas de cima do balcão, algumas vezes até entregava algumas para eles. Resumindo, brigas.

Hoje era meu dia de ficar até mais tarde no serviço, então a vontade de ir embora mais cedo era tentadora, todos os outros funcionários já foram para suas casas, ficando apenas eu e a senhora Red para tomar conta de tudo. No período noturno, as coisas eram menos movimentadas, como a lanchonete ficava localizada num ponto específico próximo ao metrô, o movimento era alto em algumas horas, em outra era bastante tranquila. Porém o trabalho sempre existia.

A lanchonete "Newsun" era um lugar com pouca iluminação, as paredes altas e escuras do tom amarelado, três grandes janelas onde os clientes podiam aproveitar a vista para fora, qual não era nada bonito. Um balcão, com seus bancos altos onde os homens ficavam bebendo suas cervejas e descontando a raiva do dia. O lugar era tão simples e acolhedor, porém os clientes amavam. As mesas de madeiras com toalhas xadrez vermelha, temperos organizados por cima. Era uma lanchonete com cara de restaurante, pela dona ser uma italiana de primeira geração apaixonada por comida, que são muito gostosas. Sabe quando você conhece tão bem um lugar que chega a ficar difícil em descrever, por tão bem que conhece e não sabe nem as palavras que devem ser usadas, é assim que me sinto sempre que vou falar sobre esse lugar ou da Senhora Red.

Ela foi a primeira pessoa que estendeu a mão para mim desde que cheguei, sair de seu País de origem e ir para o outro lado do mundo, é bastante confuso, mesmo que a língua seja praticamente a mesma, sair da Austrália para a movimentada EUA é uma coisa complicada, ainda mais com ataques frequentes de seres do espaço, super. Normal.

- Liv, por favor pare de ficar sonhando acordada e venha ajudar com as mesas. - A voz rouca e cansada da mulher mais velha ecoava em meus pensamentos, porém estava praticamente dormindo com os olhos abertos. - Menina! Vá atender aqueles que chegaram agora, nas mesas do fundo. - Aquilo não foi um pedido e sim uma ordem, ela jogou o bloquinho de notas sobre o balcão, encarando minha boa vontade de levantar e ir atender os novos clientes.

Innocens - Capitão AméricaOnde histórias criam vida. Descubra agora