Capítulo 52

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POV SOFIA

Depois de almoçar em casa do meu pais iniciámos a nossa viagem de volta a Lisboa visto o meu namorado ter treino cedo no dia a seguir.

Em duas horas chegamos a casa do meu namorado e o mesmo atirou-se logo para o sofá.

- Não está ninguém em casa. Que estranho. - comenta alto o suficiente para que eu o ouça.

- Realmente. - concordo com ele - Onde é que eles andarão todos?

- A minha irmã deve estar com o Guga e o Rúben com a namorada. - diz - Sabes que ele falou connosco e em princípio ele vai sair aqui de casa.

Caminho em direção ao meu namorado com um iogurte e uma sandes na mão.

- A série? - sento-me ao lado dele - Porquê?

Ele dá de ombros e trinca o meu pão. Olho para ele com uma cara seria o que o faz rir-se. Numa trinca tirou-me mais de metade do pão.

- Vai viver com a namorada e agora que ele subiu à principal e tem uma vida mais estável quer dar esse passo. - conta assim que acaba de comer.

- Fico feliz por ele, sabes? - bebo um pouco do meu iogurte - Ele é tão boa pessoa e um amigo como há poucos.

- Eu reparei que vocês ficaram muito amigos. - ele disse enciumado.

Nego com a cabeça.

- Deixa de ser assim. Eu estou contigo e ele vai viver com a namorada não precisas de ter ciúmes. - olho para ele - Além disso eu vejo-o como se ele fosse um irmão mais velho.

- Com o tempo fui percebendo isso. - ele conclui - O Diogo em princípio também vai ser emprestado, segundo dizem. Portanto vamos ser eu, o Guga, tu e a minha irmã.

- Isso por acaso é convite para eu me mudar para aqui João Pedro? - arqueio uma sobrancelha olhando na direção dele.

- Depende. - deita-se para trás e puxa-me com ele - Se tu aceitares.

- Vou pensar. - fingo-me pensativa.

O moreno encara-me e sorri enquanto me ajeita o cabelo.

- Era uma boa proposta. Não faz sentido tu e Maria a viver num apartamento só as duas quando vai passar a haver espaço aqui.

- E é só por causa disso que queres que venha para aqui? Por causa do espaço? -  brinco com ele - Já foste mais romântico amor.

Ele gargalha e passa para cima de mim. O rapaz abre as minhas pernas e coloca-se no meio delas.

- A minha dose de romantismo já acabou por hoje. - entra na brincadeira.

- É bom saber Filipe. - faço-lhe festas nos braços descobertos devido ao facto dele vestir uma t-shirt.

- E então aceitas este pedido nada romântico? Só para realçar que é apenas uma questão de gestão de espaço. - fala de uma forma intelectual e séria.

- Por uma questão de gestão de espaço, eu aceito. - ele levanta os braços no ar - E como esse convite não tem segundas intenções eu durmo noutro quarto.

Ele pára imediatamente com a sua celebração e olha para mim de boa aberta.

- Acho que a menina ainda não percebeu bem a ideia. - ele logo adopta a postura que usou anteriormente - Para poupar o espaço existente neste apartamento tem que dormir no meu quarto na minha cama e bem agarradinha a mim.

Não evito soltar uma gargalhada depois de ouvir as palavras proferidas pelo rapaz.

- Creio que não percebi bem o conceito de "gestão de espaço". - falo intelectualmente - Agora estou mais esclarecida e continuo com resposta positiva à sua proposta.

Ele dá um sorriso convencido e logo eu prevejo que não vai sair coisa boa.

- Foi ótimo negociar com você, senhora Ana Sofia. - dá-me um aperto de mão desajeitado - Com este contrato fechado restam-me dois quartos que serão ocupados por mais mulheres.

Olho séria para ele, embora soubesse que ele estava a brincar.

- A única mulher que vai ocupar um dos quartos é a tua irmã Filipe. - aponto o dedo na direção dele - Quer dizer, pensando bem acho que ela vai querer ficar com o Guga. - provoco-o.

- Não, Sofia. - ele diz sério e já fora de brincadeiras - Eles não podem ficar juntos no quarto.

Olho para ele chocada.

- E porque não?

- Porque eles são namorados. - ele diz soando óbvio.

- E nos também somos. - soo óbvia também.

- Mas é diferente. - contradiz - Ela é a minha irmã mais nova.

Dou um meio sorriso.

- Eu sei que tu amas a tua irmã mais que tudo e que só a queres proteger, mas sabes que não vais fazer isso para sempre amor. - tento chamá-lo à razão - Ela cresceu e tornou-se numa rapariga incrível e com tão bom coração. - ele sorri - Além disso devias ficar aliviado por saberes que ela está com uma pessoa que é da tua confiança.

- Eu sei que tens razão, mas é mais forte que eu. Durante toda a minha vida a protegi de tudo. - ele dá de ombros - Vou ter que aceitar que ela cresceu.

- Mas eu tenho a certeza que ela te ama muito e que gosta de se sentir protegida por ti.

- Eu sei. - dá um sorriso convencido - Afinal quem não adorava ser protegido por mim? Elas caíam todas aos meus pés.

- Nem precisas disso. - respondo-lhe - Elas já caem aos teus pés sem as protegeres.

- É verdade. Mas eu estou de olhos postos numa rapariga. - ele conta como se tratasse de um segredo - Ela é muito ciumenta, mas é a menina mais carinhosa que eu já conheci. Tem um sorriso lindo e um corpo que faz inveja a qualquer uma. Ela não sabe, mas no primeiro momento em que eu a vi o meu coração acelerou de imediato tal era a beleza dela.

Ela sorria e beija-me lenta e apaixonadamente.

- Pensei que tinhas esgotado a tua dose de romantismo por hoje. - digo ainda contra os seus lábios.

Ele gargalha um pouco alto de mais.

- Sabes que eu para ti abro sempre uma exceção amor. - ele beija-me o nariz - Aliás abro as exceções que quiseres.

O som das nossas gargalhadas mistura-se, depois das palavras proferidas pelo moreno, formando a mais bonita melodia de todas.

E como tudo o resto, até as nossas gargalhadas se encaixavam perfeitamente.

NOTA:
Olá, aqui está mais um capítulo!

Antes de mais desculpem não ter atualizado ontem, mas não tive oportunidade.

Parece que vêm aí mudanças. Serão elas boas ou más?

Obrigada por todo o apoio dado!

Até ao próximo capítulo!! ❣

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