POV JOTA
- Passa-se que durante esta última semana eu notei que andas afastada de mim e distante de tudo e todos. Pensei que poderiam ser saudades de casa e, por isso, trouxe-te aqui. - desvio o olhar dela - Mal chegaste aqui voltaste a ser a Sofia que eras antes e eu sinto-me culpado, percebes? Culpado por pensar que estejas em Lisboa por mim e que isso não te esteja a fazer bem. -- concluo.
A minha namorada desvia a minha cara de modo a que eu olhe para ela.
- Não é nada disso Jota. - diz - Tu fazes-me feliz, não divides disso.
Assinto.
- Se quiseres um tempo eu estou disposto a dar-te, se for para o teu bem. Eu não aguento ser o culpado da tua tristeza. - sorrio fraco - Gosto demasiado de ti para isso.
Ela aproxima-se mais de mim.
- Eu não quero tempo nenhum. Eu quero continuar ao teu lado. - passa a mão pelo meu pescoço - Eu sei que andei mais afastada esta semana mas não tem nada haver com isso.
- Então diz-me o que é que se passa Sofia. - peço-lhe - Eu já dei voltas e mais voltas e não consigo perceber o porquê desse teu afastamento.
Ela afasta-se ligeiramente de mim e eu suspiro alto.
- Eu não te queria dizer nada até ter certezas.
- Certezas de quê? - pergunto curioso.
A minha namorada agarra a minha mão e entrelaça na sua.
- Ouve eu não quero que tu cries expectativas de uma coisa que pode ou não vir acontecer. - assinto - O meu período está atrasado há mais de uma semana.
No momento em que ela acabou de proferir aquela frase eu fiquei tão feliz. Saber que dentro dela pode estar um bebê nosso faz de mim a pessoa mais sortuda do mundo.
- Costumas ser certa? - pergunto-lhe puxando-a mais para mim.
- Sim. Como eu tomo a pílula eu costumo ser certa.
Dou um sorriso de felicidade.
- Jota eu posso estar ou não. Eu ainda não fiz nenhum teste. - diz - Mas não criar expectativas amor.
Abraço-a contra mim e beijo-lhe o topo da cabeça.
- Mas isso não impede que eu esteja a torcer para que dê positivo. - olho para ela - E tu? Torces para positivo ou negativo?
A Sofia olha atentamente para mim e abre um sorriso lindo. O sorriso que só ela sabe dar.
- No fundo até torço para que dê positivo. Embora a nossa vida não seja assim tão estabilizada e sejam precisas outras condições para criar um filho. - ela gargalha um pouco - Acho que seríamos uns bons pais.
Gargalho também.
- Tu achas? Eu tenho a certeza que sim amor. - brinco com ela - E se o teste der postivo eu não vou deixar que nada te falte. Nem ao nosso bebê.
A minha namorada sorri e faz-me um carinho no pescoço.
- Tu és um querido, sabias? E eu tenho muita sorte por te ter como namorado. - ela acaba o discurso com um beijo ao qual eu correspondo.
- Vamos comprar o teste hoje? - pergunto.
- Podemos comprar amor, mas só o posso fazer amanhã de manhã.
- Porquê? - este é um assunto do qual eu não percebo nada.
- É aconselhável fazer no primeiro xixi do dia.
Torno a abraçá-la contra mim.
- Eu amo-te e desculpa este afastamento tão repentino, mas eu não sabia a forma certa de te contar. Não te queria dar esperanças de nada. Não quero que te apegues à ideia, caso não se concretize.
Faço-lhe carinho nas costas.
- Deixa para lá isso, amor. E desculpa de manhã não te ter dado o beijo de bons dias, mas também estava um bocado chateado com a situação. - passo agora a mão nos seus longos cabelos - Eu nunca me iria perdoar se soubesse que era eu o motivo da tua tristeza.
Ela agarra a minha cara entre as suas mãos olhando diretamente para os meus olhos.
- Tu és o motivo de toda a minha felicidade. Eu só te tenho que agradecer por me fazeres constantemente feliz e por seres a pessoa fantástica que és.
Sorrio e beijo-lhe a ponta do nariz.
- Eu amo-te tanto, miúda. - confesso - Eu não vou amar outra mulher na minha vida como te amo a ti. Disso podes ter a certeza.
Ela beija-me lentamente e apaixonadamente fazendo-me sorrir entre o beijo.
Quando o ar se faz sentir e parámos o beijo eu olho para sua barriga. Coloco a mão diretamente no seu ventre e a minha namorada coloca a sua por cima da minha.
- O que eu mais quero é que tu estejas grávida e que eu possa fazer isto o dia todo. - passo a minha mão por todo o seu ventre.
A rapariga solta uma gargalhada.
- E os desejos a meio da noite? Estarás pronto para satisfazê-los a todos?
Entrelaço as nossas mãos por cima da sua barriga.
- Claro que estou. Se estiver aqui um rebento nosso, eu quero e vou acompanhar todas as etapas desta gravidez e ajudar-te em tudo.
Resta saber se a promessa seria cumprida.
Talvez sim.
Ou talvez não.
NOTA:
Olá, aqui está mais um capítulo da nossa história.
Então o que acham? A Sofia estará ou não grávida? Deixem as vossas opiniões. Adoro lê-las.
Obrigada por todo o apoio dado!!
Até ao próximo capítulo!! ❣
