Capítulo 56

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POV SOFIA

Duas semanas se passaram. Duas semanas passaram desde a maior desilusão da minha vida.

Se eu eu disser que estou bem claramente que estou a mentir. Neste tempo os pais do Jota ligaram-me e ofereçam-me um part-time na empresa deles. Pensei seriamente em não aceitar, mas por outro lado preciso do dinheiro.

As minhas funções consistem basicamente em organizar documentos, marcar reuniões, mandar e-mails ou organizar a agenda de um dos tios do Jota.

Não me posso queixar visto que trabalho apenas da parte da manhã e tenho a tarde livre. Por outro lado, fico sempre em casa a pensar no que não devo.

Chego a casa e caminho em direção às cozinha quando ouço a voz dos restantes inquilinos da casa.

- No dia a seguir àquilo tudo ter acontecido quando cheguei ao treino eles disseram que ele estava lesionado e não podia jogar. - ouço o Guga certamente a falar do Jota - Maria ele inventou uma lesão. Não atende o telemóvel a ninguém à exceção do treinador e da equipa médica.

A rapariga suspira e leva as mãos à cabeça.

- Os meus pais dizem que pouco falam com ele e que ele não apareceu lá. - fala - Ele deve estar na casa que pertencia à minha avó. Sempre que alguma coisa se passa, ele vai para lá.

Num completo impulso saio de caso e sigo em direção à casa. Conduzo e em mais ou menos duas horas chego ao sítio pretendido.

Na realidade eu vim para aqui porque estava preocupada com ele. Mesmo depois de tudo, eu continuo a estar perdidamente apaixonada por ele. E no fundo, eu não quero que ele desista de nós.

Abro o pequeno portão e caminho em direção à parte de trás da casa. O meu coração bater mais forte quando vi o rapaz sentado na relva enquanto acariciava um pequeno cão no seu colo.

O meu coração dói agora que o vejo depois de tudo, mas quando observo a maneira desleixada que ele está o coração amolece.

Quando o cão repara na minha presença vem a correr até mim e baixa a cabeça para que eu lhe possa fazer carinhos. Dou-lhe uma festinha e olho para o Jota que não esconde a expressão de surpresa ao me ver ali.

O animal corre de volta para o rapaz e eu caminho na mesma direção. Sento-me ao lado dele e sigo o olhar dele para o rio.

- Esse cão de quem é? - quebro o silêncio.

- Não sei, ele já estava aqui quando eu cheguei. - ri-se para o cão. - Tem sido a minha companhia.

- E nome tem? - pergunto olhando para o cão.

- Chamei-lhe de Kiko. - responde.

Assinto lentamente com a cabeça.

- Porque é uma vieste aqui? - olho para ele - Não é que eu não gostasse, mas não estava à espera.

- Vim ver como estavas. - respondi - Não tens aperecido aos treinos, pouco falas com os teus pais, não atendes o telemóvel aos teus amigos e nem com a tua irmã falas.

- A minha irmã nunca me ligou. - ele diz com uma certa tristeza na voz.

- Ela pode não ter ter ligado, mas isso não impede que ela esteja preocupada contigo. - chamo-o à razão.

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