POV SOFIA
O despertador ao meu lado começa a tocar e eu acabo por acordar lentamente.
Estico-me ligeiramente para desligar aquele barulho irritante e volto para os braços do meu homem.
- Mais 10 minutos. - sussurro para mim mesma.
- Dizes sempre a mesma coisa e depois sais de casa atrasada. - assusto-me ao ouvir a voz do Jota.
- Que susto. - ouço o seu riso - Queres me matar de coração? Porque se é isso estás num bom caminho.
O rapaz encosta ainda mais as minhas costas ao seu peito e entrelaça as nossas pernas.
- E depois como é que eu vivia sem ti? - fala e eu viro-me para ficar de frente para ele.
- Acordámos muito romântico hoje. - faço carinho no seu cabelo que se encontrava todo despenteado.
- Depois daquele momento do chuveiro... - ele começa a falar e eu rapidamente lhe tapo a boca com as minhas mãos.
- Pára. - peço - Tu sabes que eu fico envergonhada quando falas disso.
Ouço a sua gargalhada ainda abafada pelas minhas mãos na sua boca.
- Eu sei, amor. - ele sorri carinhoso para mim e tira as minhas mãos da sua boca - Mas nunca mais vou esquecer a vez de ontem. Foi a melhor de todas.
- Continuas com esses comentários e eu deixo-te a seco durante muito tempo. - ameaço.
- Não eras capaz. - ele diz agora mais sério.
- Não? Queres apostar que não sou capaz João Pedro? - estico-lhe a mão para que ele a aperte.
- Não amor, eu não quero apostar. - sorri-me inocentemente - Eu sei bem que eras capaz de fazer isso e prefiro não arriscar.
- Fico feliz por saber que não duvidas das minhas capacidades. - dou-lhe um beijo rápido - Vou tomar banho.
Levanto-me da cama e sigo até ao quarto de banho onde tomo um banho rápido. Faço uma maquilhagem simples e visto a roupa que deixei preparada no dia anterior.
Assim que entro no quarto estranho o facto do Jota não se encontrar na divisão e ouço barulhos vindos da cozinha.
- Podias ter ficado na cama mais um bocado amor. O teu treino é só daqui a umas horas. - digo assim que o vejo a cozinha a preparar o pequeno almoço.
- Não me custa nada fazer-te o pequeno almoço e comer contigo. Depois eu vou mais um bocado para a cama. - diz enquanto pousa o prato das torradas na mesa.
- És um amor. - deixo-lhe um beijo na bochecha.
O moreno agarra a minha cintura e beija-me a testa.
- Estás linda. - sorri-me e eu sorrio de volta - Mas é melhor comeres, se não chegas atrasada.
Acabei a minha refeição e fui à casa de banho lavar os dentes encontrando já o meu namorado deitado na cama.
- Já vou amor. - caminho até ele - Não te esqueças que vamos jantar a casa dos teus pais logo.
- Eu queria almoçar contigo, mas hoje é dia de ficar no Seixal o dia todo. - diz com uma voz triste - Eu posso é pedir ao mister para sair.
Sento-me na borda da cama e passo a mão pela sua cara.
- Nada disso Jota. Almoça lá com a equipa. - ele assente.
Beijo-o lentamente e finalizo com um beijo na testa.
Levanto-me e caminho em direção à porta para iniciar o meu caminho para a empresa.
- Eu ligo-te, Ana Sofia. Gosto de ti. - ouço-a gritar assim que estava na porta.
Sorrio com as suas palavras e quando chego ao carro retiro o meu telemóvel da mala.
Para Jota: "Também gosto de ti."
Clico em enviar e ligo o carro. Depois de muito trânsito consigo finalmente chegar à empresa. Dou um suspiro de alívio ao saber que tinha chegado mesmo a tempo.
- Bom dia Sofia. - cumprimenta a recionista.
- Olá Margarida. - cumprimento com um sorriso - Porquê que não vens almoçar comigo e com a Maria hoje? Reparei que almoças sempre sozinha.
A rapariga dá um meio sorriso e eu espero a sua resposta.
- Obrigada pelo convite. Eu aceito. - disse toda sorridente.
- Boa. - dei-lhe cinco com a mão - Na hora de almoço lá te esperámos.
Subi para o meu andar e reparei na Maria sentada na secretária enquanto analisa alguns papéis.
- Bom dia. - deixo-lhe um beijo na bochecha apanhando-a desprevenida.
- Olá cunhadinha. - retribui o cumprimento.
Dirijo-me para a minha secretária que era extamente na frente da dela. A Maria fazia de secretária do seu pai, enquanto que eu fazia do seu tio.
- Convidei a Margarida para vir almoçar connosco hoje. - comento com ela.
- A da receção? - eu assinto e ela faz cara feia - Não vou muito com a cara dela.
- Porquê? - pergunto estranhando a reação dela.
- Acho-a demasiado metida. - revira os olhos.
- Eu convidei-a porque ela almoça sempre sozinha. Fiquei com um pouco de pena dela.
- Vamos almoçar com ela hoje e vais ver como me vais dar razão.
Rio-me com as duas palavras e inicio o meu trabalho.
Num abir e piscar de olhos o relógio já marcava a hora de almoço. Depois de pegarmos a Margarida na receção seguimos as três para um restaurante situado perto da empresa.
Assuntos banais eram falados na mesa quando o meu telemóvel toca. Sorrio por suspeitar de quem seja e as suspeitas confirmam-se assim que vejo que se trata do meu namorado.
- Vou lá fora atender. - digo às duas raparigas.
- Olá. - falo assim que atendo.
- Olá amor. Está tudo bem? - pergunta de imediato.
- Sim e contigo? - respondo.
- Também, embora preferisse mil vezes estar aí contigo. - diz com a voz mais baixa.
- Daqui a pouco já estamos juntos Jota. - comento a rir - Parece que já não me vês há 1 mês.
- Eu a dizer que sinto a tua falta e tu achas graça? Que má. - resmunga.
- És muito dramático amor. - brinco - Mas eu também sinto a tua falta meu bebé grande.
- Ah ah ah não tiveste piada Ana Sofia. - comenta na brincadeira - Chegas a casa a que horas?
- Ás 16 e tu?
- Chego às 17, por isso espera por mim para tomar banho. - faz referência à nossa conversa de manhã.
- Vai treinar Filipe. - ordeno.
- Até já. - ouço ele a dizer entre risos enquanto desliga o telemóvel.
NOTA:
Olá, aqui está mais um capítulo da nossa história.
Desculpem lá estar um bocadinho fraquinho, mas eu prometo que no próximo vos compenso.
Obrigada pelo apoio dado!!
Até ao próximo capítulo!!