Capítulo 15

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POV JOTA

Conduzi por 2 horas até chegar ao nosso destino. Assim que chego ao local olho para a Sofia que se encontra a dormir serenamente com a cabeça encostada ao vidro. Permaneço a olhar para ele até que o meu telemóvel começa a tocar.

- Ia ligar-te agora mesmo. Já está tudo pronto, mãe?

- Sim Jota. - responde-me - Já chegaste?

- Cheguei agora mesmo. - disse - Estou nervoso, mãe.

Ouço as gargalhadas da minha mãe do outro lado da linha e logo ela responde.

- Nunca te vi nervoso por ter um encontro com uma rapariga. - ela disse ainda entre gargalhadas - Mas não tens razão para ficares nervoso filho, já não é a primeira vez que sais com ela.

- Eu sei mãe, mas não consigo evitar.

- Ela é mesmo importante para ti, não é?

- É, eu nunca pensei que conheceria uma pessoa e em tão pouco tempo me ligasse a ela desta forma.

- Estou muito contente por vocês e já sabes que eu quero conhecê-la. Agora não deixes a rapariga à espera.

- Obrigada mãe!

Desligo a chamada e levo a minha mão até às Sofia dando-lhe leves abanões.

- Sofia? - chamo-a baixinho - Já chegámos.

Ela abre lentamente os olhos e olha para mim com um sorriso no rosto. Por momentos fico completamente hipnotizado por ela. Como é que possível eu gostar tanto de uma pessoa como gosto dela? Sinto vontade de a proteger de tudo e de todos e de a manter só para mim. Eu achava que gostava da Filipa, mas nestes últimos dias apercebi-me que o que eu sinto pela Sofia em nada se compara com que eu senti pela Filipa.

- Dormi a viagem toda, não foi? - eu assinto - Desculpa, não te queria deixar sozinho e acabei por deixar.

- Não faz mal, vamos? - perguntei-lhe.

Saímos do carro e reparo que ela olha para mim um pouco surpreendida pelo sítio que eu escolhi.

- Calma, já vais perceber o porquê deste sítio. - caminho em direção a ela - Agora eu vou-te tapar os olhos e vais confiar em mim.

Ela bufa e eu rio-me.

- Não gosto de surpresas. - ela resmunga.

Tapo-lhe os olhos e rodeio a sua cintura com o meu braço de forma a que a possa guiar. No mesmo instante que ponho a mão na sua cintura ouço a respiração pesada da parte dela e sorrio fraco.

- Desta vais gostar. - digo-lhe perto do ouvido.

- Até estou para ver.

Orientei o caminho até chegarmos ao local e sorrio assim que vejo que estava tudo perfeito.

- Estás pronta? - pergunto-lhe.

- Não sei, surpresas deixam-me nervosa.

- Vou-te tirar a mão, está bem?

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