Capítulo 13

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POV JOTA

Cheguei a casa depois de ter deixado a Sofia no hotel e dirigi-me à cozinha para comer alguma coisa antes de me ir deitar.
Enquanto preparo uma sandes ouço um barulho atrás de mim e sei já exatamente de quem se trata.
As minhas suspeitas confirmam-se assim que a Maria corta o silêncio.

- Então Jota? - pergunta ela.

Ainda de costas sorrio fraco e decido fazer-me desentendido.

- Então o quê?

Ela bufa o que me faz rir enquanto me sento à beira dela.

- Passou-se alguma coisa com a Sofia? - questionou curiosa.

- Não aconteceu nada, Maria. - respondi-lhe.

- Ohh que pena. - lamentou - Eu gosto dela.

Sorrio e provoco-a.

- Engraçado da Filipa não dizias isso.

Ela revira os olhos e retruca de seguida.

- Não tens piada. - ela constatou.

Dou de ombros.

- Estou só a meter-me contigo mana. Eu e a Filipa acabamos de vez.

Ela dá um golo no iogurte e pergunta.

- Posso saber o quê que te fez ter essa atitude assim de repente? - sorri irónica - Ou melhor quem te fez tomar uma atitude dessas.

Olho para ela e balanço a cabeça negativamente. Ela conhecia-me bem demais, não havia volta a dar.

- Acho que não é preciso dizer nada. - dou outra trinca na minha sandes.

- Eu sabia! - ela sorri abertamente - Gostas dela?

- Ainda é muito cedo para isso Maria, mas ela cativou-me de uma maneira que ninguém até então consegui. - respondo olhando-a.

- Eu sei. - ela volta a sorrir - Percebi isso de início.

- Sou assim tão óbvio é? - pergunto surpreendido.

- És um bocado, mano. - ela gargalha - Mas eu conheço-te bem demais.

Assinto.

- Sabes que ainda agora quando a fui levar ao hotel a queria beijar? - eu balanço negativamente a cabeça - Nunca me tinha sentido assim antes Maria.

- E beijaste? - questiona.

Balanço a cabeça em forma de negação.

- Eu queria muito, mas com ela é diferente. Eu quero ir com calma, tenho medo de estragar tudo.

- Eu sei disso. - ela diz aproximando-se de mim - Ela sente o mesmo que tu e eu sei que vais fazer as coisas corretamente.

Ela dá-me um beijo na testa e sussurra um "boa noite" enquanto caminha em direção ao quarto de visitas deixando-me sozinho.
Nada do que eu disse à Maria é mentira. A Sofia cativou-me de uma maneira que eu achava impossível. Ela tem-me desde o primeiro momento em que a vi.
Lembrei-me de uma coisa e fui em direção ao quarto da Maria encontrando a dormir. Sorrateiramente entro no quarto e vou ao telemóvel dela procurar pelo contacto da Sofia. Sorrio quando o gravo e volto a sair do quarto com o máximo de cuidado.
Depois de feita a minha higiene e de já estar deitado na cama resolvo mandar-lhe uma mensagem.

Eu: Dorme bem, Ana Sofia. Até amanhã. Jota.

Aguardo a resposta da mesma e quando começo a perder a esperança que a rapariga me vá responder, o telemóvel da sinal de uma mensagem.

Ana Sofia: Posso saber como é que tens o meu número, João Pedro?

Sorrio e logo respondo.

Eu: Talvez, mas só talvez eu tenha ido ao telemóvel da minha irmã buscá-lo.

Carrego em enviar e em menos de 2 minutos ela responde.

Ana Sofia: Isso chama-se invasão de privacidade. Devo-me preocupar?

Sorrio abertamente e num instante lhe respondo.

Eu: Foi uma vez sem exemplo. Estou ansioso por amanhã. Vou dormir que tenho treino cedo, Ana Sofia. Até amanhã, dorme bem.

Quando estava quase a adormecer o virbrar do telemóvel fez com que eu logo despertasse.

Ana Sofia: Eu também estou ansiosa por amanhã, João Pedro. Dorme bem!

Sorrio e adormeço sentindo feliz como há muito tempo que não me sentia.

Encontrava-me agora nos balneários a equipar-me quando reparo nos meus colegas a vir na minha direção.

- Sim? - pergunto arqueando uma sobrancelha.

O Guga, o Ruben e o Diogo encontram-se parados à minha frente.

- Vais sair com a Sofia? - pergunta Diogo com um ar divertido.

Quando ouço o nome dela automaticamente sorrio.

- Sim. - responde simplesmente.

- Estamos todos muito felizes por ti. Jota. A Sofia é sem dúvida a pessoa indicada para ti. - responde o Ruben.

Sorria em forma de agradecimento.

- Obrigada, rapazes. - fazemos todos o nosso cumprimento quando ouvimos o treinador a chamar-nos.

Antes de sair vou ao meu telemóvel e escrevo uma mensagem rápida para a Sofia. Sei que parece estranho mas quero que ela acorde e saiba que eu pensei nela. Bastante cliche. Desde quando é que me tornei assim?

Eu: Bom dia, Sofia. Espero que tenhas dormido bem. Era só para te dizer que acordei a pensar em ti. Até já!

Sorrio e guardo rapidamente o telemóvel no saco. Corro para o relvado e iníco o treino mais feliz que nunca.

Nota: Olá, gostava imenso de saber o que vocês estão a achar da história.

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